<div style="font-family: arial; font-weight: bold; color: #222222; padding: 0px">
<a name="digest_top" style="color: #222222">Resumo do tópico de hoje</a></div>
<p>Grupo: <a style=color:15c;text-decoration:none href=http://groups.google.com/group/eurecacampinas/topics>http://groups.google.com/group/eurecacampinas/topics</a></p>
<ul style="margin-left:3px; padding-left:0px">
<li type="square" style="color: #555555"><a style=color:15c;text-decoration:none href="#group_thread_0">Matéria sobre a Internação Compulsória - Tema do EURECA 2012</a> [1 atualização]</li>
<li type="square" style="color: #555555"><a style=color:15c;text-decoration:none href="#group_thread_1">Enc: [forum-regional-direitos-humanos-cps] JUSTIÇA PARA CAMILLE GERIN! ATO DIA 07/02, MEIO-DIA, EM CAMPINAS [2 Anexos]</a> [1 atualização]</li>
</ul>
<a name="group_thread_0"></a>
<div style="background-color: #f5f5f5; font-family: arial; border-top: 1px solid #e5e5e5; padding: 4px 0 5px 32px; "
> <a target="_blank" href="http://groups.google.com/group/eurecacampinas/t/90884dbbd32dd14b" style="color:15c;text-decoration:none"
>Matéria sobre a Internação Compulsória - Tema do EURECA 2012</a></div>
<ul>
<span style="color: ; font-weight: bold">Rone Costa <ronecosta@gmail.com></span> Feb 04 12:08AM -0200
<br /> <br />
Para quem quiser se aprofundar no assunto...<br />
<br />
<a href="http://coletivodar.org/2011/10/dartiu-xavier-%E2%80%9Ca-internacao-compulsoria-e-sistema-de-isolamento-social-nao-de-tratamento%E2%80%9D/">http://coletivodar.org/2011/10/dartiu-xavier-%E2%80%9Ca-internacao-compulsoria-e-sistema-de-isolamento-social-nao-de-tratamento%E2%80%9D/</a><br />
Dartiu Xavier: “A internação compulsória é sistema de isolamento social, não<br />
de tratamento”<<a href="http://coletivodar.org/2011/10/dartiu-xavier-%e2%80%9ca-internacao-compulsoria-e-sistema-de-isolamento-social-nao-de-tratamento%e2%80%9d/">http://coletivodar.org/2011/10/dartiu-xavier-%e2%80%9ca-internacao-compulsoria-e-sistema-de-isolamento-social-nao-de-tratamento%e2%80%9d/</a>><br />
24/10/2011 12 Comentários<<a href="http://coletivodar.org/2011/10/dartiu-xavier-%e2%80%9ca-internacao-compulsoria-e-sistema-de-isolamento-social-nao-de-tratamento%e2%80%9d/#comments">http://coletivodar.org/2011/10/dartiu-xavier-%e2%80%9ca-internacao-compulsoria-e-sistema-de-isolamento-social-nao-de-tratamento%e2%80%9d/#comments</a>><br />
<br />
Entrevista publicada na Revista Caros Amigos, edição de outubro de 2011<br />
<br />
Por Gabriela Moncau<br />
<br />
<<a href="http://coletivodar.org/wp-content/uploads/2011/10/laerte_internacao1.jpg">http://coletivodar.org/wp-content/uploads/2011/10/laerte_internacao1.jpg</a>><br />
<br />
A demonização do crack e uma suposta epidemia que estaria se espalhando<br />
pelo Brasil tem progressivamente tomado conta da imprensa e dos discursos<br />
dos políticos, como bem ilustrou a disputa eleitoral presidencial no final<br />
do ano passado, de modo que um imaginário social mais baseado em medo que<br />
em informações tem sido usado para justificar uma série de políticas<br />
polêmicas por parte do Estado no já questionável “combate ao crack”,<br />
normalmente amparado por forças repressivas. Desde o dia 30 de maio a<br />
Secretaria Municipal de Assistência Social da Prefeitura do Rio de Janeiro<br />
tem colocado em prática o sistema de internação compulsória para crianças e<br />
adolescentes menores de idade usuários de crack em situação em rua. Os<br />
jovens são internados à força em abrigos onde são obrigados a receber<br />
tratamento psiquiátrico. Atualmente são cerca de 85 meninos e meninas que<br />
já foram recolhidos (contra a vontade) das ruas cariocas.<br />
<br />
<br />
<br />
O modelo tem sido contestado por uma série de organizações sociais ligadas<br />
às áreas da assistência social, do direito, da luta antimanicomial, dos<br />
direitos humanos, entre outras, que vêem na suposta defesa da saúde pública<br />
um disfarce para interesses econômicos e políticos ligados à higienização,<br />
