<div style="font-family: arial; font-weight: bold; color: #222222; padding: 0px">
<a name="digest_top" style="color: #222222">Resumo do tópico de hoje</a></div>
<p>Grupo: <a style=color:#1155cc;text-decoration:none href=http://groups.google.com/group/eurecacampinas/topics>http://groups.google.com/group/eurecacampinas/topics</a></p>
<ul style="margin-left:3px; padding-left:0px">
<li type="square" style="color: #555555"><a style=color:#1155cc;text-decoration:none href="#group_thread_0">Resposta à Veja: o Brasil está acorrentado ao poste !</a> [1 atualização]</li>
<li type="square" style="color: #555555"><a style=color:#1155cc;text-decoration:none href="#group_thread_1">SNJ repudia ação de "justiceiros"</a> [1 atualização]</li>
<li type="square" style="color: #555555"><a style=color:#1155cc;text-decoration:none href="#group_thread_2">MST - veja o vídeo</a> [1 atualização]</li>
<li type="square" style="color: #555555"><a style=color:#1155cc;text-decoration:none href="#group_thread_3">[interconselhoscps] Nova Composição do Conselho de Direitos da Mulher</a> [1 atualização]</li>
<li type="square" style="color: #555555"><a style=color:#1155cc;text-decoration:none href="#group_thread_4">[FSSP] A escassez de água e a teoria de Gaia</a> [1 atualização]</li>
</ul>
<a name="group_thread_0"></a>
<div style="background-color: #f5f5f5; font-family: arial; border-top: 1px solid #e5e5e5; padding: 4px 0 5px 32px; "
> <a target="_blank" href="http://groups.google.com/group/eurecacampinas/t/530e0b8e4fe8574" style="color:#1155cc;text-decoration:none"
>Resposta à Veja: o Brasil está acorrentado ao poste !</a></div>
<ul>
<span style="color: ; font-weight: bold">Virgilio Alves <virgilio_paulo@yahoo.com.br></span> Feb 14 05:27AM -0800
<br /> <br />
Socializando...<br />
<br />
<br />
Em Sexta-feira, 14 de Fevereiro de 2014 10:46, Teresa Arruda <teresa.arruda2010@gmail.com> escreveu:<br />
<br />
<br />
EXTRAÍDO DO CONVERSA AFIADA<br />
<br />
Publicado em 08/02/2014 <br />
Resposta à Veja: o Brasil <br />
está acorrentado ao poste !<br />
Fernando Brito faz a autópsia do detrito de maré baixa <br />
O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:<br />
Resposta à Veja: Onde está o Brasil? Acorrentado ao poste, como aquele negro. A corrente é a mídia<br />
<br />
A revista Veja, uma espécie de toque de Midas ao inverso, que transforma em imundície tudo em que toca, coloca em sua capa a imagem do menino negro, acorrentado a um poste por um bando de tarados do Flamengo, pergunta “Onde está o Brasil equilibrado, rico em petróleo, educado e viável que só o Governo enxerga?”.<br />
<br />
A Veja merece resposta.<br />
<br />
Não para ela, que é muito mais incorrigível que o pequeno delinquente que lhe serve de carniça.<br />
<br />
Porque ela, ao contrário dele, tem meios e modos para entender o que é civilização, enquanto ele precisa ocupar o tempo arranjando algum resto de comida para engolir, uma cola de sapateiro para cheirar em lugar do respeitável pó branco das festas da elite, e uma banca de jornal que<br />
lhe sirva de colchão de lata ou teto de zinco, se chove ou se faz sol.<br />
<br />
A resposta à Veja é necessária para que este império de maldade e seus garbosos centuriões saibam que existe quem não lhe abaixe a cabeça e anuncie que fará tudo, tudo o que puder, enquanto a vida durar, para arrancar o Brasil das correntes com que a fina elite e seus brucutus anabolizados da mídia o amarram no poste do atraso, da submissão, da pobreza e da vil condição de uma sociedade de castas, onde eles são a nobreza opulenta.<br />
<br />
O Brasil, senhores de Veja, é este negrinho.<br />
<br />
Está cheio de deformações, de cicatrizes, de desvios de conduta, de desesperança e fatalismo.<br />
<br />
Estas marcas, nele, foram você que as fizeram, abandonando-o à sua própria sorte, vendo crescer gerações nas ruas, ignorando-os, desprezando.<br />
<br />
<br />
Tudo estaria bem se ele estivesse lá, no gueto das favelas, tendo uma existência miserável e conformada. Ou<br />
sendo um dos muitos que, por uma força até inexplicável, conseguem se sacrificar, como seus pais se sacrificam, para ter uma pobre escola pública, um trabalho mal-pago, uns bailezinhos funk por lá mesmo, com as devidas arrochadas da PM, os capitães de mato, negros e pardos como eles, mas a serviço dos “buana”.<br />
<br />
Não é isso o que diz um dos “civilizados” aos quais a Veja serve de megafone, como está lá em cima?<br />
<br />
A pobreza em que os governos que vocês apoiam, as elites que vocês representam e os interesses a que vocês servem tem, entretanto, destes efeitos colaterais.<br />
<br />
Porque aquele menino, como o Brasil, vê o mundo como vocês mostram, canta as músicas que vocês tocam, pensa o que vocês martelam em sua cabeça, tem os desejos<br />
que vocês glamourizam.<br />
<br />
