<div style="font-family: arial; font-weight: bold; color: #222222; padding: 0px">
<a name="digest_top" style="color: #222222">Resumo do tópico de hoje</a></div>
<p>Grupo: <a style=color:#1155cc;text-decoration:none href=http://groups.google.com/group/eurecacampinas/topics>http://groups.google.com/group/eurecacampinas/topics</a></p>
<ul style="margin-left:3px; padding-left:0px">
<li type="square" style="color: #555555"><a style=color:#1155cc;text-decoration:none href="#group_thread_0">Campanha da Fraternidade A nossa responsabilidade pelo tráfico de pessoas</a> [1 atualização]</li>
</ul>
<a name="group_thread_0"></a>
<div style="background-color: #f5f5f5; font-family: arial; border-top: 1px solid #e5e5e5; padding: 4px 0 5px 32px; "
> <a target="_blank" href="http://groups.google.com/group/eurecacampinas/t/83feeea742930682" style="color:#1155cc;text-decoration:none"
>Campanha da Fraternidade A nossa responsabilidade pelo tráfico de pessoas</a></div>
<ul>
<span style="color: ; font-weight: bold">Gerardo Melo <gerardommelo@gmail.com></span> Mar 05 05:51PM -0300
<br /> <br />
[image: Imagem inline 2]<br />
<br />
Campanha da Fraternidade:<br />
<br />
*A nossa responsabilidade pelo tráfico de pessoas*<br />
<br />
Blog do Sakamoto/UOL<br />
<br />
Leonardo Sakamoto<br />
<br />
05/03/2014 17:10<br />
<br />
*Escrevi com Xavier Plassat, frei dominicano e coordenador da campanha pela<br />
erradicação do trabalho escravo da Comissão Pastoral da Terra, ligada à<br />
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, um texto para o lançamento da<br />
Campanha da Fraternidade 2014, nesta quarta (5), cujo tema é o combate ao<br />
tráfico de seres humanos. *<br />
<br />
*Independente de concordar ou não com as políticas e posições da Igreja<br />
Católica, o fato é que uma campanha com essa temática merece o nosso apoio.<br />
Ainda mais com a capilaridade com que conta a instituição, podendo levar e<br />
discutir a mensagem, alertando milhões de pessoas sobre as redes de<br />
tráficos de seres humanos para o trabalho escravo, a exploração sexual, a<br />
remoção forçada de órgãos, entre outras aberrações. Para uma mudança<br />
concreta, é claro que não basta informação sem uma real melhoria da<br />
qualidade de vida das potenciais vítimas, sejam elas brasileiras ou<br />
estrangeiras. Mas este é um passo importante. Segue o texto:*<br />
<br />
Filho do patriarca Jacó, José é a primeira figura bíblica vítima do tráfico<br />
humano. José ainda pode ser encontrado em qualquer esquina do nosso mundo<br />
global. Seu nome é Sikandar, Miriam, Juan, Pedrito, Luizinha, Jerry. Seu<br />
exílio (ou inferno) chama-se Doha, Belo Monte, Dacca, Brás, Codó,<br />
Barcelona, General Carneiro, Guarulhos, Lampedusa.<br />
<br />
José está vivo. Escondido, invisível, traficado feito mercadoria,<br />
acorrentado pelo medo, instrumentalizado para o lucro fácil, preso nos<br />
tentáculos de um velho-novo crime. Tráfico e escravidão permaneceram vivos,<br />
transformando-se e ganhando novas características que os diferenciam do<br />
passado. A finalidade é a mesma: alguém lucra, alguém é explorado.<br />
Intermediários viabilizam o sistema. Cúmplices garantem sua<br />
sustentabilidade. As modalidades são variadas: exploração sexual, trabalho<br />
análogo ao de escravo, servidão, remoção ilegal de órgãos, casamento<br />
forçado, entre outras.<br />
<br />
A escravidão tem na atualidade um peso nunca visto na história da<br />
humanidade. Não por acaso: aprendemos a transformar tudo em mercadoria e<br />
nos conectamos globalmente, transformando o mundo em um único e grande<br />
supermercado. A Organização Internacional do Trabalho estima em 21 milhões<br />
o número de vítimas, tanto homens como mulheres, um em cada quatro com<br />
menos de 18 anos.<br />
<br />
*Trabalhadores libertados no Pará (Foto: :João Ripper/Imagens humanas)*<br />
<br />
No Brasil, para onde foram traficados 5 milhões de africanos, com o amparo<br />
da lei e a bênção da religião, a forma mais visível deste tráfico ainda é o<br />
trabalho escravo, presente sob as modalidades do trabalho forçado, da<br />
servidão por dívida, da jornada exaustiva e do trabalho em condições<br />
degradantes. As vítimas são aliciadas em bolsões de pobreza, dentro e fora<br />
