[Macronoroeste-campinas] Como age o PIG no interior de São Paulo!!

PONTOS SP - Robson Sampaio reductio.ad.ethos em gmail.com
Quinta Setembro 23 17:06:19 CEST 2010


 Como age o PiG (*) no interior de São
Paulo<http://www.conversaafiada.com.br/antigo/?p=22936>


* *
*[image: A praga do PiG (*) se alastrou pelo interior: o mal é o
mesmo]<http://www.conversaafiada.com.br/antigo/wp-content/uploads/2009/11/PIGdoInterior.jpg>
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*A praga do PiG (*) se alastrou pelo interior: o mal é o mesmo*
 O Conversa Afiada reproduz comentário do amigo navegante Flávio Luiz
Sartori:
*PARA ESTAREM NO PODER DESDE 1994, TUCANOS CONTAM COM UMA VERDADEIRA REDE
EMISSORAS DE TV, JORNAIS ESCRITOS E RÁDIOS EM TODO ESTADO DE SÃO PAULO*
*
Puxando bem lá no fundo das lembranças iniciei minha análise com a
constatação óbvia de que o PIG não é apenas a Globo, o Estadão e a Folha. O
PIG esta muito mais presente no nosso dia a dia do que as pessoas imaginam.
Mas de onde vem esse PIG aparentemente invisível?*
*Não vou dar aqui uma resposta acadêmica sobre a influência das elites, digo
das classes dominantes que representam os setores hegemônicos na economia e
na política brasileira durante até o início deste século. Pretendo sim fazer
um relato de minha história de vida nas últimas décadas acompanhando a
influência da mídia no noticiário político, a partir de duas importantes
cidades do interior de São Paulo: Piracicaba e Campinas.*
*Morei em Piracicaba de 1993 a 1997, trabalhei para dois jornais no
município, inclusive no mais importante, planejei e coordenei a pesquisa
sobre o perfil do leitor de jornal em Piracicaba para O Jornal de Piracicaba
para a primeira mudança da grade editorial do jornal em 1994. O Jornal de
Piracicaba pertence a uma tradicional família da cidade, era praticamente o
único de Piracicaba, não tinha concorrentes, exceto uns poucos jornais de
bairro.*
*Todo mercado publicitário de Piracicaba estava praticamente no Jornal de
Piracicaba, o monopólio era total, os jornais de bairro e os outros jornais
(de inserção insignificante) do município tinham o espaço para venda de
anúncios reduzidíssimos, as empresas não compravam espaços publicitários
nestes jornais porque não dava retorno e, sem dinheiro, os jornais ficavam
sem saída. Ou fechavam ou sobreviviam com muita luta.*
*Em 1988, o PT elegeu o prefeito de Piracicaba, José Machado. Durante seu
mandato, o Jornal de Piracicaba fez oposição cerrada ao Governo Machado e na
eleição de 1992 o Jornal de Piracicaba apoiou abertamente o candidato do
PSDB, Mendes Thame, que foi eleito Prefeito. A partir de 1993 as críticas a
administração municipal sumiram do jornal.
*
*Em Campinas não foi diferente. Em 1988 o PT também elegeu o Prefeito de
Campinas, o líder sindical petroleiro Jacó Bittar. Durante seu mandato
sofreu ataques praticamente diários, do PSDB na Câmara de Vereadores, cujas
denúncias eram repercutidas nas páginas do Jornal Correio Popular, que
também pertence a uma família tradicional de Campinas. Os ataques surtiram
efeito e em 1992, o PSDB elegeu Magalhães Teixeira prefeito, que já tinha
governado Campinas de 1983 a 1988.*

*Depois da chegada ao poder do PSDB no Governo do Estado de São Paulo, em
1994, a Rede Anhanguera de Comunicação, a RAC, empresa proprietária do
Jornal Correio Popular, expandiu seus negócios e praticamente assumiu o
monopólio da mídia dos jornais escritos em Campinas ao comprar o outro
jornal de Campinas, o Diário do Povo. Recentemente,  há cerca de dois anos,
temerosa de surgisse em Campinas um jornal, tipo tablóide, similar ao Metro,
que faz muito sucesso em São Paulo, a RAC lançou em Campinas o seu próprio
tablóide, o Jornal Já.*

*Como que se não bastasse o fato de que em praticamente todas cidades do
interior de São Paulo existem “Correios Populares e Jornais de Piracicaba” é
importante lembrar que existe a Empresa Paulista de Televisão, a EPTV, que
também pertence a uma tradicional família paulista e retransmite a
programação da Rede Globo de Televisão combinada a uma programação voltada
para o jornalismo, com notícias das cidades onde seu sinal chega. A EPTV é
um braço regional do PIG: manipula seus noticiários, de forma a informar
obras do governo estadual e ao mesmo tempo criticar prefeituras que não são
de partidos que apóiam governos tucanos, sempre de forma sutil.*

*Com um aparato como este, de propaganda a favor, em uma sociedade
historicamente com tradições conservadoras fica fácil para os tucanos se
manterem no poder em São Paulo. Ou seja, além da propaganda eleitoral, os
tucanos contam com a ajuda, fazendo propaganda a favor e criticando a
oposição, de todo um sistema de mídia na televisão, que inclui jornais
escritos, rádios e emissoras de televisão em praticamente todo Estado de São
Paulo.
*

*Flávio Luiz Sartori – flavioluiz.sartori em gmail.com*

*(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa
qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm
a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político
– o PiG, Partido da Imprensa Golpista.*
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