É foda, foda é assistir a propaganda e ver/Não dá pra ter aquilo pra você <br />
<br />
E o que tem pra eles, mesmo um pouquinho, vocês combatem furiosamente: uma bolsa-família, um salário mínimo menos pior, uma cota para a universidade…<br />
<br />
Populismo, dizem vocês…<br />
<br />
Aquele menino e as mazelas de sua vida nunca tiveram de vocês o tratamento do “Rei dos Camarotes”, aquele idiota.<br />
<br />
Ou como o “Rei dos Tribunais”, que vocês bajulam porque, politicamente, lhes é interessante explorar seu comportamento para atacar o Governo, embora ele tenha ficado quieto diante desta monstruosidade, quando gosta tanto dos holofotes para outros temas.<br />
<br />
Aliás, quanto ele terá contribuído para a visão do “mata e esfola”, do pré-julgamento, do “não tem lei” para que eu ache bandido?<br />
<br />
Vocês não fazem uma matéria sobre os monstros que andam em bando, encapuzados, de porrete na mão,<br />
para distribuir bordoadas no “lixo social”, lixo que o seu sistema de poder produz há séculos.<br />
<br />
Aqueles que tentam amenizar um pouco que seja isso é tratado como um primitivo, um arcaico, que não entendeu que só “o mercado” nos salvará.<br />
<br />
Ou um “escravo”, como os médicos que aceitaram ir tratar dos negrinhos da periferia ou do interior, onde os coxinhas da Veja não querem ir.<br />
<br />
O mercado do qual o menino terá – se tiver – a xêpa.<br />
<br />
E ele tem direito a mais, porque ele brotou – feio e torto – desta terra. Não veio de fora para fazer fortuna entre nós e não ser um de nós.<br />
<br />
O negrinho está acorrentado, Veja, e acorrentado por quem o domina.<br />
<br />
O Brasil também, e também seu Governo que, se não se “comportar” para com os que de fato o dominam, levará mais bordoadas do que já leva, por sua insubmissão.<br />
<br />
Acorrentado por uma cadeia mental, a mídia, uma corrente da qual<br />
vocês são um dos maiores e mais odiosos elos.<br />
<br />
Aquele negrinho não pode ter um destino próprio, apenas o papel que lhe derem, como o Brasil não pode ter seu próprio destino, aquele que convém a vocês e não nos tira do mesmo lugar.<br />
<br />
Esta corrente, entretanto, é podre.<br />
<br />
Podre, podre de não se poder disfarçar o fedor que exala.<br />
<br />
E está se esgarçando, para desespero dos que contam com ela para nos manter atados.<br />
<br />
O “Brasil equilibrado, rico em petróleo, educado e viável” que vocês dizem que só o Governo enxerga, de uns anos para cá, surgiu diante do povo brasileiro, depois de décadas de fatalismo de “este país é uma merda mesmo” que vocês nos inculcaram, a nós, os negrinhos.<br />
<br />
E ele nos atrai com tanta força que não será esta corrente imunda, de elos podres, que o deterá.<br />
<br />
Por mais que vocês se arreganhem, como fazem os impérios em decadência, por mais que se<br />
comportem, nas bancas, como aqueles facínoras de porrete, será inútil.<br />
<br />
Vocês já não são a única voz, embora muitos ainda os temam e procurem, inutilmente, cair nas suas boas graças com juras de vassalagem ao que vocês representam.<br />
<br />
O mundo de vocês é o passado, é o da escravidão, é o da aristocracia que, tão boazinha, até deixa entrar alguns negrinhos na cozinha, desde que se comportem e não façam sujeira.<br />
<br />
É o passado, porque o futuro tem uma força tão grande, tão imensa, tão inexorável que, logo, vocês penderão de um poste.<br />
<br />
Não, fiquem calmos, não estou sugerindo enforcamentos, como foi o do Mussolini…<br />
<br />
Apensas penderão como um elo roto de um poste velho e carcomido, que não tem mais luz e serventia.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
__._,_.___<br />
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<p> </p>
</ul>
<a name="group_thread_1"></a>
<div style="background-color: #f5f5f5; font-family: arial; border-top: 1px solid #e5e5e5; padding: 4px 0 5px 32px; "
> <a target="_blank" href="http://groups.google.com/group/eurecacampinas/t/b6852399fdee6140" style="color:#1155cc;text-decoration:none"
>SNJ repudia ação de "justiceiros"</a></div>
<ul>
<span style="color: ; font-weight: bold">Virgilio Alves <virgilio_paulo@yahoo.com.br></span> Feb 14 05:27AM -0800
<br /> <br />
Socializando...<br />
<br />
06.02.2014 - SNJ repudia ação de “justiceiros”: "A violência não colabora com o estabelecimento da justiça"<br />
Em nota, a secretaria também considerou "lamentável, perversa e perigosa" a aprovação dada à ação destes “justiceiros”. A nota faz menção as imagens de jovens negros, nus, espancandos e amarrados em ruas do Rio de Janeiro. <br />
Nota da Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República<br />
<br />
