[Macronoroeste-campinas] [Eli dos Santos Fernandes] Bairro de Campinas foi contaminado
Eli Fernandes
fernandeseli em gmail.com
Domingo Fevereiro 17 01:24:09 CET 2013
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Mansões Santo Antonio - Município de Campinas
A Mansões Santo Antonio é um bairro localizado no Município de Campinas,
onde a empresa Concima SA Construções Civis implantou, na Rua Hermantino
Coelho, 908, a partir do final dos anos 1990, um conjunto de apartamentos
residenciais denominado Parque Primavera.
O local foi anteriormente ocupado pela Proquima Produtos Químicos Ltda.,
que procedia à recuperação de solventes, empresa recorrente em infrações e
práticas ambientais inadequadas, que redundaram na contaminação do solo e
das águas subterrâneas, confirmada somente em 2001, quando já haviam sido
construídos três edifícios, um dos quais já ocupado.
A Proquima iniciou atividades no local antes de 1976, efetuando a
recuperação de solventes a partir de resíduos industriais ou solventes
gastos, para a fabricação de produtos de limpeza. Suas operações,
realizadas de forma não adequada, motivaram várias autuações, especialmente
por conta de reclamações da população por causa das emanações de odores. Em
1987, um incêndio acarretou o derramamento de produtos químicos no solo e,
em 1990, sofreu interdição pela CETESB, suspenso em seguida por meio de
liminar judicial, o que possibilitou o seu funcionamento até 1996, quando,
por meio de acordo, a empresa desativou as instalações.
Em 1996, a Concima adquiriu a área para a construção de oito prédios de
apartamentos, dos quais apenas três foram edificadas, uma das quais foi
ocupada pelos compradores.
Em agosto de 2001, a CETESB indeferiu pedido de aprovação da segunda fase
do empreendimento, lavrando auto de advertência com exigência de realização
de investigação detalhada do solo e das águas subterrâneas para avaliar a
extensão da contaminação e adotar as medidas de caráter emergencial
necessárias, entre elas o monitoramento de gases e vapores, e da água.
Até o momento, a prefeitura local não forneceu o Habite-se para os prédios
edificados.
Desde a confirmação da contaminação, nenhuma medida de intervenção foi
adotada, até a celebração do Termo de Ajustamento de Conduta – TAC,
envolvendo a CETESB, Prefeitura de Campinas, Ministério Pública e Concima,
no final de 2008. A CETESB figura como ré em processos movidos pela
prefeitura e Concima, mas a obrigação de remediação recaiu, segundo
entendimento do Ministério Público, a esta empresa e à Proquima.
Os prazos estabelecidos, no geral, não foram atendidos pela Concima e, em
reunião no dia 3 de agosto de 2010, novos prazos foram fixados para a
execução de medidas como a implantação de drenos horizontais, avaliações
trimestrais de vapores orgânicos nos apartamentos do piso térreo e outras.
Por estes motivos, a CETESB lavrou novo auto de advertência à Concima por
não ter atendido dentro dos prazos fixados as exigências referentes às
investigações e remediações ambientais.
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Postado por Eli Fernandes no Eli dos Santos Fernandes em 2/16/2013 04:24:00
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