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Sábado Janeiro 16 22:30:48 CET 2010
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Resumo do tópico de hoje
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Grupo: eurecacampinas em googlegroups.com
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- Pense no Haiti e nã mão que agora estende ajuda!! ???? .......... [1 atualização]
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- Res: bloco de carnaval em CAMPINAS [1 atualização]
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Tópico: Pense no Haiti e nã mão que agora estende ajuda!! ???? ..........
URL: http://groups.google.com/group/eurecacampinas/t/fc480bd738d66480
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De: Ike Banto <atonegro em gmail.com>
Data: Jan 16 04:02PM -0200
URL: http://groups.google.com/group/eurecacampinas/msg/2f22f9b89f943843
*Acho que v**ale a pena ler este paralelo entre um texto de Rosa Luxemburgo
de 1902 e a atual "ajuda humanitária" no Haiti...
Pancada na cabeça!*
*Martinica *
Este artigo, escrito logo após a grande erupção vulcânica de Maio de 1902
no porto de St. Pierre, na ilha da Martinica, reflete o interesse de Rosa
Luxemburgo pelos acontecimentos fora da Europa e a sua fervente oposição ao
colonialismo europeu. Com o desastre no Haiti ele ganha novo relevo e
atualiadade. Talvez esse momento de devastação geral mostre uma verdade
importante. Muitos países estão se mobilizando para "ajudar" o Haiti:
mas onde estava a ajuda enquanto metade da população vive com cerca de US$ 1
dólar por dia e 80% é considerda pobre? Onde está a ameaça Real, no
Afeganistão ou no Haiti?
** *Rosa Luxemburgo * **
Montanhas de ruínas fumarentas, pilhas de cadáveres mutilados, um fumegante
mar de fogo para onde quer que nos voltemos, lama e cinzas — isto é tudo o
que resta da cidade florescente que se encarapitava no terreno rochoso do
vulcão tal como um pássaro deglutido. Por algum tempo o gigante colérico foi
ouvido a rugir e a enraivecer-se contra esta presunção humana, a arrogância
cega dos anões de duas pernas. Com bondade mesmo na sua ira, um verdadeiro
gigante, ele advertiu as imprudentes criaturas que rastejavam aos seus pés.
Ele expeliu fumo, vomitou nuvens ardentes, no seu peito havia tempestuosas e
ferventes explosões como descargas de rifle e trovejar de canhões. Mas os
deuses da terra, aqueles que ordenam o destino humano, ali permaneceram com
fé inabalável — na sua própria sapiência.
Em 7 de Maio, a comissão despachada pelo governo anunciou ao ansioso povo de
St. Pierre que estava tudo em ordem no céu e sobre a terra. Está tudo em
ordem, não há motivo para alarme! — como disseram na véspera do Juramento do
Palácio nos salões intoxicados pela dança de Luís XVI, enquanto na cratera
do vulcão revolucionário a lava ardente estava a acumular-se para a temível
erupção. Tudo está em ordem, em paz e em tranquilidade por toda a parte! —
como disseram em Viena e Berlim na véspera da erupção de Março cinquenta
anos atrás. *[1]* <http://resistir.info/mreview/martinica.html#notas> O
velho e sofrido titã da Martinica não prestou atenção aos relatórios da
honrada comissão: depois de o povo ter sido acalmado pelo governador no dia
7, ele entrou em erupção nas primeiras horas do dia 8 e nuns poucos minutos
enterrou o governador, a comissão, o povo, casas, ruas e navios sob as
ardentes exalações do seu coração indignado.
O trabalho foi radicalmente completo. Quarenta mil vidas humanas ceifadas,
um punhado de refugiados tementes resgatados — o velho gigante pode rugir e
borbulhar em paz, ele mostrou o seu poder, ele vingou-se terrivelmente do
desprezo para com o seu poder primitivo.
E agora, chega às ruínas da cidade aniquilada na Martinica um novo hóspede,
desconhecido, nunca antes visto — o ser humano. Nem deuses e servos, nem
negros e brancos, nem ricos e pobres, nem donos de plantações e escravos
assalariados — seres humanos surgiram sobre a pequena ilha destruída, seres
humanos que apenas sentem o sofrimento e vêem apenas o desastre, que querem
apenas ajudar e socorrer. O velho Monte Pelee operou um milagre! Estão
esquecidos os dias de Fashoda,
*[2]*<http://resistir.info/mreview/martinica.html#notas>esquecido o
conflito sobre Cuba, esquecida "la Revanche" — os franceses e os
ingleses, o czar e o Senado de Washington, a Alemanha e a Holanda doam
dinheiro, enviam telegramas, estendem a mão da ajuda. Uma fraternidade de
povos contra o ódio incendiário da natureza, uma ressurreição do humanismo
sobre as ruínas da cultura humana. O preço do redespertar da sua humanidade
foi alto, mas o trovejante Monte Pelee teve voz para alcançar os seus
ouvidos.