Divulgadas esta semana, as imagens dos jovens negros, nus, espancados e, um deles acorrentado pelo pescoço a um poste, e o outro amarrado com rosto virado para o chão sob o sol quente, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, chocam, doem na alma e indignam aqueles que acreditam na democracia, e nas lutas contra o racismo e por um mundo fraterno e solidário. Apesar de passados mais de 100 anos, as cenas dos jovens negros submetidos à crueldade exposta nos remetem aos trágicos tratamentos utilizados no Brasil escravocrata. <br />
<br />
Em plena Democracia, nada pode autorizar ou justificar tamanha violência. A atuação destes “justiceiros” pode ser equiparada à formação de milícias, o que é intolerável e contra a lei. A violência não colabora com o estabelecimento da justiça.<br />
<br />
Também é lamentável, perversa e perigosa a aprovação dada à ação destes “justiceiros” por uma parcela da população, seja na internet, nas redes sociais e até mesmo nos meios de comunicação tradicionais, como a televisão. É uma verdadeira irresponsabilidade sentenciar sem provas, reforçar preconceitos, legitimar a barbárie e incitar a violência. Mais do que a agressão física, o respaldo à desumanidade das agressões psicológicas e simbólicas que aqueles jovens sofreram nos causa profunda indignação. <br />
<br />
A Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) da Secretaria-Geral da Presidência da República, bem como o conjunto do Governo Federal, reconhecem a violência como um problema grave no país – apontado pela pesquisa Agenda Juventude Brasil como a principal preocupação dos jovens brasileiros – e buscam prevenir a exposição da juventude à violência, com ações pela promoção da cidadania e qualidade de vida desses jovens, a exemplo do Plano Juventude Viva. <br />
<br />
Dada a complexidade do problema, o fim da cultura e da prática de violência exigem esforços muito maiores do conjunto de todas as esferas de Governo, bem como do Poder Legislativo, do Sistema de Justiça, dos meios de comunicação, da sociedade civil em suas diversas organizações e de todas as pessoas. É dever de todos zelar pelos direitos humanos e processos legais que antecederão à condenação de qualquer suspeito. É primordial não recorrer as soluções “fáceis” e geradoras de mais violência. <br />
<br />
Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República<br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.juventude.gov.br/sg_juventude_juventude/juventude/noticias/2014/02/06-02-2014-em-nota-snj-repudia-201cjusticeiros201d-a-violencia-nao-colabora-com-o-estabelecimento-da-justica-1/view">http://www.juventude.gov.br/sg_juventude_juventude/juventude/noticias/2014/02/06-02-2014-em-nota-snj-repudia-201cjusticeiros201d-a-violencia-nao-colabora-com-o-estabelecimento-da-justica-1/view</a><br />
<p> </p>
</ul>
<a name="group_thread_2"></a>
<div style="background-color: #f5f5f5; font-family: arial; border-top: 1px solid #e5e5e5; padding: 4px 0 5px 32px; "
> <a target="_blank" href="http://groups.google.com/group/eurecacampinas/t/52834ae0a954bc95" style="color:#1155cc;text-decoration:none"
>MST - veja o vídeo</a></div>
<ul>
<span style="color: ; font-weight: bold">Gerardo Melo <gerardommelo@gmail.com></span> Feb 14 12:51AM -0200
<br /> <br />
Prezados/as<br />
<br />
Na tarde desta quarta-feira (12/02), os 16 mil Sem Terra que participam do<br />
VI Congresso Nacional do MST, em Brasília, saíram em marcha rumo ao Palácio<br />
do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de denunciar<br />
a atual paralisação da Reforma Agrária e cobrar do governo federal e do<br />
Estado brasileiro sua realização.<br />
<br />
No meio do ato, entretanto, um grupo de policiais impediram, sem nenhuma<br />
justificativa, que os Sem Terra retirassem do bagageiro do ônibus materiais<br />
que seriam utilizados nas intervenções teatrais. (eram 1600 cruzes de<br />
madeira que seriam representativas dos 1600 mortos da luta pela terra que<br />
seriam parte de uma performance teatral).<br />
<br />
Essa ação inconsequente da polícia deu início à confusão. Policiais jogaram<br />
bombas nos manifestantes que estavam na frente do Palácio, deixando 12<br />
trabalhadores rurais feridos.<br />
<br />
O dirigente do MST Francinaldo Alves, que estava ajudando a contornar o<br />
conflito, foi preso e agredido por policiais.<br />
<br />
O MST lamenta a postura anti-democrática e violenta da PM, que demonstra a<br />
falta de preparo das forças policiais para tratar de manifestações da<br />
sociedade.<br />
<br />
<a href="http://www.mst.org.br/node/15711">http://www.mst.org.br/node/15711</a><br />
<br />
Como a mídia está bloqueando a informação, vamos divulgar.<br />
Mais uma vez o despreparo da Polícia em lidar com as nossas liberdades<br />
democráticas e direitos de manifestação, e por último sem nenhum bom senso,<br />
e amídia que não informa a existência de um Congresso desta magnitude e com<br />
