[Macronoroeste-campinas] [Eli dos Santos Fernandes] Sequestro político: Jornalista Anderson Leandro está desaparecido no Paraná

Eli Fernandes fernandeseli em gmail.com
Quinta Outubro 18 04:48:37 CEST 2012


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Sequestro político: Jornalista Anderson Leandro está desaparecido no Paraná

Por Jornalistas Populares em 17 de outubro, 2012


Em 2008, cobrindo a ação da Polícia Militar do Paraná numa desocupação,  
Anderson Leandro foi atingido por uma bala de borracha; os dois comandantes  
da operação foram afastados

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O jornalista Anderson Leandro da Silva, de Curitiba (PR), está desaparecido  
desde o dia 10 de outubro. Casado, 38 anos, dois filhos, ele atua há  
aproximadamente 20 anos em movimentos sociais e detém o maior acervo de  
imagens relacionadas a conflitos e pressões que enfrentam no Paraná.

A família — são 12 irmãos — crê em sequestro político. Um deles é a  
enfermeira Alaerte Leandro, que entrevistei este ano para a  
reportagem-denúncia: A morte materna invisível das mulheres negras.

Nesta tarde, por solicitação da família, o delegado-geral do Paraná Marcus  
Vinícius determinou que o TIGRE, grupo de elite da Polícia Civil, passe a  
investigar o desaparecimento de Anderson e descubra se tem caráter político  
ou decorre de eventual retaliação pelos desdobramentos de uma desocupação  
truculenta feita pela Polícia Militar em 2008 e que levou ao afastamento  
dos dois comandantes da operação.

Os familiares criaram no Facebook uma página específica para tentar reunir  
informações que ajudem a localizá-lo. O endereço é  
http://www.facebook.com/BuscaJornalista. (Conceição Lemes).

do Blog do Sérgio Bertoni

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná – Sindijor-PR, na  
condição de entidade de defesa dos valores materiais e morais da categoria,  
vem por meio desse documento solicitar atenção dos órgão responsáveis para  
um tema de grande relevância: o desaparecimento do jornalista Anderson  
Leandro da Silva, 38 anos, que trabalha na empresa Quem TV.

Anderson está desaparecido desde a última quarta-feira (10 de outubro de  
2012), quando saiu da empresa de comunicação, por volta das 12h30,  
dirigindo o carro Kangoo (Renault), de cor branca, placa: AON 8615. Sua  
família registrou Boletim de Ocorrência (BO: 2012/919767) na quinta-feira  
(11 de outubro) e ainda aguarda informações.

O Sindijor-PR entra em contato com a Secretaria de Segurança Pública do  
Paraná com o objetivo de intensificar a busca pelo profissional.  
Jornalistas de todo Paraná estão mobilizados e exigem providências.

Não é de hoje que jornalistas vêm tendo problemas relativos à segurança no  
trabalho. Em recente publicação, jornal Extra Pauta Digital (edição de  
outubro de 2012, leia aqui, página 07), mostramos ameaças que profissionais  
vêm sofrendo na fronteira. Outro fato, também relatado na edição acima  
citada, foi o cerceamento de um profissional na cidade de Paranaguá, por  
parte de membros de órgãos públicos.

Chamamos atenção também para o recente pronunciamento do deputado estadual  
Ademar Traiano (leia o caso aqui), que desferiu ofensas pessoais, no  
intuito de intimidar o jornalista Celso Nascimento, da Gazeta do Povo. Na  
mesma linha de ameaças e cerceamentos, o jornalista Mauri Konig, também  
daGazeta do Povo, após matéria investigativa em que pautava policiais, foi  
considerado inimigo público (por parte dos investigados) por estar  
cumprindo seu dever de jornalista.

