[Macronoroeste-campinas] [Eli dos Santos Fernandes] E este foi o fim: ADEUS !!!

Eli Fernandes fernandeseli em gmail.com
Terça Janeiro 1 12:08:00 CET 2013


Página virada mesmo em Campinas


31/12/2012 - 15:50

Monica Monteiro e equipe do Decom


“Quando nós assumimos, encontramos uma Campinas esburacada. Havia buracos  
no cofre, buracos nas ruas, buracos na alma das pessoas. Com muito trabalho  
e uma economia controlada na ponta do lápis, demos jeito nos buracos do  
cofre, recuperamos as finanças da cidade e resgatamos a capacidade de  
investimento. Os buracos das ruas foram sendo tapados aos poucos, com a  
renegociação do preço da massa asfáltica ea aquisição de novo maquinário,  
até chegarmos a mais de 250 mil buracos tapados, das ruas do centro aos  
bairros mais distantes. E a alma do campineiro está se recuperando ao ver  
sua cidade voltar à normalidade, ao acompanhar obras sendo retomadas, o  
funcionalismo recebendo em dia, os investidores novamente planejando  
empreendimentos no município, as informações da administração sendo  
divulgadas com transparência e seriedade. Foi um ano difícil, mas podemos  
dizer com certeza: fomos nós que viramos a página em Campinas”.



É com essas palavras, ditas com a serenidade ea convicção de quem tem  
absoluta certeza do que está afirmando, que o prefeito Pedro Serafim avalia  
o seu mandato à frente da Prefeitura de Campinas. Depois de lembrar as  
dificuldades que começaram ainda em maio de 2011, quando ele, então  
presidente da Câmara Municipal, viu-se repentinamente “no olho do furacão”,  
com a missão de coordenar as longas sessões que culminaram na cassação dos  
ex-prefeitos Hélio de Oliveira Santos e Demétrio Vilagra, Serafim garante  
estar entregando Campinas em uma situação muito melhor: “Uma cidade  
plenamente administrável, com condições de receber as realizações  
prometidas durante a campanha”.



O prefeito diz que aprendeu muito, brigou muito, enfrentou adversários  
dentro e fora da Prefeitura, e que sai mais maduro e experiente. Sempre  
colocando a cidade em primeiro lugar, conta que caprichou na transição  
administrativa com a equipe do próximo governante municipal – “foram três  
meses mostrando documentos, abrindo contratos, falando dos problemas, das  
soluções e do que ainda está por vir” – e que até se ofereceu para  
conversar com o prefeito eleito Jonas Donizette, de tempos em tempos, caso  
ele queira os seus conselhos. “Eu não tive transição, cheguei na Prefeitura  
para encontrá-la cercada pelos homens do GAECO (o braço executivo do  
Ministério Público, que estava investigando o governo municipal), que  
levavam documentos e computadores, e sei o quanto essa falta de informação,  
de conversa com os antigos secretários contribuiu para dificultar ainda  
mais as coisas”, relembra.



Escoltas, ameaças e carro blindado



A partir do momento em que a investigação do MP tornou-se pública, começou  
um período que, na visão de Serafim, mudou totalmente não só a sua vida,  
mas a de todos os 33 vereadores. Campinas foi para as páginas policiais do  
país inteiro e os componentes do Legislativo, além das longas sessões, das  
incertezas, das cobranças da imprensa e da população, começaram a conviver  
com ameaças, escoltas e carros blindados.



E Serafim, sendo o presidente da Câmara, era o mais visado. Ele não gosta  
de lembrar desse período, nem de falar das ameaças que sofreu, mas diz que  
foi nessa época que tomou uma decisão difícil: abandonar o consultório  
médico onde praticou, por 30 anos, o atendimento em ginecologia e  
obstetrícia.



“Um dia vieram me dizer, assim meio como quem não quer nada, que era  
perigoso porque eu tinha consultório, tinha muitos pacientes, era uma  
vulnerabilidade, podia acontecer alguma coisa”, recorda. Deixou, então, a  
prática por meio da qual havia conquistado uma carteira de 25 mil pacientes  
e trazido ao mundo mais de dez mil crianças. Tornou-se um político em tempo  
integral e assumiu uma enorme carga de trabalho na Câmara, que pode ser  
perfeitamente simbolizada pela presidência da inesquecível sessão de quase  
50 horas ininterruptas de duração, ao cabo das quais Campinas pôde suspirar  
aliviada e encerrar, oficialmente, o “período Hélio”.