especulação imobiliária e lobby de clínicas particulares. Em manifesto, a<br />
subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acusa a Secretaria de<br />
Assistência Social do Rio de Janeiro de atuar como uma “agência de<br />
repressão, prestando-se à segregação e aumentando a apartação social que<br />
deveria reduzir, desconsiderando inclusive que o enfrentamento da fome é<br />
determinante no combate ao uso do crack, em especial da população de rua”.<br />
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA)<br />
tampouco se mostrou satisfeito com a medida, que entende como<br />
inconstitucional. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS)<br />
classificou as ações como “práticas punitivas” e “higienistas”, em uma<br />
postura segregadora que nega o “direito à cidadania, em total desrespeito<br />
aos direitos arduamente conquistados na Constituição Federal, contemplados<br />
no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, no Sistema Único da Saúde –<br />
SUS e no Sistema Único da Assistência Social – SUAS”.<br />
<br />
<br />
<br />
Respondendo à acusação de inconstitucionalidade, os defensores e<br />
idealizadores da medida atestam que na Lei 10.216, que trata de saúde<br />
mental, estão preconizados os três tipos de internação: voluntária,<br />
involuntária (sem o consentimento ou contra a vontade do paciente, com aval<br />
da família e laudo médico) e compulsória (com recomendação médica e<br />
imposição judicial). Já os que se posicionam contra alegam que, na prática,<br />
ao invés da ordem de internação compulsória ser impetrada por um juiz após<br />
análise de cada caso e com um laudo médico, ela está sendo determinada pelo<br />
Poder Executivo, de forma massificada e antes da adoção de outras medidas<br />
extra-hospitalares.<br />
<br />
<br />
<br />
O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (ex-DEM, quase PSD) já afirmou que<br />
vê com bons olhos a ideia de implementar modelo semelhante na capital<br />
paulista, especialmente na região central da cidade, nas chamadas<br />
“crackolândias”. O Ministério Público já foi procurado pela prefeitura para<br />
assumir um posicionamento acerca da possibilidade, mas declarou que ainda<br />
está aguardando um projeto oficial impresso.<br />
<br />
<br />
<br />
O Estado deve se fazer presente para esses jovens em situação de rua? Se<br />
sim, de que forma? O fato de serem menores de idade e/ou usuários de drogas<br />
lhes tira a capacidade de discernimento? É efetivo o tratamento feito<br />
contra a vontade do paciente? Que outros tipos de procedimentos podem ser<br />
adotados? No intuito de ajudar a responder essas e outras perguntas, a *Caros<br />
Amigos* conversou com o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, professor da<br />
Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)<br />
e diretor do Programa de Orientação e Assistência a Dependentes (PROAD),<br />
onde trabalha com dependentes químicos há 24 anos.<br />
<br />
<br />
<br />
*A internação compulsória não faz parte de nenhuma política pública, certo?<br />
Quando que esse dispositivo costuma ser usado? Não é só em casos<br />
específicos de possibilidade de risco da vida?*<br />
<br />
Sim. Todo uso de drogas pode trazer algum risco de vida, mas a internação<br />
compulsória é um dispositivo para ser usado quando existe um risco<br />
constatado de suicídio. A outra situação é quando existe um quadro mental<br />
associado do tipo psicose, seria quando a pessoa tem um julgamento falseado<br />
da realidade: se ela acha que está sendo perseguida por alienígenas ou se<br />
acredita que pode voar e resolve pular pela janela. Nessas situações de<br />
psicose ou um risco de suicídio é quando poderíamos lançar mão de uma<br />
internação involuntária.<br />
<br />
<br />
<br />
*Tiveram outros momentos da história em que a internação compulsória foi<br />
usada desse modo que está sendo implementado no Rio de Janeiro e prestes a<br />