Diante deste contexto, o caso Anderson Leandro da Silva, não pode ser  
esquecido. Em recente carta, a família do jornalista pede maior ação por  
parte do poder público, pois há suspeita de perseguição política. Também o  
professor de comunicação social, Valdir José Cruz, foi ameaçado por exigir  
informações sobre o caso, o que aponta contornos maiores ao caso do que um  
simples sumiço. Achamos pertinente reproduzir a carta em que a família  
mostra o histórico da situação até o momento:

Informações enviadas pela família (15/09/2012)

Depois de quatro dias de buscas intensas, amigos e familiares do jornalista  
Anderson Leandro enviaram correspondências por meio de seus advogados e de  
entidades dos movimentos populares de Curitiba ao governador do Estado,  
Beto Richa, e ao Procurador-Geral do Ministério Público do Paraná, Doutor  
Gilberto Gyacoia, pedindo que o caso seja considerado pelas autoridades  
policiais como sequestro por motivação política. Também solicitaram que o  
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – ea  
unidade especial Tigre, grupo de elite da Polícia Civil, assumam as  
investigações e confiram o caráter político ao sumiço dele. Anderson  
Leandro atua há aproximadamente 20 anos no movimento popular e, por isso  
mesmo, é detentor do maior acervo de imagens políticas e de cenas de  
conflitos relacionados às pressões dos movimentos sociais do Paraná.

A Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC) da Polícia Civil adota a linha  
de investigação pautada em crime passional ea família de Anderson Leandro  
tem receio de que se repita no caso dele a demora ea consequente perda de  
pistas que aconteceram em outros episódios similares, como o do sumiço do  
engenheiro Renato Brandão, há mais de um ano. Amigos e familiares de  
Anderson Leandro pedem urgência nas investigações e uma atenção que  
propicie a obtenção de vestígios, como pistas advindas das imagens de  
câmeras de vigilância dos edifícios residenciais e das empresas situados no  
possível caminho percorrido pelo jornalista desde que saiu de carro da  
produtora onde trabalhava. Ele vestia camisa azul e calça jeans; calçava  
sapatênis de couro marrom. O carro que Anderson Leandro dirigia era uma  
Renault Kangoo, placa AON 8615.

As circunstâncias do desaparecimento

Anderson Leandro da Silva, de 38 anos, saiu da produtora Quem TV, no bairro  
do Rebouças, por volta das 12h30 (horário retificado por imagens de câmeras  
de CFTV das imediações) da última quarta-feira, dia 10 de outubro de 2012.  
Ele avisou ao filho que iria fazer um orçamento de trabalho na cidade de  
Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba, e que voltaria para  
buscá-lo para levar para casa, como fazia todos os dias. Eram  
aproximadamente 20h30 quando o filho comunicou a mãe que Anderson Leandro  
não havia retornado. As buscas iniciais começaram por volta das 2h  
madrugada do dia (11/10/2012) por meio do fone 190, sendo que, na manhã  
deste mesmo dia formalizou-se o desaparecimento com o registro da  
ocorrência na Delegacia da Vigilância e Capturas de Curitiba. Após isso, na  
madrugada de quinta para sexta-feira (12), a família entrou com pedido de  
liminar junto ao Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça, para que fosse  
quebrado o sigilo telefônico do celular e dos telefones fixos (residencial  
e comercial) do jornalista.

A Justiça acolheu o pedido de quebra do sigilo telefônico ao meio-dia de  
sexta-feira, em pleno feriado. A DVC recebeu o relatório com o número das  
chamadas registradas no aparelho, mas a família não tem acesso ao conteúdo  
desse documento. Os investigadores informaram apenas que foi detectado  
sinal do aparelho às 12h55 do dia do desaparecimento na região de Campina  
Grande do Sul. Também foram identificados sinais do celular de Anderson  
Leandro nas regiões do Parolin e nas imediações do Detran. Depois dessa  
quebra de sigilo, a família não obteve mais nenhuma informação a respeito  
das buscas da polícia e mobilizou amigos e lideranças em esforços próprios.

O Sindijor-PR entende que o poder público deve intensificar as  
investigações com extrema urgência, já que se trata de um tema que atinge  
toda a sociedade.

Como entidade que defende os jornalistas no estado, o Sindijor-PR exige que  
o caso seja esclarecido e que todas as providências possíveis sejam tomadas  
pelos órgãos competentes do estado.

Guilherme Carvalho
Presidente
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná

(Via Azenha)
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http://www.renajorp.net/sequestro-politico-jornalista-anderson-leandro-esta-desaparecido-no-parana/
http://www.facebook.com/BuscaJornalista


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Postado por Eli Fernandes no Eli dos Santos Fernandes em 10/17/2012  
07:48:00 PM
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