Do quadro na parede à cadeira de prefeito



Começou, então, um novo período, também turbulento, mas durante o qual as  
marchas e contramarchas da administração pública campineira já eram  
noticiadas nas páginas de política, deixando de figurar ao lado das  
manchetes policiais. Hélio caiu, Demétrio assumiu em seu lugar e também  
acabou sendo cassado, em mais um processo exaustivo coordenado por Serafim.



Como presidente da Câmara, Pedro Serafim foi empossado no cargo de prefeito  
por 90 dias, até que nova eleição fosse realizada, conforme determinava a  
lei. E também por decisão legal, essa nova eleição foi indireta, tendo com  
eleitores os 33 vereadores. Serafim foi eleito em abril de 2012 e teve  
início, então, efetiva, oficial e definitivamente, o seu mandato como  
prefeito de Campinas.



Para quem planejava encerrar a vida política, ao final do quarto mandato  
como vereador, e retornar às atividades privadas, foi uma reviravolta e  
tanto. “Eu queria ser presidente da Câmara, pendurar meu quadro na galeria  
do Legislativo e ir cuidar da vida, mas não podia me furtar naquele  
momento, seria trair Campinas”, sentencia Serafim.



As primeiras surpresas



O então novo prefeito chegou, começou a levantar a real situação da  
administração municipal de Campinas e vieram os primeiros sustos. Com a  
crise política, que também trouxe a crise financeira e administrativa, a  
cidade tinha parado. Para lembrar uma expressão que, na época, foi muito  
usada por Serafim, “de cada armário aberto pulava um esqueleto”.



As “assombrações” eram de todo tipo: fornecedores em atraso;  
empreendimentos imobiliários aprovados irregularmente e embargados pelo MP,  
deixando sem a esperada casa nova milhares de compradores; falta de  
remédios, falta de médicos, falta de leitos em hospitais. E ainda falta de  
asfalto, de pedra, de areia, de cimento, de grama, de máquinas.



O Centro de Convivência fechado, sem projeto, sem recursos nem previsão de  
reforma; o Castro Mendes encalacrado numa reforma interminável; carência de  
mecanismos de acesso à informação por parte da população, impossibilitando  
a transparência eo controle social; funcionalismo temeroso e desmotivado ea  
sociedade em geral com um sentimento profundo de descrença na classe  
política.



Dezenas de importantes obras – a reforma do teatro Castro Mendes,  
construção de escolas e centros de saúde, o ginásio do CEAR (Centro  
Esportivo de Alto Rendimento, a esperança campineira para atrair e formar  
atletas de ponta), o Instituto da Mulher, o Pronto-Socorro Metropolitano, o  
prolongamento dos trilhos da Maria Fumaça, entre muitas outras –  
paralisadas, ou nem iniciadas, devido a uma série de problemas técnicos.
Alguns erros beiravam o inacreditável: um Centro de Saúde foi projetado em  
tamanho maior do que o terreno onde seria erguido, e não cabia no local. O  
Instituto da Mulher, um hospital pensado especificamente para atender às  
mulheres, não tinha projeto elétrico nem hidráulico. O novo trajeto dos  
trilhos da Maria Fumaça não considerou um desnível no terreno que  
precisaria de obras complementares para ser vencido. O projeto do ginásio  
do CEAR apresentou problemas já no traçado das fundações.



Com tantos erros, as obras não podiam ser executadas e, com o atraso na  
execução, Campinas corria o risco de perder os recursos enviados pelo  
governo federal. Foi preciso, então, trabalhar de forma acelerada e em  
muitas frentes. Enquanto a equipe da Prefeitura procurava encontrar formas  
para corrigir erros técnicos nos projetos, irregularidades nos contratos e  
até contornar casos em que a empresa vencedora da concorrência não queria  
mais continuar o trabalho, foi criado um setor para estabelecer uma relação  
direta entre a Prefeitura de Campinas e Brasília, na busca por preservar os  
recursos oriundos de financiamentos, acordos e convênios.



O Teatro Municipal Castro Mendes passava por uma reforma interminável, cuja  
conclusão já havia sido anunciada, e adiada, por três vezes. E a  
contratação para o setor da Saúde, que há cerca de 20 anos era feita por  
meio do Hospital Cândido Ferreira, em um artifício para contornar a Lei de  
Responsabilidade Fiscal ea falta de concursos, recebeu um ultimato do  
Ministério Público: até o final de ano, todos os funcionários naquela  
situação precisariam ser demitidos e substituídos por novos trabalhadores,  
contratados via concurso público, uma situação ainda mais difícil devido ao  
limite de prazos estabelecido pelo calendário eleitoral.



