<div dir="ltr"><p><strong>O modo como a internet funcionou até hoje está sob perigo!</strong></p><h1 class="entry-title"><font size="2">Por Paulo Teixeira <a href="http://pauloteixeira13.com.br/?p=10486">http://pauloteixeira13.com.br/?p=10486</a><br>

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<p>O modo como a Internet foi construída é um dos grandes responsáveis
pelo seu sucesso. Como tem dito o professor Sergio Amadeu, “na
Internet, ninguém precisa pedir autorização para criar conteúdos,
formatos, tecnologias e aplicações”. Esse modelo é que permite que a
cada dia sejam criadas novidades incríveis que contribuem para a
construção desse grande repositório das diversas culturas
contemporâneas que é a Internet.</p>
<p>A internet foi projetada para que todo o tráfego de informações seja tratado de forma igual. Esse princípio é conhecido como “<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Neutralidade_da_rede" target="_blank">neutralidade da rede</a>“,
ou seja: quem controla a infraestrutura de rede não pode interferir no
fluxo de dados. Entretanto, muitas empresas de telecomunicações e
provedores de acesso perceberam que podem ganhar muito mais dinheiro se
transformarem a Internet em algo parecido com uma rede de TV a Cabo, na
qual você deve pagar pelo que acessa.</p>
<p>Se as corporações conseguirem quebrar o princípio da neutralidade na
rede, um blog não será aberto com a mesma velocidade que o site da
Microsoft ou daqueles que possuem muito dinheiro para realizar acordos
com os detentores da infraestrutura de cabos, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Backbone" target="_blank">backbones</a>
e satélites. Isso levará à mercantilização completa para o ciberespaço
e soterrará o modo como temos atuado na rede até o momento. O mais
grave é que, sem o princípio da neutralidade, dificilmente jovens
teriam criado o YouTube, a voz sobre IP, o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/BitTorrent" target="_blank">BitTorrent</a> etc., pois essas novidades seriam barradas pelos controladores dos cabos de conexão.</p>
<p>Em 2007, o maior provedor americano, Comcast, começou a bloquear
seus usuários que utilizavam o protocolo de transferência de arquivos
BitTorrent. Em 2008, a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Federal_Communications_Commission" target="_blank">Federal Communications Commission</a>
(FCC), o equivalente à Anatel norte-americana, ordenou que a Comcast
parasse com sua prática de intromissão no tráfego da rede. Em 2010, um
tribunal revogou a decisão, alegando que a FCC não tem autoridade legal
necessária para punir a Comcast. A partir daí, as grandes corporações
começaram a elaborar suas próprias regras de tratamento de pacotes de
informação. Temendo esse abuso, na proposta de <a href="http://culturadigital.br/marcocivil/" target="_blank">Marco Civil da Internet</a>
no Brasil, o Ministério da Justiça inseriu um artigo proibindo a quebra
do princípio da neutralidade na rede. O problema é que a Internet é uma
rede transnacional e seus principais provedores estão nos Estados
Unidos.</p>
<p>Há alguns dias, um dos grandes aliados da neutralidade da rede, o
Google, mudou seu comportamneto. Anunciou um acordo de priorização de
tráfego com a Verizon (outro dos maiores provedores dos Estados
Unidos). Aparentemente, o acordo não parece ser tão ruim. A Verizon
concordou em respeitar o princípio da não discriminação de pacotes de
dados em suas redes cabeadas e Google reiterou o seu compromisso pela
neutralidade da rede. No entanto, a proposta exclui especificamente os
serviços de internet sem fio. O acordo também propõe os chamados
“serviços de gestão” nas redes com fio (a criação de pistas
essencialmente rápidas com regras distintas da web). Coisa muito
parecida com os pedágios das estradas paulistas, que tanto empolgam os
tucanos e a dupla Serra-Alckmin.</p>
<p>Precisamos atuar imediatamente em defesa da neutralidade na rede. Vamos apoiar o movimento <a href="http://www.savetheinternet.com/" target="_blank">Save the Internet</a>. Escreva <a href="https://secure.freepress.net/site/Advocacy?cmd=display&amp;page=UserAction&amp;id=471" target="_blank">emails para a direção do Google</a>.
Vamos apelar para que não abram um precedente tão perigoso. Vamos
escrever tweets e alertar a todos sobre a importância da neutralidade
na rede para a defesa da criatividade e da diversidade cultural. O
poder das grandes corporações deve ser barrado. A Internet alcançou
tanto sucesso porque seguiu os princípios de liberdade e
compartilhamento próprios da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hacker" target="_blank">cultura hacker</a>.
Vamos defender a possibilidade de qualquer jovem criar uma nova
aplicação sem ter que pagar pedágio para as operadoras de
telecomunicações. Vamos defender a neutralidade na rede!
</p><br clear="all"><br>-- <br>Robson Bomfim*** <br><br>Tuxaua:Nós na Interseção Digital<br>GNU/LINUX user # 489500<br>e-mail: <a href="mailto:reductio.ad.ethos@gmail.com">reductio.ad.ethos@gmail.com</a><br>skype: rbscamba1<br>

gtalk: reductio.ad.ethos<br>twitter: @rbscamba<br>-<br>-----    --- eSPAço LivRe dE ArTe---    ----<br>*** *Free Art CiberNeticA   --- Gimp---    Inkscape<br>XiluGraVida   @!---§§§#---      /Debian/ /linux/GNU<br>/Linux--#$ 00101101010010 love bits***.*<br>

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