ser em São Paulo?*<br />
<br />
Foi usada principalmente antes da luta antimanicomial. Tanto que existe até<br />
aquele filme, “O bicho de sete cabeças”, com o Rodrigo Santoro, que mostra<br />
os abusos que se faziam, no caso era um usuário de maconha que foi<br />
internado numa clínica psiquiátrica contra a vontade. Isso hoje é<br />
juridicamente uma coisa muito complicada, de modo geral não é mais aceito.<br />
Mas vou te dizer uma coisa: infelizmente ainda acontece hoje em dia. Volta<br />
e meia sou chamado para atender alguém que foi internado compulsoriamente<br />
contra a vontade, sem citação de internação.<br />
<br />
<br />
<br />
*Quais são os efeitos de ansiolíticos e calmantes injetáveis? Você acredita<br />
que essas substâncias que estão sendo usadas nas clínicas do RJ são<br />
medicamentos adequados para crianças usuárias de crack?*<br />
<br />
Eu não sei efetivamente o que está sendo feito nessas clínicas no Rio, o<br />
que eu sei é que a gente não tem o aparelho de Estado nem que dê conta das<br />
internações voluntárias. Ou seja, você pega uma pessoa que tem uma<br />
dependência química associada com psicose ou risco de suicídio e temos<br />
todas as indicações médicas e até a anuência do paciente de ser internado –<br />
estou falando da internação voluntária –, ainda assim não temos estrutura<br />
para atender essas pessoas. O que acontece é que se está recorrendo a um<br />
modelo considerado ultrapassado, um modelo carcerário, dos grandes<br />
hospícios. Então mesmo para as internações voluntárias acaba sendo usado um<br />
modelo de internação ineficaz. Se não temos estruturas nem para as<br />
internações voluntárias, imagine para as compulsórias.<br />
<br />
<br />
<br />
*O ansiolítico é um calmante forte?*<br />
<br />
Sim, ele vai diminuir a ansiedade da pessoa. Você pode usar também<br />
antidepressivos que diminuam a vontade da pessoa de usar aquela droga. Mas<br />
tudo isso são paliativos, porque na verdade o grande determinante para a<br />
pessoa para de usar a droga ou não, é a força de vontade. Por exemplo, eu<br />
quero parar de fumar, então eu posso tomar um calmante para diminuir esse<br />
meu desejo absurdo de fumar, mas se eu não tiver a motivação da minha<br />
decisão de parar, não vai existir calmante que me faça parar de fumar. Ele<br />
não age por si só. Daí um dos problemas de tratar alguém que não está<br />
convencido de ser tratado.<br />
<br />
<br />
<br />
*Você afirma que o número de dependentes de drogas é muito inferior ao<br />
número de usuários, que não tem problemas com o consumo de drogas. *<br />
<br />
Exatamente. Para maconha e para álcool é menos de 10% dos usuários que se<br />
tornam dependentes. Para crack, por volta de 20% a 25% que se tornam<br />
dependentes, os outros permanecem no padrão de uso recreacional. Nem todo<br />
consumo é problemático.<br />
<br />
<br />
<br />
*Esse sistema, então, corre o risco de internar usuários que não são<br />
dependentes de fato?*<br />
<br />
É muito provável que isso aconteça. Sobretudo porque existe uma lógica<br />
muito perversa da internação compulsória que atribui a situação de miséria<br />
e de rua à droga, quando na realidade a droga não é a causa daquilo, ela é<br />
consequência. Acredito que o trabalho feito nas ruas, nas crackolândias e<br />
com crianças de rua deveria ser no sentido de resgate de cidadania,<br />
moradia, educação, saúde.<br />
<br />
<br />
<br />
*O que você acha do tratamento da dependência sem que a pessoa tenha o<br />
desejo de ser tratada? Existe possibilidade de eficiência?*<br />
<br />
A eficácia é muito baixa. Existem estudos mostrando que nesses modelos de<br />
internação compulsória o máximo que se consegue de eficácia é 2%, ou seja,<br />
98% das pessoas que saem da internação recaem depois. Certamente porque a<br />
pessoa não está nem convencida a parar.<br />
<br />
<br />
<br />
*O Estado, de modo geral, vem se omitindo há décadas a respeito da situação<br />