Muitos outros problemas poderiam ser citados, mas os exemplos acima  
justificam a definição dada por Serafim para a situação que encontrou ao  
assumir a prefeitura: “Um quadro tenebroso”.



Dívida assusta, mas 2012 termina com superávit de R$ 163 mi



Com um secretariado e um quadro de diretores formados, em sua maioria, por  
funcionários de carreira – a quem Serafim sempre fez questão de prestigiar  
e valorizar – começou o trabalho de reconstrução. E um trabalho realizado  
simultaneamente em muitas frentes, já que o tempo era escasso: além do  
término do mandato fixado em 31 de dezembro de 2012, o fato de tratar-se de  
ano eleitoral também dificultou as coisas, porque havia as campanhas e  
havia as sabotagens.



Nesse ponto, Serafim é muito claro: “Foram muitas as sabotagens.  
Infelizmente, assumi uma Prefeitura onde existiam funcionários apaixonados  
pelos prefeitos que haviam sido cassados e funcionários compromissados com  
candidatos que seriam meus adversários na eleição para prefeito”. E  
completa: “E a imprensa, de forma talvez ingênua, deu espaço e repercussão  
para fatos que nem sempre eram verdadeiros, para notícias requentadas, para  
informações plantadas com intenção de me enfraquecer, já com vistas à  
eleição do final do ano”.



Sem poder demitir os funcionários autores das sabotagens, por serem  
concursados e estáveis, o prefeito colocou mãos à obra contando com o outro  
contingente de servidores, aqueles que, como ele, colocavam Campinas acima  
dos interesses pessoais, partidários e eleitorais. “São muitos, felizmente,  
ea eles faço um agradecimento profundo e sincero”.
Uma das primeiras tarefas foi levantar a dívida, e veio nova surpresa  
desagradável: Campinas tinha, em dívidas de curto prazo, um montante de R$  
317 milhões.



“Assumimos a Prefeitura com restos a pagar na ordem de R$ 317 milhões, a  
administração sem crédito e olhada com desconfiança pela população.  
Conseguimos colocar a casa em ordem, pagando mais de R$ 300 milhões de  
dívidas do governo passado, além de todos os compromissos assumidos,  
principalmente com o funcionalismo”, contabiliza o prefeito.



Se não foi possível zerar os restos a pagar, foram quitadas dívidas  
totalizando cerca de R$ 303 milhões, restando a pagar apenas R$ 14,3  
milhões relativos ao exercício de 2011. Já deste ano de 2012, ficarão cerca  
de R$ 80 milhões, referentes a faturas emitidas a partir de novembro deste  
ano, com valores superiores a R$ 100 mil cada.



Serafim lembra que o valor que ficará a pagar é muito menor do que o total  
deixado como restos a pagar, tradicionalmente, pelas antigas gestões. “E  
ainda vamos entregar o governo com disponibilidade de caixa de  
aproximadamente R$ 200 milhões, além de um valor significativo em acordos  
de parcelamentos de dívidas a receber”, completa.



Fazendo um resumo, o prefeito aponta que a Prefeitura de Campinas termina  
2012 com um balanço positivo na área financeira. Além de fechar o ano com  
um superávit de mais de R$ 162,9 milhões, a Administração conseguiu quitar  
mais de 95% dos restos a pagar herdados de 2011; investir em Educação e  
Saúde um percentual superior ao previsto em lei; realizar, após 14 anos,  
uma operação de crédito e pagar todos os direitos trabalhistas – salário,  
férias e 13º – do funcionalismo municipal rigorosamente em dia. E a  
prefeitura também está em situação regular com todos os órgãos de controle  
estadual e federal, inclusive junto ao Ministério da Previdência e junto à  
Receita Federal onde foi obtida a CND (Certidão Negativa de Débitos).



Os problemas – e as soluções – para a Saúde



Por ser um setor que lida diretamente com a população e que fornece  
atendimento ligado à qualidade de vida, a Saúde foi uma das áreas onde as  
carências apareceram mais rapidamente e com maior intensidade. A falta de  
profissionais, causada pela necessidade de demissão dos contratados por  
meio do Cândido Ferreira e agravada pela falta de médicos interessados em  
trabalhar no serviço público, foi um dos assuntos que mais rendeu matérias  
na imprensa e reclamações dos pacientes.



As lacunas na lista de remédios de distribuição gratuita; as filas de  
espera para especialidades como oftalmologia e ortopedia; a segurança  
insuficiente em unidades de saúde mais distantes do centro; a redução de  
leitos do SUS causada pela reforma do hospital Celso Pierro, da PUCC, e  
pelo fim do convênio com a Beneficência Portuguesa formaram um quadro de  
grande dificuldade, levando o prefeito a fazer da Saúde a sua prioridade.