a importância das discussões e demandas que estão colocadas lá, dá o<br />
'tumulto' como notícia. Muito conveniente.<br />
Fica aqui meu protesto e indignação.<br />
Eliane Gandolfi<br />
<p> </p>
</ul>
<a name="group_thread_3"></a>
<div style="background-color: #f5f5f5; font-family: arial; border-top: 1px solid #e5e5e5; padding: 4px 0 5px 32px; "
> <a target="_blank" href="http://groups.google.com/group/eurecacampinas/t/16567437e24d4438" style="color:#1155cc;text-decoration:none"
>[interconselhoscps] Nova Composição do Conselho de Direitos da Mulher</a></div>
<ul>
<span style="color: ; font-weight: bold">Gerardo Melo <gerardommelo@gmail.com></span> Feb 14 12:46AM -0200
<br /> <br />
Nova Composição do Conselho de Direitos da Mulher<br />
Para: interconselhoscps@grupos.com.br<br />
<br />
<br />
<<a href="http://ads.grupos.com.br/www/delivery/ck.php?zoneid=8">http://ads.grupos.com.br/www/delivery/ck.php?zoneid=8</a>><br />
Publicado no Diário Oficial de 11 de fevereiro de 2014<br />
<br />
<br />
* PORTARIA N.º 81491/2014*<br />
<br />
O Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal de Campinas, usando das<br />
atribuições de seu cargo e, de acordo com o protocolado n° 13/10/59334,<br />
pela presente,<br />
<br />
* RESOLVE*<br />
<br />
Nomear<br />
*a*s senhoras, abaixo relacionadas, para comporem o Conselho Municipal dos<br />
Direitos da Mulher de Campinas no triênio de 2014/2016.<br />
<br />
REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL<br />
<br />
Segmento Entidades de Classe/Sindicatos:<br />
<br />
Sindicato das Trabalhadoras Domésticas<br />
<br />
Titulares:<br />
<br />
Antonia Maria da Conceição - RG 23.619.600-8;<br />
<br />
Eliete Ferreira da Silva - RG 25.028.897-0;<br />
<br />
SEAAC de Campinas e Região<br />
<br />
Luciana Prataviera Franco - RG 23.073.167-3;<br />
<br />
Regiane Barboza Vianei Marcatto - RG 27.895.559-9;<br />
<br />
STMC - Sindicato de Trabalhadores do Serviço Público Municipal<br />
<br />
Roseli Araújo da Silva Gomes - RG 18.075.086-0;<br />
<br />
Segmento ONGs, Grupos e Entidades de Defesa dos Direitos da Mulher:<br />
<br />
Associação de Aposentados e Pensionistas das Indústrias Metalúrgicas da<br />
Região de Campinas<br />
<br />
Titulares:<br />
<br />
Dilma Carneiro e Silva - RG 18.833.883-4;<br />
<br />
Eli da Silva de Lima - RG 41.021.707-4;<br />
<br />
Grupo de Mulheres da Periferia<br />
<br />
Domingas Aparecida C. S. Cunha - RG 10.539.371-X;<br />
<br />
Maria das Graças Gomes da Cruz - RG 8.677.096-2;<br />
<br />
Marcha Mundial das Mulheres<br />
<br />
Isabel Fernandes de A. Santos - RG 52.303.746-6;<br />
<br />
UBM - União Brasileira de Mulheres<br />
<br />
Rosa Alice Brito Araújo - RG 26.778.928-2;<br />
<br />
Comitê de Cidadania dos Funcionários do Banco do Brasil<br />
<br />
Rosane de Arazão - RG 1.150.823-5;<br />
<br />
SOS Ação, Mulher e Família<br />
<br />
Rosangela de Jesus Espíndola Rey - RG 27.914.494-5;<br />
<br />
Associação das Mulheres de Campinas<br />
<br />
Rute Alves Ferreira - RG 21.122.503-4;<br />
<br />
Suplente: Maria de Fátima Siqueira da Silva - RG 19.628.390-5;<br />
<br />
UBM - União Brasileira de Mulheres<br />
<br />
Sueli de Oliveira Marques Barbosa -- RG 26.141.909-2;<br />
<br />
REPRESENTANTES DO EXECUTIVO MUNICIPAL<br />
<br />
Coordenadoria de Políticas Públicas para a Mulher<br />
<br />
Titular: Ana Cláudia Amaral Mendes, Matrícula 102.065-0;<br />
<br />
Suplente: Maria Angélica Bossolane Batista, Matrícula 106.165-8;<br />
<br />
Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social - SMCAIS<br />
<br />
Titular: Rosa Paula Selhi, Matrícula 125.503-7;<br />
<br />
Suplente: Eliane Jocelaine Pereira, Matrícula 43.597-0;<br />
<br />
Secretaria Municipal de Saúde - SMS<br />
<br />
Titular: Celina de Paula Azevedo Sollero, Matrícula 118.197-1;<br />
<br />
Suplente: Tânia Maria de Cássia Marcucci Oliveira, Matrícula 36.144-5;<br />
<br />
Secretaria Municipal de Cultura - SMC<br />
<br />
Titular: Tereza Silva de Bessa, Matrícula 98.349-7;<br />
<br />
Suplente: Rosemeire Aparecida Rigolin, Matrícula 94.938-8;<br />
<br />
Secretaria Municipal de Educação - SME<br />
<br />
Titular: Maristela Maria dos Santos Marques, Matrícula 28.566-8;<br />
<br />
Suplente: Sandra Prado de Lima, Matrícula 35.614-0;<br />
<br />
Secretaria Municipal de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública -<br />
SMCASP<br />
<br />
Titular: Kátia Alessandra Menezes Silva, Matrícula 123.506-0;<br />
<br />
Suplente: Adriana Fais Simões, Matrícula 34.326-9;<br />
<br />
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Turismo - SMDEST<br />
<br />
Titular: Andréa Santos de Deus, Matrícula 125.232-1;<br />
<br />
Suplente: Michele Veloso Stoffel Barbieri, Matrícula 125.211-9;<br />
<br />
Secretaria Municipal de Habitação - SEHAB<br />
<br />
