[Macronoroeste-campinas] FW: GRAVE: Para conhecimento
Isabel Barbosa
issil em hotmail.com
Segunda Setembro 5 16:55:07 CEST 2011
Para conhecimento e divulgação,
Bel
Date: Fri, 2 Sep 2011 18:51:13 -0300
Subject: GRAVE: Para conhecimento
From: alavermelha em gmail.com
To:
Camaradas e Amig em s,
repasso para conhecimento.
O que penso?
Não penso.
Em situações desse tipo, lembro apenas uma frase do Bacon:
"Embora nem tudo seja permitido, tudo é possÃvel".
Putabraço,
Alipio Freire
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Ivan Seixas
Data: 2 de setembro de 2011 18:08
Assunto: Repassando, para conhecimento
Para:
Tribuna da Internet
informação e opinião
FHC foi facinho
Sebastião Nery
“Numa noite de inverno do ano de 1969, nos escritórios da Fundação Ford, no Rio, Fernando Henrique teve uma conversa com Peter Bell, o representante da Fundação Ford no Brasil. Peter Bell se entusiasma e lhe oferece uma ajuda financeira de 145 mil dólares. Nasce o Cebrapâ€.
Esta história, assim aparentemente inocente, era a ponta de um iceberg. Está contada na página 154 do livro “Fernando Henrique Cardoso, o Brasil do possÃvelâ€, da jornalista francesa Brigitte Hersant Leoni (Editora Nova Fronteira, Rio, 1997, tradução de Dora Rocha). O “inverno do ano de 1969″ era fevereiro de 69.
FUNDAÇÃO FORD
Em 13 de dezembro de 1968, a ditadura havia lançado o AI-5 e jogado o PaÃs no máximo do terror do golpe de 64, desde o inÃcio financiado, comandado e sustentado pelos Estados Unidos. Centenas de novas cassações e suspensões de direitos polÃticos estavam sendo assinadas. As prisões, lotadas. Até Juscelino e Lacerda tinham sido presos.
E Fernando Henrique recebia da poderosa e notória Fundação Ford uma primeira parcela de 145 mil dólares para fundar o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). O total do financiamento nunca foi revelado. Na Universidade de São Paulo, sabia-se e se dizia que o compromisso final dos americanos era de 800 mil a um milhão de dólares.
AGENTE DA CIA
Os americanos não estavam jogando dinheiro pela janela. Fernando Henrique já tinha serviços prestados. Eles sabiam em quem estavam aplicando sua grana. Com o economista chileno Faletto, Fernando Henrique havia acabado de lançar o livro “Dependência e desenvolvimento na América Latinaâ€, em que os dois defendiam a tese de que paÃses em desenvolvimento ou mais atrasados poderiam desenvolver-se mantendo-se dependentes de outros paÃses mais ricos. Como os Estados Unidos.
Montado na cobertura e no dinheiro dos gringos, Fernando Henrique logo se tornou uma “personalidade internacional†e passou a dar “aulas†e fazer “conferências†em universidades norte-americanas e européias.
Era “um homem da Fundação Fordâ€. E o que era a Fundação Ford? Uma agente da CIA, um dos braços da CIA, o serviço secreto dos EUA.
QUEM PAGOU
Há dois anos, chegou à s livrarias brasileiras um livro interessantÃssimo, indispensável, que tira a máscara da Fundação Ford e, com ela, a de Fernando Henrique e muita gente mais: “Quem pagou a conta? A CIA na guerra fria da culturaâ€, da pesquisadora inglesa Frances Stonor Saunders (editado no Brasil pela Record, tradução de Vera Ribeiro).
Quem “pagava a conta†era a CIA, quem pagou os 145 mil dólares (e os outros) entregues pela Fundação Ford a Fernando Henrique foi a CIA. Não dá para resumir em uma coluna de jornal um livro que é um terremoto. São 550 páginas documentadas, minuciosa e magistralmente escritas:
“Consistente e fascinante†(“The Washington Postâ€). “Um livro que é uma martelada, e que estabelece em definitivo a verdade sobre as atividades da CIA†(“Spectatorâ€). “Uma história crucial sobre as energias comprometedoras e sobre a manipulação de toda uma era muito recente†(“The Timesâ€).
MILHÕES DE DÓLARES
1 – “A Fundação Farfield era uma fundação da CIA… As fundações autênticas, como a Ford, a Rockfeller, a Carnegie, eram consideradas o tipo melhor e mais plausÃvel de disfarce para os financiamentos… permitiu que a CIA financiasse um leque aparentemente ilimitado de programas secretos de ação que afetavam grupos de jovens, sindicatos de trabalhadores, universidades, editoras e outras instituições privadas†(pág. 153).
2 – “O uso de fundações filantrópicas era a maneira mais conveniente de transferir grandes somas para projetos da CIA, sem alertar para sua origem. Em meados da década de 50, a intromissão no campo das fundações foi maciça…†(pág. 152). “A CIA e a Fundação Ford, entre outras agências, haviam montado e financiado um aparelho de intelectuais escolhidos por sua postura correta na guerra fria†(pág. 443).
3 – “A liberdade cultural não foi barata. A CIA bombeou dezenas de milhões de dólares… Ela funcionava, na verdade, como o ministério da Cultura dos Estados Unidos… com a organização sistemática de uma rede de grupos ou amigos, que trabalhavam de mãos dadas com a CIA, para proporcionar o financiamento de seus programas secretos†(pág. 147).
FHC FACINHO
4 – “Não conseguÃamos gastar tudo. Lembro-me de ter encontrado o tesoureiro. Santo Deus, disse eu, como podemos gastar isso? Não havia limites, ninguém tinha que prestar contas. Era impressionante†(pág. 123).
5 – “Surgiu uma profusão de sucursais, não apenas na Europa (havia escritórios na Alemanha Ocidental, na Grã-Bretanha, na Suécia, na Dinamarca e na Islândia), mas também noutras regiões: no Japão, na Ãndia, na Argentina, no Chile, na Austrália, no LÃbano, no México, no Peru, no Uruguai, na Colômbia, no Paquistão e no Brasil†(pág. 119).
6 – “A ajuda financeira teria de ser complementada por um programa concentrado de guerra cultural, numa das mais ambiciosas operações secretas da guerra fria: conquistar a intelectualidade ocidental para a proposta norte-americana†(pág. 45).
Fernando Henrique foi facinho.
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