Sem considerar que eram todos problemas herdados, a população se queixava,  
apresentando justa indignação, enquanto Serafim ea equipe da secretaria  
trabalhavam. Aos poucos, os problemas foram sendo equacionados: o pagamento  
dos fornecedores eo controle da Secretaria diminuíram de 39 para 12 o  
número de remédios em falta, e todos eles podem ser encontrados nas  
farmácias populares. “Dos 165 medicamentos que distribuímos, tínhamos 126  
em janeiro. Estamos fechando o ano com 153 em estoque, ou seja, 92,7% do  
total”, destaca Serafim.



O reforço na segurança, com rondas da Guarda Municipal, consertos e  
instalação de câmeras e alarmes reduziu a insegurança. Um convênio firmado  
com a Beneficência Portuguesa para o atendimento em oftalmologia reduziu de  
11 mil para seis mil o número de pacientes na fila de espera, com previsão  
de que, ainda no primeiro semestre do ano que vem, a espera caia para cerca  
de 30 dias.



Dos 1,3 mil trabalhadores do Cândido que precisavam ser substituídos, cerca  
de 500 foram demitidos e trocados por profissionais contratados, enquanto  
uma negociação com o Ministério Público – convencido da seriedade da nova  
administração – prorrogou o prazo para o restante das adequações, que  
deverá ser feita com um novo concurso público, já organizado para  
publicação no início de 2013.



A recuperação da credibilidade da administração, agora sob nova gestão,  
trouxe outro resultado positivo e fundamental: a retomada da negociação com  
a empresa encarregada da administração do Hospital Municipal Ouro Verde. A  
parceria na cogestão permitiu que o número de leitos em funcionamento na  
unidade passasse de 131 para 199, um crescimento de 52%.



“O Ouro Verde não saía de 50% de sua capacidade e hoje funciona com cerca  
de 85%. Para o próximo ano, podemos esperar 100% de ocupação”, contabiliza  
o prefeito. E ainda fazendo contas, Serafim diz que também cresceram os  
serviços prestados pelo hospital, como consultas, cirurgias e, inclusive,  
atendimentos em especialidades como ortopedia e oftalmologia: “Aumentamos  
em 52% o total de procedimentos e deixamos o terreno preparado para um novo  
salto já no início de 2013”.



Mas um velho aliado dos campineiros não foi esquecido: o Hospital Municipal  
“Dr. Mário Gatti”, que só atende SUS e não recusa pacientes, seja de  
Campinas, da região ou até mesmo de outros Estados, estava há anos sem  
reajuste nos recursos que recebe mensalmente da Secretaria de Saúde. A  
situação mudou, o hospital passou a contar com mais R$ 950 mil mensais, já  
reformou o Pronto Socorro ea rampa de entrada, sanou problemas em partes  
das redes elétrica e hidráulica e agora planeja começar uma longamente  
esperada reforma na área onde ficam os leitos.



Uma nova UPA (Unidade de Pronto Atendimento) foi inaugurada na área  
central, onde ficava o Clube Cultura, que foi adaptado e agora tem  
capacidade para prestar 500 atendimentos diários, além de contar com  
anfiteatro para cursos e palestras.



As obras da UPA Suleste, no Jardim Santa Eudóxia, foram retomadas e estão  
em fase final, enquanto os novos Centros de Saúde dos Jardins Nova América  
e Rosália já estão em funcionamento. O CS do Jardim Boa Esperança foi  
reformado e do Jardim São Vicente, ampliado. E as obras continuam: os CSs  
do Jardim Floresta e do Santa Mônica passam por ampliação eo CS do San  
Martin, atualmente em construção, tem previsão de entrega para meados de  
2013.



A Policlínica III, localizada no Parque Itália, foi reformada e ganhou o  
Centro de Imagem, que realiza raios-x, ecografia, ultrassom,  
ecocardiograma, entre outros. No Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), uma  
reforma pôs fim às infiltrações e adequou o sistema de esgoto.



Campanha de Popularização do Teatro



Assim que assumiu, Serafim encontrou o Centro de Convivência Cultural  
fechado por estar com uma série de problemas físicos, que iam de goteiras e  
infiltrações a inadequação da rede elétrica, a um ponto de representar  
ameaça para atores, público e funcionários. Não havia, no entanto, nem  
recursos nem projeto para os reparos eo fechamento, determinado pela  
administração anterior, aconteceu exatamente na véspera do início da  
Campanha de Popularização do Teatro, evento tradicional na cidade, que  
acontece ininterruptamente há 27 anos em Campinas.