Titular: Juliana Corsi, Matrícula 125.103-1;<br />
<br />
Suplente: Cláudia Regina Legaz Cria, Matrícula 127.116-4;<br />
<br />
Secretaria Municipal de Trabalho e Renda - SMTR<br />
<br />
Titular: Michelle Moreira Masotti Jaques, Matrícula 125.116-3;<br />
<br />
Suplente: Larissa da Silva, Matrícula 125.084-1.<br />
<br />
<br />
<br />
DIVULGUE NOSSO GRUPO,VAMOS ALCANÇAR MAIS CIDADÃOS E INFORMÁ-LOS DO QUE<br />
ACONTECE NA CIDADE.<br />
CADASTRO NOVO MANDE ENAIL PARA paola.rizza@ig.com.br<br />
INTERCONSELHOS AGRADECE<br />
<br />
<br />
<<a href="http://www.grupos.com.br">http://www.grupos.com.br</a>> cancelar<br />
assinatura<cancelar-interconselhoscps@grupos.com.br> -<br />
página do grupo <<a href="http://www.grupos.com.br/grupos/interconselhoscps">http://www.grupos.com.br/grupos/interconselhoscps</a>><br />
<p> </p>
</ul>
<a name="group_thread_4"></a>
<div style="background-color: #f5f5f5; font-family: arial; border-top: 1px solid #e5e5e5; padding: 4px 0 5px 32px; "
> <a target="_blank" href="http://groups.google.com/group/eurecacampinas/t/e254a6d059e263c1" style="color:#1155cc;text-decoration:none"
>[FSSP] A escassez de água e a teoria de Gaia</a></div>
<ul>
<span style="color: ; font-weight: bold">Gerardo Melo <gerardommelo@gmail.com></span> Feb 14 12:42AM -0200
<br /> <br />
<a href="http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,mudancas-climaticas-e-a-agua-de-sao-paulo,1128088,0.htm">http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,mudancas-climaticas-e-a-agua-de-sao-paulo,1128088,0.htm</a><br />
<br />
<a href="http://rollingstone.uol.com.br/edicao/14/aquecimento-global-e-inevitavel-e-6-bi-morrerao-diz-cientista">http://rollingstone.uol.com.br/edicao/14/aquecimento-global-e-inevitavel-e-6-bi-morrerao-diz-cientista</a><br />
<br />
<br />
Renovação da Outorga da água - Cantareira 2014<br />
<br />
Mudanças climáticas e a água de São Paulo<br />
08 de fevereiro de 2014 | 2h 08Fernando Reinach - O Estado de S.Paulo<br />
<br />
Olhe para o céu e para o termômetro. Se o primeiro estiver azul e o segundo<br />
alto, faça como nossas autoridades, reze. Mas, se você prefere lidar com a<br />
realidade, que tal entender o funcionamento do Sistema Cantareira? O<br />
Sistema Cantareira fornece 45% de toda a água da Região Metropolitana de<br />
São Paulo. Vinte milhões de pessoas, 10% da população brasileira, dependem<br />
dele.<br />
<br />
O Sistema Cantareira está à beira do colapso. Ele nunca esteve com tão<br />
pouca água. E continua esvaziando quando já deveria estar enchendo desde<br />
dezembro. O maior dos reservatórios (Jacareí/Jaguari) está com menos de 17%<br />
de sua capacidade, e a água se encontra na cota 826 metros. Essa represa<br />
possui seis tomadas de água que levam o precioso líquido para São Paulo. As<br />
quatro mais altas, nas cotas 836 e 827, já estão no seco, fora da água. As<br />
duas mais baixas, na cota 818, ainda estão captando água. Mas, se a represa<br />
chegar à cota 818, é o fim, nem uma gota de água poderá ser captada.<br />
<br />
O governo continua otimista e acredita que São Pedro esqueceu de ligar o<br />
despertador. Se isso for verdade será a primeira vez nos últimos 40 anos.<br />
Mas, se não chover muito nos próximos 30 dias, São Paulo e outra dezena de<br />
municípios vão ter de sobreviver a partir de abril sem os 36.000.000 de<br />
litros de água por segundo (36 m³/seg) que este conjunto de represas e<br />
túneis pode trazer até São Paulo.<br />
<br />
O que poucos sabem é que em agosto de 2014 a outorga do Sistema Cantareira<br />
terá de ser renovada. Nesse processo o governo vai decidir quanto de água<br />
pode ser retirada do sistema a cada dia, quem vai ter o direito a essa<br />
água, e com que prioridade. A má notícia é que aparentemente o Sistema<br />
Cantareira não tem mais capacidade de fornecer os atuais 36 m³/seg. Se a<br />
decisão for baseada em critérios técnicos, a vazão total deveria ser<br />
reduzida. É o que está escrito nas entrelinhas do documento preparado pelos<br />
técnicos para embasar a renovação da outorga (veja link abaixo). São 113<br />
páginas de gráficos, tabelas, mapas e explicações. Vale a pena ler.<br />
<br />
Em 1976, com base nos dados coletados desde 1930, os técnicos decidiram<br />
outorgar à Sabesp o direito de retirar 33 m³/seg do Sistema Cantareira até<br />
2004. Em 2004, a renovação ocorreu durante uma grande seca, quando o<br />
sistema chegou pela primeira vez a 20% de sua capacidade máxima e houve<br />
racionamento de água. Foi decidido na época que seria possível aumentar em<br />
10% a quantidade máxima de água que poderia ser retirada do sistema, que<br />
passou a ser 36 m³/seg. Essa renovação foi feita por um prazo de 10 anos e<br />
vence agora (veja na página 69 do documento).<br />
<br />
