[Macronoroeste-campinas] Fwd: [PONTOSSP] Mestrado de Major diz que PM é racista

Robson Sampaio reductio.ad.ethos em gmail.com
Segunda Maio 31 18:39:48 CEST 2010


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Alceu José Estevam <alceukb em gmail.com>
Data: 31 de maio de 2010 13:08
Assunto: Re: [PONTOSSP] Mestrado de Major diz que PM é racista
Para: pontossp em lists.riseup.net, paulo cesar pereira de oliveira <
orunmila em ibest.com.br>


Muito legal esse emeio, mas não poderia de deixar aqui as minhas
considerações do texto do policial intelectual.

Ele afirma que na instituição há racismos e pré conceito aos cidadãos de cor
preta. Penso que essa linha de pesquisa desse policial é muito importante
para a sociedade. Isso é fato, mas o novo corregedor da PM, coronel Admir
Gervásio Moreira, que é negro, afirma: *a corporação não é racista. “É um
exagero e seria leviano afirmar que os policiais abordam de maneira
diferente as pessoas negras. Isso não existe. Se isso ocorrer, é errado e
fora das instruções e treinamentos dados”*. Diz ainda; *o racismo existe,
mas isso depende das pessoas, não das instituições”. *Um outro fato
importante é que esse novo corregedor não conhece a produção científica da
sua própria corporação, ainda mais sobre um tema que diz respeito sua
própria origem étnica. Isto mostra claramente, que mesmo sendo irmão de cor,
a instituição reproduz o modelo do mito racial brasileiro, isto é: o racismo
e o pré conceito contra pretos e pobres é desqualificado pelas condições
sociais destes ou daqueles cidadões. Por outro lado, a polícia vai matando e
reprimindo os my brother's da vida.

Valeu Paulo.

Alceu




Em 31 de maio de 2010 12:01, paulo cesar pereira de oliveira <
orunmila em ibest.com.br> escreveu:

