[Macronoroeste-campinas] Entenda mais sobre sigilos...

JOSÉ ROBERTO VALINE jrvaline em yahoo.com.br
Sexta Setembro 10 17:54:18 CEST 2010


Ólá, matéria interessante, encaminho para conhecimento de todos e todas.

Valine

Entenda mais sobre sigilos !!!
 
Uma matéria feita pelo SBT Brasil revelou que o assunto de quebra de sigilos por 
uma máfia que atua em São Paulo já era conhecido pelo candidato tucano José 
Serra desde, pelo menos, outubro de 2009. Na matéria, o próprio Serra comenta a 
devassa de sua declaração e de sua mulher com total calma e naturalidade, sem 
dizer que foi o PT, ou que é por motivos eleitorais. Apesar disso, a campanha de 
Serra insiste em usar o tema da quebra de sigilo contra a candidatura de Dilma 
Rousseff. Sem sucesso até aqui.
Nesta quinta-feira, o blog do Nassif publicou uma análise de João Francisco 
Meira, do Vox Populi, sobre o tracking do IG-Bandeirantes: segundo esse 
levantamento diário, o tema da quebra do sigilo, abraçado por Serra, não está 
provocando nenhuma mudança na intenção de voto dos eleitores. Nassif escreve:
Não existe nenhuma oscilação significativa, diz ele. Dada a natureza do 
tracking, tem que se acompanhar a curva dos candidatos, não os resultados 
diários. E a curva não mostra nenhuma alteração significativa após o caso do tal 
dossiê. Metade da população ficou sabendo do assunto, diz ele. Dessa metade, os 
eleitores da Dilma tendem a acreditar nela, os do Serra, nele, e os indecisos 
tendem a acreditar mais na Dilma que no Serra.
Ele não entende o fuzuê em torno da quebra de sigilo. «Vocês, jornalistas, estão 
carecas de saber que sigilo fiscal no Brasil é uma peneira», diz ele. Em 
qualquer loja que se vá, na compra de um carro, de um eletrodoméstico, o gerente 
pede um instante para consultar o crédito. Liga para um sujeito denominado de 
analista de crédito que tem todas as informações do candidato ao financiamento, 
do Imposto de Renda ao Serasa. Basta uma olhada no Google para encontrar 
centenas de traficantes de informações sigilosas, diz ele.
Ligar esse tema à campanha é forçar a barra.
17 milhões de sigilos quebrados nos anos FHC

No site Brasilwiki, João Paulo Marat mostra como, durante o governo FHC, cerca 
de 17 milhões de brasileiros tiveram seu sigilo quebrado, inclusive o fiscal. 
Marat indica matérias e documentos da Câmara Federal sobre o assunto. Ele 
escreve:
A ação da quadrilha que quebra sigilos fiscais não é desta eleição, nem de 
ontem, nem deste ano. É uma praga que atinge o Brasil há muito, e não é uma 
"estratégia" da campanha de Dilma Roussef, como tanto gostariam os integrantes 
do PSDB e do DEM. Documentos provam que, ainda em 2009, um requerimento expedido 
por Arnaldo Faria de Sá ao presidente da CPI destinada a apurar a Violência 
Urbana pedia uma audiência pública para apurar que dados fiscais sigilosos 
estavam sendo vendidos por camelôs de São Paulo - em 2009. Entre os que tiveram 
seus sigilos violados estavam o presidente da República, Luís Inácio Lula, o 
ministro Mantega, o governador José Serra, Verônica Serra e outros menos 
cotados. É só conferir em
http://www.camara.gov.br/sileg/integras/699422.pdf
Por volta dos anos 2000 e 2001, a Receita Federal iniciava informatização dos 
dados fiscais e cadastrais dasPessoas físicas e Jurídicas. Em razão desta 
atualização, foram disponibilizados os bancos de dados completos das pessoas 
físicas e jurídicas por algum tempo. Em 2008, o SBT fez uma reportagem que 
havia, no bairro paulista da Santa Ifigênia, pessoas que vendiam a senha para 
acesso aos bancos de dados do Serpro. O assunto chegou a ser publicado, na 
época, no jornalão Folha de São Paulo:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u439202.shtml
Isso foi há 10 anos, quando Fernando Henrique Cardoso era presidente. Nesta 
ocasião, vazaram da Receita Federal os dados do Imposto de Renda do próprio FH, 
Sílvio Santos, Gugu Liberato e dados cadastrais de 17 milhões de brasileiros.
Atualmente, FHC, que viaja pelo exterior desde que Serra se lançou candidato, 
pede em seus artigos que Dilma Rouseff seja penalizada. Os dados eram vendidos 
em disquete, pela quantia de R$ 6 mil e a desfaçatez era tanta que chegavam a 
anunciar em classificados de jornal. O assunto não ganhou as manchetes dos 
jornais. Era um caso de polícia.


      
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