Nas série histórica em que foi baseada a renovação da outorga em 2004<br />
(dados coletados entre 1930 e 2003) a capacidade dos rios que compõem o<br />
Sistema Cantareira foi estimada em 44,8 m³/seg. Já as medidas feitas nos<br />
últimos anos (2004 a 2012) mostram que esta capacidade se reduziu para 39,7<br />
m³/seg, uma redução de 13%. Se você quiser ser generoso pode comparar os<br />
dados de 1930 a 2003 com os dados de 1930 e 2012 e, neste caso, a redução é<br />
menor, aproximadamente 10% (veja página 36 do documento).<br />
<br />
Esses dados bastariam para justificar uma redução no volume da próxima<br />
outorga, mas, além disso, o relatório demonstra que nos últimos anos a<br />
variabilidade da quantidade de chuva aumentou significativamente (em alguns<br />
anos chove muito e em outros chove pouco). Essa variabilidade é uma das<br />
consequências previstas nos modelos de mudança climática. No futuro,<br />
teremos mais anos com pouca chuva e mais anos com um grande excesso de<br />
chuvas. Para garantir o suprimento de água nos anos secos, os reservatórios<br />
deveriam ser administrados com uma folga maior. Menos água pode ser<br />
retirada, e os níveis médios devem ser mantidos mais altos.<br />
<br />
Esses são os fatos. Resta saber como o governo vai se comportar. Vai<br />
aceitar a realidade e renovar a outorga com um volume menor (o que força a<br />
Sabesp a investir ainda mais em novas fontes de água) ou vamos continuar<br />
acreditando em São Pedro e torcer para que a seca final só ocorra em um<br />
governo futuro (que, claro, será o culpado).<br />
<br />
A Sabesp já emitiu sua opinião. Em uma carta que pode ser encontrada no<br />
site da ANA<<a href="http://arquivos.ana.gov.br/institucional/sof/Renovacao_Outorga/SABESP-RenovacaodeOutorgadoCantareira.pdf">http://arquivos.ana.gov.br/institucional/sof/Renovacao_Outorga/SABESP-RenovacaodeOutorgadoCantareira.pdf</a>>,<br />
sua presidente solicitou a renovação da outorga. Pediu que, desta vez, a<br />
outorga seja concedida por 30 anos e não mencionou uma possível redução de<br />
volume.<br />
<br />
<br />
*FERNANDO REINACH É BIÓLOGO *<br />
MAIS INFORMAÇÕES NO SITE DA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA): 1-DADOS DE<br />
REFERÊNCIA ACERCA DA OUTORGA DO SISTEMA<br />
CANTAREIRA<<a href="http://arquivos.ana.gov.br/institucional/sof/Renovacao_Outorga/DadosdeReferenciaAcercadaOutorgadoSistemaCantareira.pdf">http://arquivos.ana.gov.br/institucional/sof/Renovacao_Outorga/DadosdeReferenciaAcercadaOutorgadoSistemaCantareira.pdf</a>>.<br />
2-BOLETIM DE MONITORAMENTO DOS RESERVATÓRIOS DO SISTEMA CANTAREIRA V.09<br />
N.02 FEV 2014<<a href="http://arquivos.ana.gov.br/saladesituacao/BoletinsMensais/Cantareira/Boletim_Monitoramento_Reservatorios_Cantareira_2014_02.pdf">http://arquivos.ana.gov.br/saladesituacao/BoletinsMensais/Cantareira/Boletim_Monitoramento_Reservatorios_Cantareira_2014_02.pdf</a>><br />
<br />
<a href="http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,mudancas-climaticas-e-a-agua-de-sao-paulo,1128088,0.htm">http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,mudancas-climaticas-e-a-agua-de-sao-paulo,1128088,0.htm</a><br />
<br />
Edição 14 - Novembro de 2007 <<a href="http://rollingstone.uol.com.br/edicao/14">http://rollingstone.uol.com.br/edicao/14</a>><br />
Aquecimento global é inevitável e 6 bi morrerão, diz cientistaJames<br />
Lovelock, renomado cientista, diz que o aquecimento global é irreversível -<br />
e que mais de 6 bilhões de pessoas vão morrer neste século<br />
<br />
-<br />
- Tweet <<a href="https://twitter.com/share">https://twitter.com/share</a>><br />
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-<br />
<br />
[image: James Lovelock, sempre provocador, acredita que a raça humana está<br />
em perigo real e imediato. "Será uma época sombria, mas<br />
emocionante"]<<a href="http://rollingstone.uol.com.br/galeria/aquecimento-global-e-inevitavel-e-6-bi-morrerao-diz-cientista/">http://rollingstone.uol.com.br/galeria/aquecimento-global-e-inevitavel-e-6-bi-morrerao-diz-cientista/</a>><br />
Cortesia de James LovelockVeja a galeria<br />
completa<<a href="http://rollingstone.uol.com.br/galeria/aquecimento-global-e-inevitavel-e-6-bi-morrerao-diz-cientista/">http://rollingstone.uol.com.br/galeria/aquecimento-global-e-inevitavel-e-6-bi-morrerao-diz-cientista/</a>><br />
por POR JEFF GOODELL<br />
<br />
Aos 88 anos, depois de quatro filhos e uma carreira longa e respeitada como<br />
um dos cientistas mais influentes do século 20, James Lovelock chegou a uma<br />
conclusão desconcertante: a raça humana está condenada. "Gostaria de ser<br />
mais esperançoso", ele me diz em uma manhã ensolarada enquanto caminhamos<br />
em um parque em Oslo (Noruega), onde o estudioso fará uma palestra em uma<br />
