[Macronoroeste-campinas] Nota da CMS sobre vinda de Obama

PONTOS SP - Robson Sampaio reductio.ad.ethos em gmail.com
Sábado Março 19 22:50:19 CET 2011


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*É muita guerra para quem diz promover a paz*


Os Movimentos Sociais do Brasil, por ocasião da visita do presidente Obama
ao Brasil, manifestam as seguintes preocupações:

Considerando que: A eleição de Barack Obama, em 2008, despertou muitas
ilusões. Baseado em seu carisma pessoal, na eleição do primeiro negro
presidente dos EUA, na rejeição aos republicanos que durante os dois
mandatos de George W. Bush levaram os Estados Unidos à bancarrota e o mundo
ao militarismo e às guerras de agressão.

Consideramos que: Obama foi eleito fazendo promessas de paz e respeito ao
direito internacional, criando a ilusão de que a humanidade viveria em paz e
harmonia.

A evolução dos acontecimentos, porém, encarregou-se de desfazer essas
ilusões. Mudou a retórica, aperfeiçoou-se a propaganda, mudaram alguns
atores, mas sob a direção de Barack Obama a política externa do imperialismo
norte-americano continua em essência a mesma.

O atual mandatário dos Estados Unidos mantém a orientação belicista de
ocupar países e agredir povos em nome da “luta ao terrorismo”.

Sob a presidência de Barack Obama, os Estados Unidos mantiveram a presença
das tropas de ocupação no Iraque e no Afeganistão. Sua frota de aviões
teleguiados “Drone” bombardeia diariamente a fronteira deste país com o
Paquistão, acarretando a morte de civis.

O imperialismo estadunidense, sob a presidência de Barack Obama reafirmou o
apoio à política genocida do Estado sionista israelense contra o povo
palestino. Significativamente, a única vez em que o governo Obama utilizou
até agora seu direito de veto no Conselho de segurança da ONU, foi para
impedir a aprovação de uma resolução que interditaria o prosseguimento da
instalação de colônias israelenses em território palestino.

Foi sob a liderança de Barack Obama que a principal organização agressiva do
imperialismo, a Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte – realizou
uma reunião de cúpula que consagrou o “novo conceito estratégico”, a partir
do qual se arroga o direito de intervir militarmente em qualquer região do
planeta. É também Obama que estimula a instalação de bases militares em todo
o mundo, inclusive na América Latina, onde a 4ª Frota constitui grave ameaça
de agressão aos países e povos soberanos da região.

Durante a gestão de Barack Obama que, reafirmando a primazia norte-americana
quanto à posse e uso de armas nucleares, exerce chantagens, pressões,
ameaças e sanções contra os países que não aceitam os ditames dos EUA sobre
a não-proliferação. Em dois anos de gestão, a maior parte do tempo dos
operadores de política externa do presidente foi empregada na reparação de
agressões contra o Irã e a Coreia do Norte.

Reiteramos nossa total divergência com a dubiedade da política externa dos
EUA que mantém símbolos da guerra-fria como a manutenção do bloqueio a Cuba,
as provocações contra a Venezuela e a Bolívia, a manutenção da prisão de
Guantanamo e a presença de bases militares estadunidenses em nosso
continente, que em nada contribui para o desenvolvimento de uma nova relação
externa entre os povos. Os Estados Unidos nunca abriram mão de dominar
nossos países e continuam considerando nosso continente como sua área de
influência.

Obama chega ao Brasil num momento em que os Estados Unidos e seus aliados,
principalmente os europeus, preparam-se, sob falsos pretextos, para
perpetrar novas intervenções militares. Agora, no norte da África, onde, com
vistas a assegurar o domínio sobre o petróleo, adota a opção militar como a
estratégia principal. Os Estados Unidos querem arrastar as Nações Unidas
para sua aventura, numa jogada em que pretende na verdade instrumentalizar a
organização mundial e dar ares de multilateralismo à sua ação militarista e
imperial.

No mesmo 20 de março, dia em que Obama estará visitando o Brasil,
acontecerão manifestações em todo o mundo convocadas pela Assembleia Mundial
dos Movimentos Sociais realizada durante o Fórum Social Mundial de Dacar,
Senegal. O dia de mobilização global foi convocado para afirmar a “defesa da
democracia, o apoio e a solidariedade ativa aos povos da Tunísia e do Egito
e do mundo árabe que estão iluminando o caminho para outro mundo, livre da
opressão e exploração”. O 20 de março será um Dia Mundial de Luta contra a
multiplicação das bases militares dos Estados Unidos, de solidariedade com o
povo árabe e africano, e também de apoio à resistência palestina e saharauí.


É nesse contexto que a Coordenação dos Movimentos Sociais convoca os
movimentos sociais de todo o Brasil a manifestar nossa divergência com a
política dos EUA e nossa total solidariedade aos povos do mundo, nas lutas
de resistência e construção de outro mundo possível.

Convocamos os movimentos sociais brasileiros a tomarem as ruas na ação que
será organizada no Rio de Janeiro no dia 20 de março.

O Brasil e a América latina vivem um novo momento, de democracia, soberania,
interação e unidade.



Queremos um mundo de paz e solidariedade!

Abaixo o imperialismo estadunidense!

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-- 
Robson Bomfim***

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