do país. Nos últimos 20 anos foram libertadas 47 mil delas, em dois mil<br />
estabelecimentos de mais de 600 municípios. No campo, destaque para a<br />
pecuária, as lavouras do agronegócio e carvoarias. Nas cidades, a<br />
construção civil e oficinas de confecção. Para a exploração sexual, as<br />
informações quantitativas são precárias. O Brasil é tido como um dos<br />
grandes exportadores de mulheres a serem exploradas sexualmente,<br />
particularmente na Europa.<br />
<br />
Por aqui, a mobilização contra a escravidão contemporânea iniciou-se nos<br />
anos 1970, destacando-se a figura do bispo Pedro Casaldáliga e a atuação<br />
incansável da Comissão Pastoral da Terra. Acolheram fugitivos e tornaram<br />
públicas denúncias de trabalhadores escravizados em plena floresta<br />
amazônica. A pressão em fóruns nacionais e internacionais acabou obrigando<br />
o Estado a assumir, em 1995, a causa da erradicação. A partir da<br />
ratificação do Protocolo de Palermo, tratado internacional sobre o tráfico<br />
de pessoas, em 2004, o Brasil adotou uma política nacional de enfrentamento<br />
a esse crime.<br />
<br />
A invisibilidade das práticas do tráfico e a cegueira de muitos são algumas<br />
das dificuldades para avançar no combate a esse crime. Há quem teime em<br />
negar sua realidade, a exemplo de ruralistas em sua busca para esvaziar o<br />
conceito legal e a política nacional de combate ao trabalho escravo.<br />
<br />
Face à idolatria que sacrifica a dignidade e a liberdade no altar do lucro,<br />
ressoa a pergunta feita a Caim: "Onde está teu irmão?" Sim, o escândalo<br />
ainda perdura, com o José bíblico renascido sob outros nomes. De nós<br />
depende que ele possa sair da invisibilidade, levantar-se, conquistar seus<br />
direitos. Oportunamente este é o desafio proposto à sociedade pela Campanha<br />
da Fraternidade lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.<br />
"Tráfico humano e Fraternidade" é seu lema.<br />
<br />
E, você, que veste as roupas produzidas por tantos Josés, come o fruto de<br />
seu trabalho e mora em residências erguidas por suas mãos, saberia<br />
responder onde, neste momento, está teu irmão e tua irmã?<br />
<br />
*Texto publicado originalmente no jornal Gazeta do Povo<br />
<<a href="http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1451768&tit=Campanha-da-Fraternidade-onde-esta-teu-irmao">http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1451768&tit=Campanha-da-Fraternidade-onde-esta-teu-irmao</a>>.<br />
*<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<a href="http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/03/05/campanha-da-fraternidade-a-nossa-responsabilidade-pelo-trafico-de-pessoas/">http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/03/05/campanha-da-fraternidade-a-nossa-responsabilidade-pelo-trafico-de-pessoas/</a><br />
<br />
<br />
[image: Imagem inline 1]<br />
<p> </p>
</ul>
<p></p>
-- <br />
Você recebeu esta mensagem porque está inscrito no Grupo "Eureca<br />
Campinas" nos Grupos do Google.<br />
<br />
Se desejar que a moderação altere sua configuração, envie um e-mail para<br />
ney.dca@gmail.com<br />
<br />
Para postar neste grupo, envie um e-mail para<br />
eurecacampinas@googlegroups.com<br />
Para cancelar a sua inscrição neste grupo, envie um e-mail para<br />
eurecacampinas+unsubscribe@googlegroups.com -- ou ney.dca@gmail.com --<br />
Para ver mais opções, visite este grupo em<br />
<a href="http://groups.google.com.br/group/eurecacampinas?hl=pt-BR">http://groups.google.com.br/group/eurecacampinas?hl=pt-BR</a><br />
<br />
<br />
Vamos racionalizar a circulação de e-mails: se você for responder uma mensagem de um grupo, com uma manifestação pessoal, enderece-a SOMENTE ao remetente e não ao grupo todo! <br />
Não confirme a presença em reuniões ao grupo, mas SOMENTE ao autor do convite!!<br />
<br />
--- <br />
Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo quot;Eureca Campinas" dos Grupos do Google.<br />
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para <a href="mailto:eurecacampinas+unsubscribe@googlegroups.com">eurecacampinas+unsubscribe@googlegroups.com</a>.<br />
Para mais opções, acesse <a href="https://groups.google.com/groups/opt_out">https://groups.google.com/groups/opt_out</a>.<br />