Acreditando que "o cancelamento da Campanha de Popularização do Teatro  
seria um golpe na cultura de Campinas", o prefeito uniu coragem e cautela e  
tomou medidas emergenciais – treinamento de uma brigada de funcionários  
para ficar de prontidão, aluguel de um gerador para dispensar o uso da rede  
elétrica do teatro – e reabriu o CCC apenas para a realização da Campanha,  
coordenada pela APTC – Associação dos Produtores de Teatro de Campinas.



Todos os espetáculos da programação foram realizados, o teatro esteve  
lotado praticamente durante todo o mês das apresentações e nenhum incidente  
foi registrado. Após o término da Campanha, o CCC foi novamente fechado.



Mais de sete mil moradias populares



Entre os destaques das realizações da Cohab/Sehab estão a entrega de 7.430  
unidades habitacionais, a contenção de invasões em áreas públicas ou  
privadas, a criação de uma força-tarefa para implementar o processo de  
Regularização Fundiária ea mudança no perfil de atuação da Cohab-Campinas.



Medidas tomadas pelo setor impediram a concretização de 15 invasões de  
grande porte, que chegaram a envolver cinco mil ocupantes, como as  
ocorridas nas Chácaras Samambaia e Buriti, na região Sul. Nos casos em que  
não foi possível conter as invasões, foram tomadas medidas judiciais, que  
já estão em trâmite, por exemplo, para a invasão promovida no bairro Cidade  
Jardim, região Sudoeste.



Outra frente de atuação foi aberta para realizar a regularização fundiária,  
com obras de urbanização viabilizadas por meio do Programa de Aceleração do  
Crescimento (PAC). As obras estão em andamento no PAC Anhumas, PAC  
Quilombo, PAC Taubaté, nos bairros Parque Oziel, Monte Cristo e Gleba-B,  
PAC Viracopos e Distrito Industrial de Campinas.
Entre as ações executadas e programadas, estão plantio de mudas de árvores  
nativas, implantação de redes de esgotamento sanitário e águas pluviais, de  
áreas e equipamentos de lazer, moradias populares e outras.



A Sehab também desenvolveu ações no âmbito do Programa Cidade Legal, para  
encaminhar a regularização de 242 áreas, entre núcleos e loteamentos  
clandestinos e irregulares. Os núcleos eleitos pela atual Administração  
como áreas prioritárias a serem regularizadas são: Bairro da Vitória, Novo  
Londres, Getúlio Vargas, Bairro da Conquista e Vila Brandina.



Solução para 20 mil famílias



A aprovação irregular de aproximadamente 40 empreendimentos imobiliários,  
um dos temas investigados pelo MP, resultou no embargo das obras e impediu  
a continuidade ou conclusão das construções. Em conseqüência, 20 mil  
compradores ficaram sem seus imóveis ea prefeitura herdou um problema de  
grandes dimensões, seja pelos números envolvidos, seja pela pressão que  
passou a ser exercida por quem teve frustrada a expectativa de entrega do  
novo lar.



Uma verdadeira força-tarefa foi formada no governo municipal para lidar com  
essas questões. Técnicos do Planejamento, Urbanismo, Gestão e Controle,  
Jurídico e Infraestrutura, coordenados pelo prefeito, iniciaram um diálogo  
com os Promotores para encontrar uma saída. Cada caso foi estudado  
individual e exaustivamente e se chegar a uma alternativa: as construções  
seriam liberadas se as empresas responsáveis pagassem as contrapartidas que  
deveriam ter sido exigidas no momento da aprovação.
Essas contrapartidas englobavam obras para minimizar o impacto ambiental  
que seria exercido pelos novos empreendimentos no entorno das construções.  
Envolviam, por exemplo, a abertura de vias, sinalização de trânsito,  
construção de viadutos, execução de obras de saneamento, implantação de  
equipamentos de lazer e saúde, preservação de áreas verdes etc.



De caso em caso, as construções foram sendo liberadas, como resultado de  
TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) assinados pela Prefeitura e  
empresa, com a concordância do MP e sob compromisso de que as construtoras  
responsáveis executem as obras. A previsão da equipe de técnicos municipais  
é que, ao final do processo, Campinas irá receber obras de grande porte que  
somarão cerca de R$ 150 milhões.
Por outro lado, os empreendimentos serão regularizados e as 20 mil famílias  
receberão seus imóveis. Distribuídos por toda a cidade, esses  
empreendimentos se encontram em diversas fases de execução.