universidade. Lovelock é baixinho, invariavelmente educado, com cabelo<br />
branco e óculos redondos que lhe dão ares de coruja. Seus passos são<br />
gingados; sua mente, vívida; seus modos, tudo menos pessimistas. Aliás, a<br />
chegada dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse - guerra, fome, pestilência e<br />
morte - parece deixá-lo animado. "Será uma época sombria", reconhece. "Mas,<br />
para quem sobreviver, desconfio que vá ser bem emocionante."<br />
<br />
Na visão de Lovelock, até 2020, secas e outros extremos climáticos serão<br />
lugar-comum. Até 2040, o Saara vai invadir a Europa, e Berlim será tão<br />
quente quanto Bagdá. Atlanta acabará se transformando em uma selva de<br />
trepadeiras kudzu. Phoenix se tornará um lugar inabitável, assim como<br />
partes de Beijing (deserto), Miami (elevação do nível do mar) e Londres<br />
(enchentes). A falta de alimentos fará com que milhões de pessoas se<br />
dirijam para o norte, elevando as tensões políticas. "Os chineses não terão<br />
para onde ir além da Sibéria", sentencia Lovelock. "O que os russos vão<br />
achar disso? Sinto que uma guerra entre a Rússia e a China seja<br />
inevitável." Com as dificuldades de sobrevivência e as migrações em massa,<br />
virão as epidemias. Até 2100, a população da Terra encolherá dos atuais 6,6<br />
bilhões de habitantes para cerca de 500 milhões, sendo que a maior parte<br />
dos sobreviventes habitará altas latitudes - Canadá, Islândia,<br />
Escandinávia, Bacia Ártica.<br />
<br />
Até o final do século, segundo o cientista, o aquecimento global fará com<br />
que zonas de temperatura como a América do Norte e a Europa se aqueçam<br />
quase 8 graus Celsius - quase o dobro das previsões mais prováveis do<br />
relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre a Mudança<br />
Climática, a organização sancionada pela ONU que inclui os principais<br />
cientistas do mundo. "Nosso futuro", Lovelock escreveu, "é como o dos<br />
passageiros em um barquinho de passeio navegando tranqüilamente sobre as<br />
cataratas do Niagara, sem saber que os motores em breve sofrerão pane". E<br />
trocar as lâmpadas de casa por aquelas que economizam energia não vai nos<br />
salvar. Para Lovelock, diminuir a poluição dos gases responsáveis pelo<br />
efeito estufa não vai fazer muita diferença a esta altura, e boa parte do<br />
que é considerado desenvolvimento sustentável não passa de um truque para<br />
tirar proveito do desastre. "Verde", ele me diz, só meio de piada, "é a cor<br />
do mofo e da corrupção."<br />
<br />
Se tais previsões saíssem da boca de qualquer outra pessoa, daria para rir<br />
delas como se fossem devaneios. Mas não é tão fácil assim descartar as<br />
idéias de Lovelock. Na posição de inventor, ele criou um aparelho que<br />
ajudou a detectar o buraco crescente na camada de ozônio e que deu início<br />
ao movimento ambientalista da década de 1970. E, na posição de cientista,<br />
apresentou a teoria revolucionária conhecida como Gaia - a idéia de que<br />
nosso planeta é um superorganismo que, de certa maneira, está "vivo". Essa<br />
visão hoje serve como base a praticamente toda a ciência climática. Lynn<br />
Margulis, bióloga pioneira na Universidade de Massachusetts (Estados<br />
Unidos), diz que ele é "uma das mentes científicas mais inovadoras e<br />
rebeldes da atualidade". Richard Branson, empresário britânico, afirma que<br />
Lovelock o inspirou a gastar bilhões de dólares para lutar contra o<br />
aquecimento global. "Jim é um cientista brilhante que já esteve certo a<br />
respeito de muitas coisas no passado", diz Branson. E completa: "Se ele se<br />
sente pessimista a respeito do futuro, é importante para a humanidade<br />
prestar atenção."<br />
<br />
Lovelock sabe que prever o fim da civilização não é uma ciência exata.<br />
"Posso estar errado a respeito de tudo isso", ele admite. "O problema é que<br />
todos os cientistas bem intencionados que argumentam que não estamos<br />
sujeitos a nenhum perigo iminente baseiam suas previsões em modelos de<br />
computador. Eu me baseio no que realmente está acontecendo."<br />
<br />
Quando você se aproxima da casa de Lovelock em Devon, uma área rural no<br />
sudoeste da Inglaterra, a placa no portão de metal diz, claramente:<br />
"Estação Experimental de Coombe Mill. Local de um novo hábitat. Por favor,<br />
não entre nem incomode".<br />
Depois de percorrer algumas centenas de metros em uma alameda estreita, ao<br />
lado de um moinho antigo, fica uma casinha branca com telhado de ardósia<br />
onde Lovelock mora com a segunda mulher, Sandy, uma norte-americana, e seu<br />
filho mais novo, John, de 51 anos e que tem incapacidade leve. É um cenário<br />
digno de conto de fadas, cercado de 14 hectares de bosques, sem hortas nem<br />