A França chora sobre os quarenta mil corpos da pequena ilha, e o mundo
inteiro precipita-se para secar as lágrimas da República Mãe. Mas como se
passava isto séculos atrás, quando a França derramava sangue em torrentes
pelas Antilhas Menores e Maiores? No mar da costa leste da África jaz uma
ilha vulcânica — Madagascar: cinquenta anos atrás vimos ali a desconsolada
República, que hoje chora pelos seus filhos perdidos, como ela subjugou o
obstinado povo nativo sob sua canga através das cadeias e da espada. Nenhum
vulcão abriu ali a sua cratera: as bocas dos canhões franceses vomitaram
morte e aniquilação. A artilharia francesa varreu com o fogo milhares de
vidas humanas florescentes da face da terra até que um povo livre ficasse
prostrado no chão, até que a rainha escura dos "selvagens" fosse arrastada
como um trofeu pela "Cidade Luz".
Na costa asiática, lavada pelas ondas do oceano, ficam as sorridentes
Filipinas. Seis anos atrás vimos os bondosos ianques e o Senado de
Washington a trabalharem ali.
*[3]*<http://resistir.info/mreview/martinica.html#notas>Não há
montanhas a vomitarem fogo naquele lugar — lá, rifles americanos
ceifaram vidas humanas aos montes; o cartel do açúcar do Senado hoje envia
dólares dourados para a Martinica, milhares de milhares, para trazer a vida
de volta a partir das ruínas, envia canhões e mais canhões, vasos de guerra
e mais vasos de guerra, milhões e mais milhões de dólares dourados a Cuba,
para semear morte e devastação.
Ontem, hoje, lá longe no distante sul da África, onde há apenas uns poucos
anos um pequeno povo tranquilo vivia do seu trabalho e em paz, vimos como o
inglês provoca o caos, estes mesmos ingleses que na Martinica salvam as
mães, os seus filhos: ali nós os vimos marcar corpos humanos, sobre corpos
de crianças com botas brutais de soldados, chapinhando em lagos de sangue,
morte e miséria.
Ah, e os russos, a resgatarem, a ajudarem, o lacrimoso czar de todos os
russos — um velho conhecido! Nós o vimos nas baterias de Praga, nos polacos
calorosos, o sangue fluiu em jorros e tornou o céu vermelho com o seu vapor.
*[4]* <http://resistir.info/mreview/martinica.html#notas> Mas isto foi
antigamente. Não! Agora, a apenas umas poucas semanas, vimos bondosos russos
nas suas estradas empoeiradas, em aldeias russas arruinadas, em pleno acordo
com multidões ásperas, desenfreadamente agitadas e resmungonas, mujiques
caídos por terra a arfarem, sangue vermelho camponês misturados com o pó da
estrada. Eles devem morrer, eles devem cair porque os seus corpos
redobram-se com fome, porque eles clamaram por pão, por pão!
E também a vimos, Oh Mãe República, lavada em lágrimas. Foi em 23 de Maio de
1871: o glorioso sol da primavera brilhava sobre Paris, milhares de pálidos
seres humanos em roupas de trabalho apertados de pé, todos juntos, nas ruas,
no pátio da prisão, corpo com corpo e cabeça com cabeça; atrave´s de buracos
nas paredes, metralhadoras a avançarem os seus focinhos sedentos de sangue.
Nenhum vulcão entrou em erupção, nenhuma corrente de lava derramou-se. Os
seus canhões, Mãe República, foram virados contra a multidão duramente
apertada, jorros de sofrimento rasgaram os ares — mais de vinte mil
cadáveres cobriram os calçamentos de Paris!
*[5]*<http://resistir.info/mreview/martinica.html#notas>
E todos vocês — sejam franceses e ingleses, russos e alemães, italianos e
americanos — foram vistos todos juntos uma vez antes do acordo fraternal,
unidos na grande liga das nações, a ajudarem e a guiarem uns aos outros: foi
na China. Ali vocês também esqueceram todas as querelas internos, ali também
fizeram uma paz do povos — para o assassínio em comum e o atear do fogo. Ah,
como aquelas tranças de rabicho caem aos molhos diante das suas balas, como
um campo de trigo maduro açoitado pelo granizo! Ah, como as mulheres
chorosas afundadas na água, com os seus mortos nos braços frios, a fugirem
das torturas dos vossos abraços ardentes!