O processo não incluiu apenas empreendimentos comerciais, mas também  
grandes instalações comerciais, como o Supermercado Extra da Rodovia  
Campinas-Mogi Mirim eo Shopping das Bandeiras, na região do Campo Grande.



Castro Mendes renasce em noite de gala



Quando o prefeito Pedro Serafim sentou-se na emblemática cadeira do  
Gabinete do quarto andar do Paço Municipal, o Teatro Municipal Castro  
Mendes estava fechado há cinco anos. A praça em frente tinha sido destruída  
e toda a região estava cercada por tapumes. As peças teatrais com atores  
famosos passavam longe de Campinas por não terem onde apresentar-se ea  
Orquestra Sinfônica Municipal estava “sem teto”, tocando em igrejas e  
ensaiando em salões emprestados de clubes sociais.



A reforma estava praticamente parada porque a prefeitura devia para a  
empresa encarregada da obra ea data de reinauguração já havia sido mudada  
tantas vezes que ninguém mais levava a sério os prazos anunciados. O custo  
inicial já havia sido ultrapassado em alguns milhões e ainda havia  
necessidade de novo aporte de recursos.
Serafim resolveu enfrentar a situação. Certo de que Campinas não podia  
continuar sem um teatro à altura da sua classe artística e da condição de  
cidade produtora de cultura que sempre ostentou, prometeu, logo ao assumir,  
reabrir o teatro. Foi, diga-se, a única promessa que fez. No dia 5 de  
dezembro, a Orquestra Sinfônica de Campinas, regida pelo maestro Victor  
Hugo Toro, ocupou o palco totalmente remodelado e peças de Carlos Gomes  
ecoaram novamente pelo espaço teatral, chegando a uma platéia emocionada,  
onde não foram raras as lágrimas.



Mas, para chegar até a noite de reestreia, os caminhos foram árduos. Sem  
manutenção e fechado desde 2007, o Teatro exigiu R$ 10,3 milhões para ficar  
novamente em condições de receber e deslumbrar os campineiros.



Com 770 lugares, alguns adaptados para deficientes, o Castro Mendes recebeu  
equipamentos de som, iluminação e refrigeração dos mais modernos,  
comparáveis aos dos grandes teatros do mundo. A iluminação – tanto da  
plateia quando cênica – é mais eficiente e mais econômica. Os equipamentos  
de som ea mesa de som digital também são de última geração. Toda a acústica  
interior foi projetada e executada sob a consultoria de José Augusto  
Nepomuceno, responsável por projetos acústicos em diversos espaços  
culturais brasileiros, como por exemplo, dos teatros municipais de São  
Paulo e do Rio de Janeiro.



O ar condicionado central tem tecnologia “inteligente”, pois controla o  
gasto energético enquanto climatiza o ambiente. O equipamento é tido como  
sustentável, já que não emite gases prejudiciais à camada de ozônio.



Os camarins, novos e confortáveis, são em número de oito. Um deles tem  
acessibilidade 100%, inclusive para o palco, através de uma plataforma  
mecânica. Dois outros serão maiores (coletivos) para serem utilizados por  
grupos. Todos contarão com espelhos iluminados com luzes embutidas e frias,  
gerando melhor rendimento sem risco de acidentes.



Os detalhes da obra englobam a nova fachada, por exemplo. Ela foi toda  
desenhada pensando não apenas na mudança estética, mas remetendo à história  
da cidade e utilizando de simbologia para representar a cultura. A Praça  
Correa de Lemos, que fica em frente ao teatro, também foi totalmente  
restaurada, inclusive com a recuperação do coreto, tombado, que também  
receberá apresentações musicais gratuitas.



Informatização, transparência e controle social



Durante este ano, Campinas fez das ferramentas disponibilizadas pela  
tecnologia uma forte aliada da administração, com resultados positivos em  
muitas áreas. Mas além de trazer agilidade, economia de tempo e recursos,  
confiabilidade nos dados e exatidão nas informações, a web foi colocada a  
serviço da transparência e do controle social.



A Secretaria de Administração lançou o “licitômetro”, recurso digital  
inédito no país, que permite aos cidadãos acompanhar em tempo praticamente  
real as concorrências feitas pela Prefeitura. Também podem ser consultados  
os bens e serviços adquiridos e os valores pagos em cada item.