de jovens moradores de rua em situações de vulnerabilidade. Por que você<br />
acha que começaram a agir agora, e desse modo?*<br />
<br />
Acredito que é por conta de uma diversidade enorme de variáveis. O que tem<br />
se falado muito é que é uma medida higienista de tirar as pessoas das ruas<br />
e que começou no Rio de Janeiro por causa da proximidade de Copa e<br />
Olimpíadas. É uma forma de tirar os miseráveis das ruas. Já vi também<br />
tentativas de implementação de internação compulsória por uma questão<br />
política, necessidade de o governante mostrar que está fazendo alguma coisa<br />
pela população, pelos drogados, apesar de ser uma coisa que não funciona<br />
pode render votos.<br />
<br />
<br />
<br />
*Para inglês ver.*<br />
<br />
Exatamente, para inglês ver. No caso da Copa e das Olimpíadas, literalmente<br />
para ingleses e outros gringos verem.<br />
<br />
<br />
<br />
*O tema da internação tem gerado bastante polêmica, um dos argumentos<br />
apresentados aos que se posicionam contra a internação é de que se trata de<br />
menores de idade, e o Estado tem a obrigação de fazer-se presente, de<br />
cuidar das crianças e adolescentes. O que você acha disso e o que considera<br />
que deveria ser uma boa medida por parte do Estado nessas situações?*<br />
<br />
Acho que o argumento é válido e acho que é verdade que o Estado realmente<br />
tem que cuidar dessas crianças. Só que não acho que isso seja cuidar.<br />
Cuidar é dar moradia, educação, saúde. Não é colocar a pessoa em um cárcere<br />
psiquiátrico, em um manicômio. Porque é isso que vai acontecer: vão ser<br />
grandes depósitos de crianças desfavorecidas e que usam drogas.<br />
<br />
<br />
<br />
*Muitos dizem que a internação compulsória para essas crianças e jovens<br />
mascara um problema maior, o da desigualdade social, da falta de educação,<br />
moradia, saúde, etc. Porém, os que defendem a internação afirmam que é uma<br />
medida para algo emergencial. Você vê alternativas que respondem à<br />
emergência que alegam para a situação?*<br />
<br />
Esses trabalhos das equipes multidisciplinares de rua que já fazem um<br />
trabalho, mas que deveriam ser aumentados. O trabalho deve ser na rua. As<br />
redes de CAPS [Centro de Atenção Psicossocial] são um bom exemplo e<br />
deveriam ser ampliadas.<br />
<br />
<br />
<br />
*Como funcionam?*<br />
<br />
Da seguinte forma: uma equipe multidisciplinar que tem familiaridade<br />
exclusiva com o problema das drogas vai fazendo um trabalho muito de<br />
formiguinha, porque cada caso é um caso. Eles vão identificar qual é a<br />
problemática daquela pessoa, porque a pessoa está na rua, se é por uma<br />
questão familiar, se é por uma questão de abandono total, ou seja, cada<br />
situação tem que ser vista na sua singularidade justamente para ver como<br />
que entra a droga nessa singularidade.<br />
<br />
Fizemos um trabalho na rua uma vez com umas adolescentes que usavam drogas<br />
e perguntamos o motivo do uso, elas disseram “Olha tio, a gente usa drogas<br />
porque para comer a gente precisa se prostituir. A gente é muito pequena,<br />
para ter uma relação sexual com um adulto a gente precisa se drogar, senão<br />
a gente não agüenta de dor”. Quem diria que o problema dessas meninas é a<br />
droga? Eu acho que é o último problema dessas meninas.<br />
<br />
<br />
<br />
*É apresentada a necessidade da internação compulsória para crianças e<br />
adolescentes baseada em duas premissas que fundamentariam a não<br />
possibilidade de tomarem decisões por si próprios: a de que são menores de<br />
idade e a de que sendo dependentes de crack não poderiam pensar com<br />
sanidade. O fato de usarem essa última justificativa abre precedente para a<br />
internação compulsória de adultos?*<br />
<br />
Certamente. E essa segunda justificativa cai por terra na hora que pensamos<br />
naquele dado que eu falei, dos usuários de crack 75% a 80% são usuários<br />
recreacionais: são pessoas que trabalham, são produtivas, que tem família,<br />