jardins com planejamento paisagístico. Parcialmente escondida no bosque<br />
fica uma estátua em tamanho natural de Gaia, a deusa grega da Terra, em<br />
homenagem à qual James Lovelock batizou sua teoria inovadora.<br />
<br />
A maior parte dos cientistas trabalha às margens do conhecimento humano,<br />
adicionando, aos poucos, nova informações para a nossa compreensão do<br />
mundo. Lovelock é um dos poucos cujas idéias fomentaram, além da revolução<br />
científica, também a espiritual. "Os futuros historiadores da ciência<br />
considerarão Lovelock como o homem que inspirou uma mudança digna de<br />
Copérnico na maneira como nos enxergamos no mundo", prevê Tim Lenton,<br />
pesquisador de clima na Universidade de East Anglia, na Inglaterra. Antes<br />
de Lovelock aparecer, a Terra era considerada pouco mais do que um pedaço<br />
de pedra aconchegante que dava voltas em torno do Sol. De acordo com a<br />
sabedoria em voga, a vida evoluiu aqui porque as condições eram adequadas:<br />
não muito quente nem muito frio, muita água. De algum modo, as bactérias se<br />
transformaram em organismos multicelulares, os peixes saíram do mar e,<br />
pouco tempo depois, surgiu Britney Spears.<br />
<br />
Na década de 1970, Lovelock virou essa idéia de cabeça para baixo com uma<br />
simples pergunta: Por que a Terra é diferente de Marte e de Vênus, onde a<br />
atmosfera é tóxica para a vida? Em um arroubo de inspiração, ele<br />
compreendeu que nossa atmosfera não foi criada por eventos geológicos<br />
aleatórios, mas sim devido à efusão de tudo que já respirou, cresceu e<br />
apodreceu. Nosso ar "não é meramente um produto biológico", James Lovelock<br />
escreveu. "É mais provável que seja uma construção biológica: uma extensão<br />
de um sistema vivo feito para manter um ambiente específico." De acordo com<br />
a teoria de Gaia, a vida é participante ativa que ajuda a criar exatamente<br />
as condições que a sustentam. É uma bela idéia: a vida que sustenta a vida.<br />
Também estava bem em sintonia com o tom pós-hippie dos anos 70. Lovelock<br />
foi rapidamente adotado como guru espiritual, o homem que matou Deus e<br />
colocou o planeta no centro da experiência religiosa da Nova Era. O maior<br />
erro de sua carreira, aliás, não foi afirmar que o céu estava caindo, mas<br />
deixar de perceber que estava. Em 1973, depois de ser o primeiro a<br />
descobrir que os clorofluocarbonetos (CFCs), um produto químico industrial,<br />
tinham poluído a atmosfera, Lovelock declarou que a acumulação de CFCs "não<br />
apresentava perigo concebível". De fato, os CFCs não eram tóxicos para a<br />
respiração, mas estavam abrindo um buraco na camada de ozônio. Lovelock<br />
rapidamente revisou sua opinião, chamando aquilo de "uma das minhas maiores<br />
bolas fora", mas o erro pode ter lhe custado um prêmio Nobel.<br />
<br />
No início, ele também não considerou o aquecimento global como uma ameaça<br />
urgente ao planeta. "Gaia é uma vagabunda durona", ele explica com<br />
freqüência, tomando emprestada uma frase cunhada por um colega. Mas, há<br />
alguns anos, preocupado com o derretimento acelerado do gelo no Ártico e<br />
com outras mudanças relacionadas ao clima, ele se convenceu de que o<br />
sistema de piloto automático de Gaia está seriamente desregulado, tirado<br />
dos trilhos pela poluição e pelo desmatamento. Lovelock acredita que o<br />
planeta vai recuperar seu equilíbrio sozinho, mesmo que demore milhões de<br />
anos. Mas o que realmente está em risco é a civilização. "É bem possível<br />
considerar seriamente as mudanças climáticas como uma resposta do sistema<br />
que tem como objetivo se livrar de uma espécie irritante: nós, os seres<br />
humanos", Lovelock me diz no pequeno escritório que montou em sua casa. "Ou<br />
pelo menos fazer com que diminua de tamanho."<br />
<br />
Se você digitar "gaia" e "religion" no Google, vai obter 2,36 milhões de<br />
páginas - praticantes de wicca, viajantes espirituais, massagistas e<br />
curandeiros sexuais, todos inspirados pela visão de Lovelock a respeito do<br />
planeta. Mas se você perguntar a ele sobre cultos pagãos, ele responde com<br />
uma careta: não tem interesse na espiritualidade desmiolada nem na religião<br />
organizada, principalmente quando coloca a existência humana acima de tudo<br />
o mais. Em Oxford, certa vez ele se levantou e repreendeu Madre Teresa por<br />
pedir à platéia que cuidasse dos pobres e "deixasse que Deus tomasse conta<br />
da Terra". Como Lovelock explicou a ela, "se nós, as pessoas, não<br />
respeitarmos a Terra e não tomarmos conta dela, podemos ter certeza de que<br />
ela, no papel de Gaia, vai tomar conta de nós e, se necessário for, vai nos<br />
eliminar".
<p> </p>
</ul>
<p></p>
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