<div dir="ltr"><p><small><b>19/05/2010 - 11h05</b></small><br>
                                <font size="6"><span class="titulo">Liberdade de expressão para quem?</span></font></p>
                                <p><b>Por Venício A. de Lima, para o Observatório da Imprensa                        </b></p>
                                          
                
        <p>
<img src="http://www.envolverde.com.br/fotos_novas/74736.jpg" class="foto" border="0" align="right">
</p><p><font size="4">O recente episódio da demissão do jornalista Felipe Milanez, 
editor da revista National Geographic Brasil, publicada pela Editora 
Abril, por ter criticado, via Twitter, a revista Veja, é revelador da 
hipocrisia geral que envolve as posições públicas dos donos da mídia 
sobre liberdade de expressão e liberdade de imprensa.<br><br>As relações
 de trabalho nas redações brasileiras, é sabido, são hierárquicas e 
autoritárias. Jornalistas editores são considerados, pelos patrões, como
 ocupando &quot;cargos de confiança&quot; e devedores de lealdade incondicional. 
Mas não se trata aqui da expressão de opinião contrária à posição 
editorial em matéria jornalística publicada no mesmo veículo. Isso, não 
existe. Trata-se, na verdade, da liberdade de expressão individual &quot;sob 
qualquer forma, processo ou veículo&quot;.<br><br>Segundo matéria publicada 
no Portal Imprensa, o redator-chefe da National Geographic Brasil, 
Matthew Shirts, confirmou que Felipe Milanez &quot;foi demitido por 
comentário do Twitter com críticas pesadas à revista. A Editora Abril 
paga o salário dele e tomou a decisão&quot; (ver aqui).<br><br>Pode um 
jornalista profissional expressar sua posição pessoal sobre o jornalismo
 praticado por outro veículo cujo proprietário é o mesmo daquele em que 
trabalha, sem correr o risco de perder o emprego? A liberdade de 
expressão se aplica quando estão envolvidas relações empregatícias? Ela é
 ou não é um direito individual universal?<br><br>Nota oficial do 
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, em 
defesa do jornalista Felipe Milanez, afirma:<br><br>&quot;Nos últimos anos, 
junto com outras grandes empresas do ramo, a Editora Abril tem se 
notabilizado pelo combate a todo tipo de regulamentação social da área 
de comunicações. Em suas ações sistemáticas contra a constituição de um 
Conselho Nacional de Jornalistas, pela derrubada total da Lei de 
Imprensa e pelo fim da obrigatoriedade de diploma de nível superior para
 o exercício do jornalismo, o argumento mais utilizado é o da `defesa da
 liberdade de expressão´. Nesses embates, o Sindicato dos Jornalistas no
 Estado de São Paulo – comprometido com a defesa da democracia e da 
liberdade de expressão – tem alertado a sociedade para o fato de que as 
grandes empresas posicionam-se de maneira cínica, pois, na prática, não 
permitem a liberdade de expressão de seus jornalistas, sobretudo quando 
contrariam interesses empresariais.&quot;<br><strong><br>De onde vem a ameaça
 autoritária?</strong><br><br>Temos assistido, nos últimos meses, a uma 
escalada crescente, na qual a grande mídia, diretamente ou através de 
suas entidades representativas – ANJ, ANER e Abert – tenta convencer a 
população brasileira de que existe uma ameaça autoritária, partindo do 
governo, no sentido de cercear a liberdade de expressão e a liberdade de
 imprensa no país.<br><br>A violenta e bem sucedida campanha contra a 
diretriz relativa ao direito à comunicação contida na terceira versão do
 Plano Nacional de Direitos Humanos é apenas o exemplo mais recente (ver
 &quot;PNDH3: A grande mídia vence mais uma&quot;).<br><br>Os representantes da 
Editora Abril são parte ativa desta tentativa, onde a grande mídia se 
apresenta como defensora intransigente da liberdade.<br><br>Como, no 
entanto, conciliar a posição libertária dos grupos de mídia com a 
relação trabalhista autoritária que mantêm com seus empregados 
jornalistas? Quais as implicações éticas dessa relação autoritária para 
com a verdade e o interesse público?<br><br>Episódios como a demissão de
 Felipe Milanez nos obrigam a perguntar, uma vez mais, para quem é a 
liberdade de expressão que a grande mídia defende?</font></p>
<b><br>(Envolverde/Observatório da Imprensa)</b>

<p><br></p><br clear="all"><br>-- <br>Robson Bomfim <br>Tuxaua projeto:Nós na Interseção Digital<br>GNU/LINUX user # 489500<br>e-mail: <a href="mailto:reductio.ad.ethos@gmail.com">reductio.ad.ethos@gmail.com</a><br>skype: rbscamba1<br>

<a href="http://www.facebook.com/people/Robson-Sampaio/100000664962544?ref=search">http://www.facebook.com/people/Robson-Sampaio/100000664962544?ref=search</a><br><br>-<br>-----    --- eSPAço LivRe dE ArTe---    ----<br>
*** *Free Art CiberNeticA   --- Gimp---    Inkscape<br>
XiluGraVida   @!---§§§#---      /Debian/ /linux/GNU<br>/Linux--#$ 00101101010010 love bits***.*<br><br><a href="http://lattes.cnpq.br/7461730442638498">http://lattes.cnpq.br/7461730442638498</a><br><a href="http://forumpaulistadepontosdecultura.wordpress.com/">http://forumpaulistadepontosdecultura.wordpress.com/</a><br>

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