Na mesma linha, o governo municipal tem lançado mão, cada vez mais, dos  
pregões eletrônicos, que tornam o processo mais transparente, uma vez que o  
anonimato é total no processo, dificultando as famosas “combinações”, como  
diz o prefeito. O resultado já apareceu: economia de mais de 75% no preço  
de alguns itens adquiridos pelo município.
Outro setor que está utilizando a internet para colocar informações ao  
alcance da população é o Planejamento, onde o processo de modernização do  
Cadastro Físico, Territorial e Ambiental (CFTA) do município está  
adiantado, depois de serem transpostos mais de 600 mil documentos do papel  
para o sistema digital de informações territoriais. A medida permitiu  
disponibilizar, online (http://www.campinas.sp.gov.br/governo/seplama), o  
acesso às Fichas Informativas do Cadastro Imobiliário; Fichas de Numeração  
Predial; Certidões; Consultas de Zoneamento; Marcos Geodésicos e Mapa  
Geoidal.



A Secretaria de Gestão e Controle, por sua vez, promoveu ações que se  
fixaram em quatro eixos: combate à corrupção, eficiência da gestão,  
transparência e fortalecimento do controle social. Serafim fez questão de  
dar à Pasta respaldo e autonomia: “eles podem fiscalizar tudo, de contratos  
ao gabinete do prefeito”, costuma dizer.



Essas ações resgataram a credibilidade de Campinas junto aos órgãos  
públicos de controle externo, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o  
Ministério Público ea Controladoria Geral da União, por meio de seus  
representantes em São Paulo. “São órgãos que fazem a fiscalização e ficam  
olhando a Prefeitura, e por meio do nosso trabalho fomos reconhecidos, a  
ponto de termos promovido eventos em conjunto”, comemora o prefeito.



Prefeitura de Campinas e CGU promoveram, em parceria, a 1ª Conferência  
Regional de Transparência e Controle Social (Consocial) no início do ano,  
eo 1º Encontro de Conselheiros do Município de Campinas, que aconteceu em  
novembro. A cidade também mostrou-se aplicada na implantação da Lei de  
Acesso à Informação: um evento de proporção nacional, a 1ª Conferência  
Regional de Transparência e Controle Social (Consocial) foi encabeçado, na  
região, por Campinas.



Nesses eventos, fez sucesso a afirmação do prefeito: “A administração de  
Campinas está inteira no Portal da Transparência, que pode ser facilmente  
acessado por qualquer cidadão interessado em conhecer, e acompanhar, como é  
aplicado o dinheiro público em Campinas”.



Cuidados com a cidade



Entre muitas outras, vale a pena citar uma série de medidas que ajudaram a  
destravar a administração ea recuperar não somente o funcionamento da  
máquina pública de forma organizada e juridicamente correta, mas também o  
ânimo da população eo “orgulho de ser campineiro, por nascença ou adoção”,  
como diz o prefeito.
Áreas verdes – sempre com as contas apertadas, a Prefeitura deu um jeito de  
trocar piso e luminárias do Parque Portugal, que também está recebendo  
plantio de novas árvores e limpeza constante. No Bosque dos Jequitibás, o  
lago, que estava seco por causa de um reforma paralisada, foi recuperado:  
infiltrações e vazamentos foram sanados, o tanque foi novamente cheio de  
água, a ilha dos macacos recebeu melhorias e até o lago dos hipopótamos  
passou pela primeira limpeza desde a construção do recinto. Praças como a  
Sílvio Romero, no Jardim Leonor, foram recuperadas eo Programa de Adoção de  
Praças recebeu estímulo e ganhou novas adesões.



Concursos. A Secretaria de Recursos Humanos finalizou dez concursos em  
2012, aprovando 3.917 candidatos para as mais diversas áreas, selecionando  
de procuradores a guardas municipais, de agentes culturais a salva-vidas.



BRT– Campinas já conta com o BRT (Ônibus de Trânsito Rápido, em inglês), um  
sistema rápido, flexível e de alto desempenho, escolhido como padrão do  
transporte coletivo nos próximos anos em Campinas e nas cidades sede da  
Copa do Mundo de 2014. Os novos veículos são articulados e circularão na  
Avenida John Boyd Dunlop, agregando novas tecnologias, como por exemplo,  
acesso à internet por sistema wireless (sem fio). Os veículos possuem 21  
metros e podem transportar até 145 passageiros. São mais largos e altos e,  
com uma configuração diferenciada das poltronas, têm maior área livre e  
facilitam a circulação dos passageiros. O projeto é que, no futuro, os BRTs  
circulem nos corredores que serão construídos especificamente para  
coletivos nas regiões do Campo Grande e Ouro Verde.