que levam a vida. No meu consultório particular eu atendo executivos que<br />
são usuários recreacionais de crack, você vai dizer que o crack torna a<br />
pessoa incapaz de pensar? Não, não se pode atribuir isso ao crack.<br />
Poderíamos fazer o mesmo raciocínio com o cigarro. O indivíduo não consegue<br />
parar de fumar, está se matando, vai ter um câncer, então ele é considerado<br />
incapaz? Bom, ele é capaz de ganhar dinheiro, de ter relações sociais, de<br />
tomar uma série de decisões na vida, não dá para atribuir isso ao cigarro.<br />
<br />
<br />
<br />
*O que, por exemplo, o secretário municipal de Assistência Social do Rio,<br />
Rodrigo Bethlem, fala é que o crack é diferente de qualquer outra droga<br />
porque “faz com que a pessoa perca a noção completa da realidade”.*<br />
<br />
Isso não é verdade. Não existe isso. O crack é como a cocaína, ou seja, a<br />
pessoa não perde a noção da realidade, é que a compulsão pelo uso é muito<br />
intensa.<br />
<br />
<br />
<br />
*Fale um pouco sobre as condições a que os doentes mentais internados<br />
geralmente são submetidos no Brasil.*<br />
<br />
É muito complicado. É um sistema que ainda guarda muito da herança do<br />
sistema carcerário, o sistema dos manicômios. Por exemplo, um dos hospitais<br />
que tem sido citado pela mídia como modelo aqui em São Paulo de<br />
possibilidade de tratamento de dependentes é uma estrutura psiquiátrica.<br />
Esse hospital, eu não posso dizer o nome por questão de segurança, está sob<br />
intervenção do Ministério Público por maus tratos aos pacientes. Esse<br />
hospital que é considerado modelo. O que devemos esperar dos outros, que<br />
nem são vendidos como modelos? Na verdade o que é preconizado pela<br />
Organização Mundial da Saúde (OMS) como tratamento para dependentes é a<br />
internação de curto prazo só para fazer a desintoxicação, cerca de 15 dias,<br />
no máximo 30 dias, e em unidades dentro do hospital geral. Por isso que eu<br />
montei há 10 anos atrás uma estrutura dentro do hospital geral para esses<br />
casos de internação.<br />
<br />
<br />
<br />
*Aqui no Brasil são poucos os hospitais que tem essa unidade?*<br />
<br />
Pouquíssimos. Em geral aqui no Brasil se usa o modelo manicomial ainda.<br />
<br />
<br />
<br />
*Como funciona o modelo manicomial?*<br />
<br />
É o modelo onde o indivíduo fica internado meses ou anos, não recebe<br />
atendimento multidisciplinar, não vai ser submetido à psicoterapia, recebe<br />
algum tipo de medicação – nem sempre é a medicação adequada para ele. Eu<br />
fiz um estudo há 5 anos atrás com 300 dependentes internados em hospitais<br />
psiquiátricos. Para se ter uma ideia, 90%
<p> </p>
</ul>
<a name="group_thread_1"></a>
<div style="background-color: #f5f5f5; font-family: arial; border-top: 1px solid #e5e5e5; padding: 4px 0 5px 32px; "
> <a target="_blank" href="http://groups.google.com/group/eurecacampinas/t/e6e9746bdf293048" style="color:15c;text-decoration:none"
>Enc: [forum-regional-direitos-humanos-cps] JUSTIÇA PARA CAMILLE GERIN! ATO DIA 07/02, MEIO-DIA, EM CAMPINAS [2 Anexos]</a></div>
<ul>
<span style="color: ; font-weight: bold">Tiago Duque <duque_hua@yahoo.com.br></span> Feb 03 03:20PM -0800
<br /> <br />
--- Em sex, 3/2/12, paulomariante <paulomariante@uol.com.br> escreveu:<br />
<br />
De: paulomariante <paulomariante@uol.com.br><br />
Assunto: [forum-regional-direitos-humanos-cps] JUSTIÇA PARA CAMILLE GERIN! ATO DIA 07/02, MEIO-DIA, EM CAMPINAS [2 Anexos]<br />
Para: "identidade_campinas@yahoogrupos.com.br" <identidade_campinas@yahoogrupos.com.br>, "comissaoparadacampinas@yahoogrupos.com.br" <comissaoparadacampinas@yahoogrupos.com.br>, "dasloucascampinas@yahoogrupos.com.br" <dasloucascampinas@yahoogrupos.com.br>, "forum-paulista-glbtt@googlegroups.com" <forum-paulista-glbtt@googlegroups.com>, conexaopaulista@googlegroups.com, "frentepaulistacontraahomofobia@googlegroups.com" <frentepaulistacontraahomofobia@googlegroups.com>, "abgltafiliadas@yahoogrupos.com.br" <abgltafiliadas@yahoogrupos.com.br>, "listagls@yahoogrupos.com.br" <listagls@yahoogrupos.com.br>, "gaylawyers@yahoogrupos.com.br" <gaylawyers@yahoogrupos.com.br>, "lgbtdopt@yahoogrupos.com.br" <lgbtdopt@yahoogrupos.com.br>, "glbt_pt_sp@yahoogrupos.com.br" <glbt_pt_sp@yahoogrupos.com.br>,
