<div dir="ltr"><div id="noticia_int_data">Agora Vamos levar o Mercadante em SP para segundo turno, companheir@s para termos um projeto cultura coerente com o Programa Cultura Viva temos que eleger o Célio Turino e Mercadante, Marta, Netinho aqui em SP, para podemos consolidar as politicas publica de Cultura que começou com o nosso querido presidente Lula, mais interessante o PV esta abandonado o Serra de uma possível segundo turno de Dilma e Serra, PV vem com Dilma, agora é SAMPA fora TUCANADEMO, não aguento mais privatização da vida aqui...<br>
<br> Abs e boa noite ate a vitoria <br><br><br>Robson <br><br><br>19 de agosto de 2010 às 11:47</div>
<h2><u><span class="tilt_5">Guinada à direita custou votos a Serra</span></u></h2>
         <p><strong>O efeito colateral do discurso neo-udenista </strong></p>
<p>Maria Inês Nassif, no <a href="http://www.valoronline.com.br/"><strong>Valor Econômico</strong></a></p>
<p>19/08/2010</p>
<p>Na campanha, o PT consegue reunir de volta sua antiga militância e o PSDB tem perdido a sua</p>
<p>A excessiva fixação do PSDB e do DEM no eleitorado de centro e de
direita, com correspondente radicalização do discurso, tem estreitado
as margens de manobra dos dois maiores partidos de oposição. A
agressividade de um discurso tomado da direita ideológica produziu, em
2006, um fenômeno que deve se repetir em 2010. É esse discurso que, em
ano eleitoral, têm trazido os movimentos sociais que atuam à esquerda
do PT – e que beberam da mesma fonte no passado – de volta à sua órbita.</p>
<p>No primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006), houve
um gradativo afastamento de setores sociais que, na origem petista,
eram a militância mais aguerrida do partido. Era ininteligível para os
movimentos um acordo de governo tão amplo que abrigava interesses do
mercado financeiro e do agronegócio, ao mesmo tempo em que investia em
programas sociais de transferência de renda, no microcrédito e no apoio
à agricultura familiar. Quando o Bolsa Família começou a produzir, de
fato, efeitos de distribuição de riqueza, os movimentos sociais
viram-se com um grande abacaxi nas mãos. Não era possível se contrapor
a um programa de complementação de renda, que atacava cidadãos expostos
à miséria absoluta, mas, se o Bolsa Família produzia o efeito de tirar
os miseráveis da órbita de influência da política tradicional, tinha
também um efeito desmobilizador na base desses movimentos. A luta
reivindicatória, que se iniciava pela educação para a cidadania, também
foi neutralizada.</p>
<p>O episódio do chamado mensalão, em 2005, levou o PT e os movimentos
sociais ao quase rompimento. Do lado institucional, houve o racha do
PSOL. Quando os dissidentes saíram, em meio a um Fórum Social Mundial,
a impressão que se tinha era a de que levariam consigo boa parte da
esquerda do PT, além da militância ligada à igreja progressista e que
foi responsável pela capilarização do partido, na sua origem. A ação da
oposição legislativa, amplificada e em processo de retroalimentação com
a mídia, acabou revertendo esse processo. O PSOL ficou pequeno. Os
movimentos sociais tomaram rumo próprio, sem a ligação umbilical que
tinha com o PT na origem do partido, mas evitaram um confronto direto
com o governo. A maior parte da esquerda petista permaneceu. O clima
pré-64 preservou os quadros de esquerda do PT e impediu uma ofensiva
dos movimentos sociais mais à esquerda contra o governo Lula.</p>
<p>Nas vésperas das eleições de 2010, os movimentos sociais se
alinharam a Lula, por duas razões. Primeiro, porque não tinham
condições de se contrapor às suas bases, seduzidas pelos programas de
transferência de renda e com alto grau de satisfação com o governo.
Mais do que isso: é uma população atraída pelo carisma do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e é muito difícil andar na contramão de um
líder carismático cujo governo, ao fim e ao cabo, produz satisfatórios
resultados sociais. Por fim, por medo de uma radicalização à direita
que comprometesse os avanços que tinham ocorrido no governo Lula. O
maior temor do Movimento Sem Terra em 2006, por exemplo, era a hipótese
de vitória de um governo tucano, que no período FHC havia assumido uma
política radical de criminalização do movimento.</p>
<p>Para as esquerdas e os movimentos sociais, o retorno à órbita de
influência do PT, em 2006, foi algo como “ruim com Lula, pior sem ele”.
De lá para cá, o processo de direitização do PSDB e do DEM se acelerou
e os resultados do governo na promoção da distribuição de renda
tornaram-se mais claros. Às vésperas das eleições, a reincorporação das
esquerdas e dos movimentos sociais à órbita petista ocorre novamente.
Se o discurso neo-udenista da oposição teve o efeito, nos setores
conservadores, de acirrar o antipetismo, em setores progressistas teve
o efeito colateral de tornar mais acirrado o antitucanismo e o
antidemismo.</p>
<p>A estabilidade do segundo governo de um presidente que foi ameaçado
de impeachment no primeiro mandato não é, portanto, um produto
exclusivo de seu carisma. Ao mesmo tempo em que o governo incorporava
ao mercado de consumo enormes levas de excluídos – e alienados –
brasileiros, Lula e o PT reincorporavam movimentos sociais que haviam
se descolado ao longo dos primeiros anos do primeiro mandato.</p>
<p>A aritmética desse processo político se expressa nos resultados das
últimas pesquisas de opinião, amplamente favoráveis à candidata do PT à
sucessão de Lula, a ex-ministra Dilma Rousseff. O discurso udenista
estreitou o espectro político da oposição, ao mesmo tempo em que
provocou uma reunificação numa esquerda divida por um governo
excessivamente amplo, que contemplou interesses muito diversos aos
defendidos originalmente pelo PT. O partido de Lula, que desde a
derrota de 1998 ampliou o seu discurso em direção também ao centro
ideológico, acabou sendo avalizado pelos próprios setores conservadores
por cumprir as promessas de campanha feitas com a espada do mercado
financeiro no pescoço. Não houve quebra de contrato.</p>
<p>Não é uma situação fácil para um candidato oposicionista. Em
especial porque o primeiro governo de Lula, marcado por políticas
econômicas ortodoxas, rachou também uma base de apoio que era
originalmente tucana. O candidato do PSDB, José Serra, não pode acenar
com mudanças nem à direita, nem à esquerda – à direita, afugenta a base
tradicional tucana; à esquerda, provoca efeito de aproximação maior da
base tradicional da esquerda com o PT.</p>
<p>Enquanto, pelo menos em período eleitoral, o PT consegue reunir sua
antiga militância, o PSDB, ao se aproximar do discurso do DEM, tem
perdido a sua. Alguns setores intelectuais de perfil social-democrata
que estiveram na origem do partido até embarcam no discurso
antipetista, principalmente em São Paulo, onde há uma polarização que
está se tornando histórica, mas dificilmente se incorporam novamente à
militância, ou voltam a ser quadros partidários.</p><br clear="all"><br>-- <br>Robson Bomfim*** <br><br>Tuxaua:Nós na Interseção Digital<br>GNU/LINUX user # 489500<br>e-mail: <a href="mailto:reductio.ad.ethos@gmail.com">reductio.ad.ethos@gmail.com</a><br>
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