Planejamento - Depois de serem questionados pelo Ministério Público, os  
Planos Locais de Gestão elaborados nas administrações anteriores para as  
nove Macrozonas nas quais o Plano Diretor dividiu o município, foram  
retirados da Câmara Municipal pelo prefeito, que determinou novas análises  
e reapresentação das propostas para a sociedade. As reuniões foram  
retomadas, os documentos estão sendo alterados de acordo com as propostas  
recebidas durante as reuniões eo primeiro, da Macrozona 5 – regiões do  
Campo Grande e Ouro Verde – já foi aprovado pelos vereadores.



Pavimentação e recapeamento – Bairros como Satélite Íris, Parque das  
Camélias, Santa Bárbara e outros estão recebendo pavimentação – galerias,  
guias e sarjetas e asfalto -, enquanto vias importantes foram recapeadas,  
com destaque para os corredores da Avenida das Amoreiras e da Avenida John  
Boyd Dunlop. O prefeito Pedro Serafim se mostra particularmente satisfeito  
com esses recapeamentos, dizendo que eles são um reconhecimento aos  
moradores daquela região da cidade, que nunca havia recebido esse tipo de  
melhoria.



Consultório na rua – vencendo uma série de dificuldades, da falta de  
recursos à dificuldade para contratar pessoal, a administração conseguiu  
colocar em funcionamento o Consultório na Rua, parte importante do programa  
de combate às drogas. Instalado em uma perua tipo van, adaptada e  
adesivada, o Consultório é uma maneira de levar o atendimento médico aos  
moradores de rua, facilitando a abordagem ea criação de vínculos. Além de  
oferecer consultas, procedimentos simples e encaminhamento aos Centros de  
Saúde, nos casos mais complexos, o contato direto ajuda nas providências  
para prevenção e combate ao consumo de drogas, especialmente o crack. O  
projeto é realizado em parceria com o governo federal ea previsão é de que  
o trabalho seja ampliado no futuro próximo, ganhando também um ônibus,  
igualmente adaptado, para percorrer as ruas.



Prêmios e reconhecimento



Um fato que ilustra bem o fato de que as medidas tomadas por Pedro Serafim  
e sua equipe permitiram que a administração de Campinas saísse da paralisia  
e voltasse à normalidade foi o reconhecimento recebido de diversas fontes.  
Entre outros exemplos, vale citar alguns dos prêmios recebidos pela  
Prefeitura de Campinas em 2012:



O Programa “Portas para a Liberdade”, que coloca para trabalhar em diversas  
ações de manutenção da cidade os reeducandos do sistema prisional,  
conquistou o Prêmio Mário Covas, categoria “Inovação em Gestão Municipal”,  
entregue em 10 de maio, no Palácio dos Bandeirantes.



O Projeto “Formação de Currículo e Avaliação: Trabalho Coletivo para  
Educação Integral”, trouxe para a cidade o prêmio Inovação de Gestão  
Educacional 2011, concedido pelo Instituto Nacional de Pesquisas  
Educacionais Anísio Teixeira (INEP).O prêmio foi entregue em Brasília,  
neste mês de dezembro.



O Selo Cidade Cidadã, na categoria Mobilidade Urbana, foi alcançado pelo  
município por meio do projeto “Investimentos em Serviços Públicos de  
Transportes para Superar Desafios da Mobilidade Urbana”. A entrega  
aconteceu na Câmara dos Deputados,em Brasília, neste mês de dezembro.



O Prêmio Ação pela Água, oferecido pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias  
dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, foi entregue à Sanasa. A empresa  
foi escolhida por conta do projeto “Estação de Produção de Água de Reúso  
Capivari II” e recebeu o prêmio no último dia 27 de novembro.



A Sanasa ficou em primeiro lugar na categoria Serviços Públicos, na  
premiação Marcas de Valor, concedida pela RAC. A premiação foi realizada em  
novembro passado.



A Sanasa também obteve, em junho, premiação da Assemae (Associação Nacional  
dos Serviços Municipais de Saneamento) com o projeto “Construindo um Portal  
de Transparência Pública”.



A Sanasa recebeu, ainda, o prêmio Marcas Verdes, do Instituto Sustentar,  
com os projetos “Minha Escola na Sanasa” e “Sanasa na Comunidade”. A  
premiação ocorreu em setembro passado.



A Secretaria Municipal de Saúde ea IMA conquistaram o prêmio máximo na  
categoria experiência profissional do IV Congresso Brasileiro Sobre o Uso  
Racional de Medicamentos, realizado em agosto passado. A conquista se deu  
por conta da criação de um software que identifica a interação de  
medicamentos.


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Postado por Eli Fernandes no Eli dos Santos Fernandes em 1/01/2013 03:07:00  
AM
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