[Macronoroeste-campinas] Na bagagem para o #forum2010 #culturadigitalbr

Quinta Novembro 11 01:10:11 CET 2010

Impressiona a programação 2010 do Fórum da Cultura
Digital<http://culturadigital.br/forum2010/> Brasileira.
Em sua 2ª edição, procura articular um vasto e sempre
incompleto<http://culturadigital.br/blog/2010/10/07/o-mal-do-arquivo-derrida-e-a-cultura-digital-brasileira/>
tempo-espaço
da cultura sob o impacto tecnológico cotidiano.

 <http://culturaecurriculo.fde.sp.gov.br/Imagens/imagens/g16.jpg>

Cultura e tecnologia são pois 'beta ad infinitum' e um encontro presencial
ainda é uma forma coerente para abordar e articular áreas em 'estado
líquido<http://www.colheradacultural.com.br/content/20090728164339.000.9-N.php>':
o 'cara a cara' próprio da oralidade não perdeu seu lugar e,
dizem<http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2010/11/08/em-entrevista-professor-thomas-pettitt-defende-que-novas-midias-levam-humanidade-de-volta-era-pre-gutemberg-da-cultura-oral-922967564.asp>,
estaríamos mesmo retornando a ela após longos parênteses!

Além dos “mensageiros de reputação”, tomando outra ideia de Thomas
Pettitt<http://web.mit.edu/comm-forum/forums/gutenberg_parenthesis.html>
e
seu grupo, um amplo espectro de atores que fia a relação cultura&digital
cotidianamente no país, dará forma e conteúdo ao #forum2010 com suas
“experiências,
ações, redes, projetos de cultura digital espalhadas pelo país”.

Desde já, algumas ideias persistentes, resultado de experiências atuais,
alinhavam-se e vou pondo já no fundo da mochila para levar a São Paulo. Até
e durante o #forum2010, publicarei posts com o intuito de desdobrar algumas
reflexões.

 *Educação: cultura digital não é informática!*
*
*
<http://reinaldoy.wordpress.com/files/2009/05/nerd-pre-historico.jpg>
*
*
A formação para uma Cultura Digital (expressão essa onde “cabe todo um
mundo<http://www.umascores.com.br/blog/wp-content/uploads/livros/clarice_lispector/agua_viva.pdf>”
teórico e prático) deve começar no ensino básico, como parte integrante do
currículo escolar até o ensino médio, estando muito além da atual
compreensão da “informática
<http://www.telecentros.desenvolvimento.gov.br/sitio/destaques/destaque.php?sq_conteudo=3277>na
escola” - denominação que, resguardando o filtro de uma época, hoje acaba
por restringir o aspecto cultural da vida humana mediada pelo digital.

No espaço universitário, mesmo com mais avanços, ainda são poucas as
universidades que assumem a tarefa de introduzir uma disciplina Cultura
Digital em seus cursos regulares, tendo em vista a velocidade das
transformações tecnológicas *versus* o modelo burocrático que predomina em
instituições do setor.

<http://1.bp.blogspot.com/_L8-lw72cEqA/TCJI8n1GLbI/AAAAAAAAAFs/vVew8DOXZUE/s400/possibilidades-de-uso-da-informatica-na-educacao.jpg>

Atualmente, enfrento este desafio numa faculdade aqui em Brasília, com
jovens estudantes de primeiro e segundo períodos do curso Cinema e Mídias
Digitais <http://www.iesb.br/novosite/Home/graduacao/cinema/cinema.php>. A
disciplina Cultura Digital e Interatividade está no
currículo<http://www.iesb.br/novosite/Home/graduacao/cinema/matriz.php>
pela
primeira vez e existe, pois, espaço para propor, experimentar.

O que seria importante ressaltar junto aos estudantes durante um semestre?
Como organizar 'rastros teóricos', pesquisa para seminários, a prática do
laboratório e abrir portas para um acesso, que se quer ilimitado, à
cibercultura?

Muito importante, especialmente pensando na escola pública, é o conhecimento
e apropriação das ferramentas de pesquisa, ensino e extensão já
desenvolvidas e em andamento – que passam por redes sociais com fins
educacionais, plataformas voltadas ao ensino à distância (EAD) e amplos
acervos de instituições que, cruzados, formam complexos aglomerados de
conhecimento a se acessar.

Dentre tudo que paira, tento ao menos deixar claro para os alunos que o
aprendizado é um prisma e, para onde olharem, serão capazes de ser
capturados por uma centelha do saber que se quer chama...

E que a batalha contra as tentativas e (vitórias) de apropriação
indébita<http://www.outraspalavras.net/?p=2352> do
conhecimento coletivo não podem parar - precisamos reconhecer o valor do
ciberativismo - assim como a sanha das autoridades pelo controle das redes
digitais e criminalização<http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/podcasts/819694-ronaldo-lemos-proposta-de-novo-texto-da-lei-azeredo-piora-o-original.shtml>
de
suas práticas que desterritorializam
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Desterritorializa%C3%A7%C3%A3o>e
põem em cheque o status quo e toda sua arquitetura.

Afinal, só quem nunca foi livre é que pouco deseja a liberdade. E mesmo quem
não a conhece, merece sentir o cheiro bom que ela exala.

http://www.youtube.com/watch?v=4OZ-ANCEchM&feature=related

--
Postado por zonda bez no Descendo a
Ladeira<http://descendoaladeira.blogspot.com/2010/11/na-bagagem-para-o-forum2010.html>em
11/10/2010 06:07:00 PM

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