E agora todos eles voltaram-se para a Martinica, todos com um só coração e
um só pensamento, mais uma vez; eles ajudam, resgatam, secam as lágrimas e
amaldiçoam o vulcão que descarrega destruição. Monte Pelee, grande gigante
bondoso, você pode rir; você pode olhar com desprezo para a abominação
destes assassinos benévolos, para estes carnívoros lacrimejantes, para estas
bestas vestidas com roupas de samaritano. Mas chegará o dia em que um outro
vulcão levantará a sua voz de trovão: um trovão que está a ferver e a
borbulhar, quer você precise disto ou não, e varrerá toda a cultura
hipócrita e respigante de sangue da face da terra. E só sobre as suas ruínas
as nações ficarão reunidas em verdadeira humanidade, a qual não conhecerá
senão um inimigo mortal — a natureza cega e mortal.
_______
*Notas*
1 - Referência ao estalar das revoluções de 1848 na Europa.
2- Em 1898 a França e a Inglaterra quase foram à guerra devido a um conflito
em Fashoda, no Sudão.
3 - Referência à Guerra Hispano-Americana de 1898, na qual os Estados Unidos
tomaram posse das Filipinas e de Cuba. Isto verificou-se quatro anos antes e
não seis.
4- “Os baluartes de Praga" referem-se a um massacre do exército russo contra
um levantamento polaco em Praga, um subúrbio de Varsóvia, em 1831.
5 - Referência à brutal supressão da Comuna de Paris de 1871, na qual
milhares de revolucionários foram massacrados pelas forças do governo
francês.
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"...E se o militante preto ainda desejar ser branco, ainda viver numa cela?
E se a feminista estiver vivendo num complexo de Cinderela?
Se o militante anti-capitalista ficar esperando a revolução
p/ só depois, e bem depois tomar o mundo em suas mãos?
E se o favelado ficar esperando por um herói ou um favor?
E Se o estudante esperar a autorização do diretor?
Se essa melodia tiver feia e vc num prestar atenção?
E se nossa fala cair na repetição?
...?" A kilombagem continua!!!
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Umuntu Ngumuntu Ngabantu
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Tópico: Res: bloco de carnaval em CAMPINAS
URL: http://groups.google.com/group/eurecacampinas/t/a53e8e7f1cc07a0f
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De: Joao Paulo Guedes <joaopaulo_guedes em yahoo.com.br>
Data: Jan 15 03:12PM -0800
URL: http://groups.google.com/group/eurecacampinas/msg/ef1d2dfc63bc550e
Oi Mari
EU QUERO!!!!!! Quando vai sair???
Que bom que está rolando as coisas por aí!!!!
Fala pra galera não deixar o baque cair, hein!!!!! hehe
Saudosos abraços...
Jão
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De: Mariana Rampazzo <marirampazzo em yahoo.com.br>
Para: alejongo <alejongo em gmail.com>; casa guadalupana <casaguadalupana em yahoogrupos.com.br>; Edu <edufiorussi em iar.unicamp.br>; eu - iar <mari em iar.unicamp.br>; Jongo <comunidadejongoditoribeiro em yahoo.com.br>; Marta Batuquiá <batuquia em yahoo.com.br>; Nil Urucungos <nilsena00 em yahoo.com.br>; Progen <progen em feac.org.br>; Urucungos <urucungos em yahoo.com.br>
Cc: eurecacampinas em googlegroups.com
Enviadas: Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2010 15:10:36
Assunto: bloco de carnaval em CAMPINAS
Olá pessoal,
como este ano não haverá o Bloco Eureca, e os/as meninos/as que atendemos já estão cobrando, nós, da Casa Guadalupana, junto com o CEDAP, formaremos um bloco de carnaval com o público que atendemos (crianças e adolescentes em situação de rua e em ESCCA).
A idéia é sair um dia, na semana anterior ao Carnaval, pelo centro de Campinas. O bloco, assim como no Eureca do ano passado, sairá ao som do Maracatu de Baque Virado
Queremos convidar todos que tiverem interesse para participar! O Bloco está aberto a todos, de qualquer entidade, grupo, indivíduo; que queira sair tocando ou até fantasiado, cantando conosco pelas ruas.
Nosso primeiro encontro acontecerá nesta segunda-feira (18/01), iniciando os ensaios-oficinas semanais que acontecerão às segundas e quartas, das 10h30 às 12h30. Pensamos em um local central, para o acesso ficar mais fácil para todos, e conseguimos um Barracão na Estação Cultura, porém um tanto quanto abandonado e sem muita estrutura. Então quem vier já venha preparado!
Quem tiver interesse em se juntar a nós por favor me responda esse e-mail ou entre em contato - tel: 3232 3229 (da 9h ás 15h)
Um abraço,
Mariana Rampazzo
Casa Guadalupana
Grupo Maracatucá!
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