[Macronoroeste-campinas] O modo como a internet funcionou até hoje está sob perigo!

PONTOS SP - Robson Sampaio reductio.ad.ethos em gmail.com
Terça Agosto 24 18:10:09 CEST 2010


*O modo como a internet funcionou até hoje está sob perigo!*
Por Paulo Teixeira http://pauloteixeira13.com.br/?p=10486

O modo como a Internet foi construída é um dos grandes responsáveis pelo seu
sucesso. Como tem dito o professor Sergio Amadeu, “na Internet, ninguém
precisa pedir autorização para criar conteúdos, formatos, tecnologias e
aplicações”. Esse modelo é que permite que a cada dia sejam criadas
novidades incríveis que contribuem para a construção desse grande
repositório das diversas culturas contemporâneas que é a Internet.

A internet foi projetada para que todo o tráfego de informações seja tratado
de forma igual. Esse princípio é conhecido como “neutralidade da
rede<http://pt.wikipedia.org/wiki/Neutralidade_da_rede>“,
ou seja: quem controla a infraestrutura de rede não pode interferir no fluxo
de dados. Entretanto, muitas empresas de telecomunicações e provedores de
acesso perceberam que podem ganhar muito mais dinheiro se transformarem a
Internet em algo parecido com uma rede de TV a Cabo, na qual você deve pagar
pelo que acessa.

Se as corporações conseguirem quebrar o princípio da neutralidade na rede,
um blog não será aberto com a mesma velocidade que o site da Microsoft ou
daqueles que possuem muito dinheiro para realizar acordos com os detentores
da infraestrutura de cabos,
backbones<http://pt.wikipedia.org/wiki/Backbone>e satélites. Isso
levará à mercantilização completa para o ciberespaço e
soterrará o modo como temos atuado na rede até o momento. O mais grave é
que, sem o princípio da neutralidade, dificilmente jovens teriam criado o
YouTube, a voz sobre IP, o
BitTorrent<http://pt.wikipedia.org/wiki/BitTorrent>etc., pois essas
novidades seriam barradas pelos controladores dos cabos de
conexão.

Em 2007, o maior provedor americano, Comcast, começou a bloquear seus
usuários que utilizavam o protocolo de transferência de arquivos BitTorrent.
Em 2008, a Federal Communications
Commission<http://pt.wikipedia.org/wiki/Federal_Communications_Commission>(FCC),
o equivalente à Anatel norte-americana, ordenou que a Comcast parasse
com sua prática de intromissão no tráfego da rede. Em 2010, um tribunal
revogou a decisão, alegando que a FCC não tem autoridade legal necessária
para punir a Comcast. A partir daí, as grandes corporações começaram a
elaborar suas próprias regras de tratamento de pacotes de informação.
Temendo esse abuso, na proposta de Marco Civil da
Internet<http://culturadigital.br/marcocivil/>no Brasil, o Ministério
da Justiça inseriu um artigo proibindo a quebra do
princípio da neutralidade na rede. O problema é que a Internet é uma rede
transnacional e seus principais provedores estão nos Estados Unidos.

Há alguns dias, um dos grandes aliados da neutralidade da rede, o Google,
mudou seu comportamneto. Anunciou um acordo de priorização de tráfego com a
Verizon (outro dos maiores provedores dos Estados Unidos). Aparentemente, o
acordo não parece ser tão ruim. A Verizon concordou em respeitar o princípio
da não discriminação de pacotes de dados em suas redes cabeadas e Google
reiterou o seu compromisso pela neutralidade da rede. No entanto, a proposta
exclui especificamente os serviços de internet sem fio. O acordo também
propõe os chamados “serviços de gestão” nas redes com fio (a criação de
pistas essencialmente rápidas com regras distintas da web). Coisa muito
parecida com os pedágios das estradas paulistas, que tanto empolgam os
tucanos e a dupla Serra-Alckmin.

Precisamos atuar imediatamente em defesa da neutralidade na rede. Vamos
apoiar o movimento Save the Internet <http://www.savetheinternet.com/>.
Escreva emails para a direção do
Google<https://secure.freepress.net/site/Advocacy?cmd=display&page=UserAction&id=471>.
Vamos apelar para que não abram um precedente tão perigoso. Vamos escrever
tweets e alertar a todos sobre a importância da neutralidade na rede para a
defesa da criatividade e da diversidade cultural. O poder das grandes
corporações deve ser barrado. A Internet alcançou tanto sucesso porque
seguiu os princípios de liberdade e compartilhamento próprios da cultura
hacker <http://pt.wikipedia.org/wiki/Hacker>. Vamos defender a possibilidade
de qualquer jovem criar uma nova aplicação sem ter que pagar pedágio para as
operadoras de telecomunicações. Vamos defender a neutralidade na rede!


-- 
Robson Bomfim***

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