<div dir="ltr"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tbody><tr></tr><tr><td valign="top">
<h1><a href="http://www.conversaafiada.com.br/antigo/?p=22936" rel="nofollow" target="_blank"><font color="#000000">Como age o PiG (*) no interior de
São Paulo</font></a></h1>
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<div> </div>
</div>
<p style="text-align: left;"><i>
</i></p>
<div style="width: 510px;"><i><i><a href="http://www.conversaafiada.com.br/antigo/wp-content/uploads/2009/11/PIGdoInterior.jpg" rel="nofollow" target="_blank"><img title="PIGdoInterior" alt="A praga do PiG (*) se alastrou pelo interior: o mal é o mesmo" src="http://www.conversaafiada.com.br/antigo/wp-content/uploads/2009/11/PIGdoInterior.jpg" height="338" width="500"></a></i> </i>
<p><i>A
praga do PiG (*) se alastrou pelo interior: o mal é o mesmo</i></p>
</div>
<div>O Conversa Afiada reproduz
comentário do amigo navegante Flávio Luiz Sartori:</div>
<div><i><b>PARA ESTAREM NO PODER
DESDE 1994, TUCANOS CONTAM COM UMA VERDADEIRA REDE EMISSORAS DE TV,
JORNAIS ESCRITOS E RÁDIOS EM TODO ESTADO DE SÃO PAULO</b></i></div>
<div><i><br>
Puxando bem lá no fundo das lembranças iniciei minha análise com a
constatação óbvia de que o PIG não é apenas a Globo, o Estadão e a
Folha. O PIG esta muito mais presente no nosso dia a dia do que as
pessoas imaginam. Mas de onde vem esse PIG aparentemente invisível?</i></div>
<div><i>Não vou dar aqui uma resposta
acadêmica sobre a influência das elites, digo das classes dominantes
que representam os setores hegemônicos na economia e na política
brasileira durante até o início deste século. Pretendo sim fazer um
relato de minha história de vida nas últimas décadas acompanhando a
influência da mídia no noticiário político, a partir de duas
importantes cidades do interior de São Paulo: Piracicaba e Campinas.</i></div>
<div><i>Morei em Piracicaba de 1993 a
1997, trabalhei para dois jornais no município, inclusive no mais
importante, planejei e coordenei a pesquisa sobre o perfil do leitor de
jornal em Piracicaba para O Jornal de Piracicaba para a primeira
mudança da grade editorial do jornal em 1994. O Jornal de Piracicaba
pertence a uma tradicional família da cidade, era praticamente o único
de Piracicaba, não tinha concorrentes, exceto uns poucos jornais de
bairro.</i></div>
<div><i>Todo mercado publicitário de
Piracicaba estava praticamente no Jornal de Piracicaba, o monopólio era
total, os jornais de bairro e os outros jornais (de inserção
insignificante) do município tinham o espaço para venda de anúncios
reduzidíssimos, as empresas não compravam espaços publicitários nestes
jornais porque não dava retorno e, sem dinheiro, os jornais ficavam sem
saída. Ou fechavam ou sobreviviam com muita luta.</i></div>
<div><i>Em 1988, o PT elegeu o prefeito
de Piracicaba, José Machado. Durante seu mandato, o Jornal de
Piracicaba fez oposição cerrada ao Governo Machado e na eleição de 1992
o Jornal de Piracicaba apoiou abertamente o candidato do PSDB, Mendes
Thame, que foi eleito Prefeito. A partir de 1993 as críticas a
administração municipal sumiram do jornal.<br>
</i></div>
<div><i>Em Campinas não foi diferente.
Em 1988 o PT também elegeu o Prefeito de Campinas, o líder sindical
petroleiro Jacó Bittar. Durante seu mandato sofreu ataques praticamente
diários, do PSDB na Câmara de Vereadores, cujas denúncias eram
repercutidas nas páginas do Jornal Correio Popular, que também pertence
a uma família tradicional de Campinas. Os ataques surtiram efeito e em
1992, o PSDB elegeu Magalhães Teixeira prefeito, que já tinha governado
Campinas de 1983 a 1988.</i></div>
<p style="text-align: left;"><i>Depois
da chegada ao poder do PSDB no Governo do Estado de São Paulo, em 1994,
a Rede Anhanguera de Comunicação, a RAC, empresa proprietária do Jornal
Correio Popular, expandiu seus negócios e praticamente assumiu o
monopólio da mídia dos jornais escritos em Campinas ao comprar o outro
jornal de Campinas, o Diário do Povo. Recentemente, há cerca de dois
anos, temerosa de surgisse em Campinas um jornal, tipo tablóide,
similar ao Metro, que faz muito sucesso em São Paulo, a RAC lançou em
Campinas o seu próprio tablóide, o Jornal Já.</i> </p>
<p style="text-align: left;"><i>Como que
se não bastasse o fato de que em praticamente todas cidades do interior
de São Paulo existem “Correios Populares e Jornais de Piracicaba” é
importante lembrar que existe a Empresa Paulista de Televisão, a EPTV,
que também pertence a uma tradicional família paulista e retransmite a
programação da Rede Globo de Televisão combinada a uma programação
voltada para o jornalismo, com notícias das cidades onde seu sinal
chega. A EPTV é um braço regional do PIG: manipula seus noticiários, de
forma a informar obras do governo estadual e ao mesmo tempo criticar
prefeituras que não são de partidos que apóiam governos tucanos, sempre
de forma sutil.</i> </p>
<p style="text-align: left;"><i>Com um
aparato como este, de propaganda a favor, em uma sociedade
historicamente com tradições conservadoras fica fácil para os tucanos
se manterem no poder em São Paulo. Ou seja, além da propaganda
eleitoral, os tucanos contam com a ajuda, fazendo propaganda a favor e
criticando a oposição, de todo um sistema de mídia na televisão, que
inclui jornais escritos, rádios e emissoras de televisão em
praticamente todo Estado de São Paulo.<br>
</i></p>
<p style="text-align: left;"><i><b>Flávio
Luiz Sartori</b> – <a href="mailto:flavioluiz.sartori@gmail.com" target="_blank">flavioluiz.sartori@gmail.com</a></i> </p>
<p style="text-align: left;"><b>(*)
Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa
qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão
têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido
político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.</b>
</p>
</td></tr></tbody></table></div>