>
> Assunto: Fwd: E-mail enviado através do site Diário de S. Paulo
>
> Prezado Coronel Antonio Marcos,
>
> Obrigado pela matéria. Aproveito a oportunidade para compartilhar com mais
> pessoas.
> Vindo da sua parte, só posso entender como um ato de coragem em reconhecer
> a existência de racismo na Polícia Militar de São Paulo.
>
> Como as várias opiniões ao longo da matéria, também acredito que o mesmo
> grau de preconceito e racismo na sociedade brasileira está presente também
> na PM ou Polícia Cívil.
>
> Costumo dizer à algumas pessoas que, (sem defender a PM ou PC),  caso
> conseguissemos equacionar todo o preconceito e racismo nas instituições
> referidas, ainda assim teríamos uma enorme quantidades de casos de racismo
> no nosso dia-a-dia.
>
> É enorme a quantidade de pessoas negras e/ou que não tenha aparência
> européia que não conseguem:
> -  emprego, - fazer compras numa padaria ou supermercado, - atravessar uma
> via pública em paz, - pegar um ônibus sem que o motorista acelere para que
> tal passageiro caia, etc...
>
> Este é o chamado CRIME PERFEITO. Em suma maioria é cometido por CIVIS que
> não possuem Departamentos de Corregedoria para que possamos fazer
> reclamações.
>
> O Brasil como um todo padace de grave crise existêncial e de identidade
> étnico-racial. O desserviço feito ao longo de 500 anos foi bem grande.
>
> Para fechar, quero dizer que concordo bastante com os pontos de
> vista/opiniões da pesquisa do Major.
>
> Atenciosamente,
>
> Antonio Marcos enviou um link do site Diário de São Paulo
> Para visualizá-lo, acesse o site:
> http://diariosp.com.br/Noticias/Diaadia/6222/Mestrado de major diz que PM
> e racista
>
>
>
>
> Quinta-feira, 27 de maio de 2010 - 22:30
> Mestrado de major diz que PM é racista
> Pesquisa aponta que 51% dos negros no Brasil declararam que já sofreram
> discriminação durante abordagens policiais
> anuncie!
> LUCIANO CAVENAGUI
> lucianoc em diariosp.com.br
> TAHIANE STOCHERO
> tahiane.stochero em diariosp.com.br
>
> Quando o motoboy Eduardo Luiz Pinheiro dos Santos foi morto dentro de um
> quartel na Zona Norte, sua mãe não teve dúvidas em dizer que o filho foi
> morto por ser negro. Duas semanas depois, a conclusão da mãe do entregador
> de pizza Alexandre Menezes dos Santos foi a mesma: a abordagem policial
> terminou em assassinato devido ao racismo.
>
> Uma dissertação de mestrado feita por um membro da própria corporação
> afirma que a discriminação é um traço marcante dos policiais militares. O
> estudo foi elaborado pelo major Airton Edno Ribeiro, chefe da divisão de
> ensino do Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES), espécie de escola de
> pós-graduaçao da PM para oficiais com altas patentes.
>
> O major, que é negro, se tornou mestre em Educação das Relações Raciais
> após a dissertação “A Relação da Polícia Militar Paulista com a Comunidade
> Negra e o Respeito à Dignidade Humana: a Questão da Abordagem Policial”,
> apresentada no final de 2009 na Universidade Federal de São Carlos, a 255
> quilômetros da capital. O trabalho, de 129 páginas, elenca diversos livros
> sobre o tema, pesquisas de institutos e levantamentos próprios do major.
> Foram ouvidos 50 cabos e soldados, que admitiram que, antes de entrarem na
> PM, achavam que havia preconceito contra negros. Após o ingresso, tiveram
> certeza.
>
> Para o major, uma das principais razões para o preconceito nas abordagens é
> a “cultura organizacional” da instituição. “Não foram poucos os relatos dos
> participantes da pesquisa sobre a herança histórica de perseguição aos
> negros pela polícia”, disse .
>
> De acordo com Ribeiro, o racismo só irá diminuir, lenta e gradualmente,
> quando a formação do policial mudar. “É preciso dar ênfase no respeito à
> dignidade humana dos negros nas abordagens, o que exige mudança do modelo
> conceitual de gestão educacional”, afirmou.
>
> Para atestar o racismo na PM, Ribeiro citou o último estudo de abrangência
> nacional sobre o tema, a pesquisa “Discriminação racial e preconceito de cor
> no Brasil”, realizada em 2003 pela Fundação Perseu Abramo, instituição
> ligada ao PT. O estudo mostrou que 51% dos negros declararam que já sofreram
> discriminação da polícia. O percentual caiu para 15% quando a mesma pergunta
> foi feita aos brancos. Dos negros vítimas de preconceito, 78% disseram que
> foram discriminados por policiais brancos. Foram ouvidas 5.003 pessoas com
> 16 anos ou mais em 266 municípios. As entrevistas foram feitas nas
> residências dos consultados, com duração média de 60 minutos.
>
> Outro índice que relaciona violência e racismo é o Mapa da Violência 2010,
> em que foram analisados homicídios entre 1997 e 2007. Com base no estudo, é
> possível projetar que, em nível nacional, um negro tem 107,6% mais chance de
> morrer do que uma pessoa branca. Em São Paulo, segundo último levantamento
> do Departamento Penitenciário Nacional, feito em dezembro de 2009, os negros
> são maioria nas prisões, com o índice de 50,46%. Para efeitos estatísticos
> desta pesquisa, os pardos (mulatos, caboclos, cafuzos, mamelucos ou mestiços
> de negro com pessoa de outra raça) são considerados negros.
>
> 'Pobreza diz mais que raça'
> Para o sociólogo e doutor em Geografia Humana pela Universidade de São
> Paulo (USP), Demétrio Magnoli, ainda não há evidências de racismo nos
> últimos casos de violência em São Paulo. “A questão econômica é mais forte
> do que a racial. Os pobres sofrem mais com a polícia do que os ricos.
> Ninguém comenta os crimes cometidos contra brancos pobres”, avaliou o
> sociólogo e geógrafo.
>
> De acordo com Magnoli, o Brasil não tem um Estado racista nem uma nação com
> preceitos racistas, pois não há leis com conceitos segregacionistas. “O
> preconceito contra negros existe no país, assim como temos outros tipos de
> discriminação envolvendo homossexuais e pessoas gordas, por exemplo. Não
> podemos dizer que a questão racial é predominante”, argumentou o
> intelectual.
>
> A professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Íris
> Rodrigues de Oliveira, especializada em questões raciais, afirma que o
> problema está na violência policial.
>
> “Considero que a polícia, em vez de racista, padece mais de falta de
> educação. Diversas pessoas brancas são tratadas de forma brutal durante as
> operações, assim como os negros. No Brasil, o racismo dissimulado pode ser
> mais grave do que o declarado”, afirmou Íris.
>
> Defendendo uma posição oposta à de Magnoli, o antropólogo da Pontifícia
> Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Acácio Almeida dos Santos
> afirmou que o Brasil tem um Estado racista e, por consequência, a polícia
> também é igual. “Existe racismo embutido em todas as esferas de poder no
> país. Historicamente, conceitos de purificação racial tomaram força no
> Brasil e contaminaram diversos setores da sociedade”, afirmou.
>
> Negro, corregedor diz que tese exagera
> Para o novo corregedor da PM, coronel Admir Gervásio Moreira, a corporação
> não é racista. “É um exagero e seria leviano afirmar que os policiais
> abordam de maneira diferente as pessoas negras. Isso não existe. Se isso
> ocorrer, é errado e fora das instruções e treinamentos dados”, diz Gervásio.
>
> O oficial, ele próprio negro, acredita ser “hipocrisia” afirmar que não há
> racismo no país. “Racismo existe, mas isso depende das pessoas, não das
> instituições”, afirma o corregedor.
>
> O coronel entende que não houve racismo no caso em que um motoboy que foi
> morto agredido por PMs na Zona Sul da capital. “Ele estava usando capacete e
> era noite. Não o perseguiram porque era negro. Não vejo uma escolha
> direcionada de postura de racismo. Foi uma coincidência”, acredita.
>
> Gervásio diz desconhecer o estudo do major Airton Edno, mas afirma não
> concordar com a visão de que os policiais maltratam ou abordam de maneira
> diferente negros. “Só pela possibilidade de ser abordado por uma viatura,
> estando cometendo um crime ou não, um negro pode se sentir constrangido.
> Muitos podem reclamar até mesmo se o PM for um irmão de cor”, diz o coronel.
> Nos casos recentes dos motoboys mortos pela PM em SP, as famílias
> denunciaram racismo.
> Fonte:
> http://diariosp.com.br/Noticias/Diaadia/6222/Mestrado+de+major+diz+que+PM+e+racista
>
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