"forum-regional-direitos-humanos-cps@yahoogrupos.com.br" <forum-regional-direitos-humanos-cps@yahoogrupos.com.br>, "ptcampinas@googlegroups.com"<br />
<ptcampinas@googlegroups.com>, "fendh@googlegroups.com" <fendh@googlegroups.com>, "renap@googlegroups.com" <renap@googlegroups.com>, "conferenciadh@googlegroups.com" <conferenciadh@googlegroups.com>, "cebescampinas@yahoogrupos.com.br" <cebescampinas@yahoogrupos.com.br>, "cmscampinas@googlegroups.com" <cmscampinas@googlegroups.com>, "interconselhoscps@grupos.com.br" <interconselhoscps@grupos.com.br><br />
Data: Sexta-feira, 3 de Fevereiro de 2012, 17:59<br />
<br />
<br />
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[Anexos de paulomariante incluídos abaixo]<br />
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<br />
JUSTIÇA PARA CAMILLE!<br />
<br />
<br />
Na noite de 24 de Julho de 2010, em Campinas, SP, a violência da intolerância tirou de nossa convivência a amiga e companheira Camille Gerin, uma pessoa que além de ter participado do Identidade e atuar no CR DST/Aids, marcou sua presença por cativar todas que tiveram o prazer de lhe conhecer.<br />
<br />
Quando ia para sua casa, Camille foi brutalmente assassinada e o suspeito foi detido pela Polícia Militar, permanecendo até hoje à disposição da Justiça.<br />
<br />
No dia 04/11/2010, o Juiz da 2ª Vara do Júri de Campinas proferiu a sentença de pronúncia, determinando que o acusado, Roberto Rubens de Macedo, responda pelo crime perante o Tribunal do Júri. O réu tentou evitar que isso ocorresse e recorreu ao Tribunal de Justiça de SP, mas a decisão pela pronúncia foi mantida.<br />
<br />
A audiência de julgamento foi marcada e temos a expectativa de que se faça mesmo justiça, e que não prevaleça a impunidade que tem marcado a grande maioria dos crimes que vitimam travestis, transexuais.<br />
<br />
Para reforçarmos nossa indignação convidamos a todas e todos que compareçam no dia 07 de Fevereiro de 2012, ao meio-dia (12h00), na Praça em frente ao Palácio de Justiça (na Av. Francisco Glicério com Av. Campos Salles, no centro de Campinas), para marcarmos nosso protesto.<br />
<br />
JUSTIÇA PARA CAMILLE!<br />
CHEGA DE IMPUNIDADE!<br />
CONTRA A HOMOFOBIA NOSSA LUTA É TODO DIA!<br />
<br />
<br />
<br />
IDENTIDADE - GRUPO DE LUTA PELA DIVERSIDADE SEXUAL<br />
identidade@identidade.org.br<br />
Informações: Paulo Mariante (19 9339-4111)<br />
<br />
<br />
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__._,_.___<br />
<br />
Anexo(s) de paulomariante<br />
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1 de 1 foto(s)<br />
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<br />
Camile_luto.jpg<br />
<br />
<br />
<br />
1 de 1 arquivo(s) <br />
<br />
<br />
<br />
JUSTICA PARA CAMILLE.docx<br />
<br />
<br />
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Trocar para: Só Texto, Resenha Diária • Sair do grupo • Termos de uso<br />
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Você pode <a style=color:15c;text-decoration:none href="mailto:eurecacampinas@googlegroups.com">postar por e-mail</a>.<br />
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Você recebeu esta mensagem porque está inscrito no Grupo "Eureca<br />
Campinas" nos Grupos do Google.<br />
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Se desejar que a moderação altere sua configuração, envie um e-mail para<br />
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Vamos racionalizar a circulação de e-mails: se você for responder uma mensagem de um grupo, com uma manifestação pessoal, enderece-a SOMENTE ao remetente e não ao grupo todo! <br />
Não confirme a presença em reuniões ao grupo, mas SOMENTE ao autor do convite!!<br />