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 TÓPICO: II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial
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== 1 de 1 ==
Data: Dom 5 abr 2009 15:51
 De: Paulo Alves  
 



II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial
 
Autoridades e movimentos sociais participam do lançamento da 2a. Conapir e ressaltam a adoção das políticas públicas para a superação do racismo 

Brasília - O presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, defendeu no dia, 12 de março, durante o lançamento da 2a. Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, o diálogo entre entidades civis e o governo na perspectiva de uma ampla implementação das políticas de combate à intolerância racial e religiosa no Brasil. 

Para ele, a superação plena das desigualdades raciais no Brasil ainda é um sonho a ser conquistado e não serão resolvidas apenas pela adoção de cotas nas universidades públicas. O presidente da Palmares, porém, ressaltou que as ações afirmativas que o governo federal vem adotando pela promoção da igualdade racial no Brasil apontam para uma profunda transformação no país no trato da questão racial. 

Diante de uma platéia atenta, o ministro Edson Santos, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, ressaltou a realização da 2a. Conferência como uma oportunidade histórica para se avaliar as políticas públicas implementadas pelo governo Lula "no caminho da igualdade racial e como um grande desafio pela perspectiva de consolidar a igualdade racial como política de Estado". 

Ele se manifestou a favor da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e da lei de cotas. Ambos os projetos estão em tramitação no Congresso Nacional. Ainda segundo o ministro, não é possível suportar a intolerância religiosa. "Embora o Estado seja laico, ele tem que defender as manifestações religiosas", argumentou. 

Igualdade e diversidade - De acordo com o ministro, não há como entender democracia sem igualdade racial. "Democracia pressupõe igualdade e respeito à diversidade" . Para ele, o Brasil não vinha observando esse princípio básico da democracia, facilitando, entre o final do século 19 e início do século 20, a imigração européia e asiática, "com o objetivo de promover uma mudança na composição étnica do país". Segundo Santos, a intenção era relegar a população negra na base da pirâmide social. Ao que se seguiu, na década de 1930, a tese da "democracia racial", o que, em sua análise, desobrigava o Estado de implementar medidas de combate ao preconceito e ao racismo. 

Mas, em seguida, de acordo com o ministro, veio o movimento negro, "que ganha espaço na sociedade e força para inserir na Constituição de 1988 caminhos para o Estado superar essas desigualdades" . Uma das importantes medidas adotadas pelo Estado brasileiro, apontada pelo ministro Edson Santos, foi a criação da Fundação Cultural Palmares, instituição "fundamental, ao lado da Seppir, na luta pela promoção da igualdade". 

A representante do Conselho Nacional da Igualdade Racial, Mirian Stanescon Batuli exaltou a "ousadia do governo Lula em criar a Seppir", mas também resultado da luta do movimento negro, "que há décadas denuncia o preconceito no país". Ela ressaltou ainda que junto ao movimento negro se uniram outros segmentos para denunciar também a xenofobia. Mirian aproveitou a oportunidade para denunciar a perseguição a seu povo cigano. 

Para ela, a primeira Conferência, em 2005, foi um marco para apontar as demandas dos povos da diáspora, vítimas da intolerância e do preconceito. "Agora é preciso dar um salto de qualidade na perspectiva de eliminar os preconceitos" , destacou. 

Prestigiaram ainda o evento os ministros da Previdência, dos Esportes, da Secretaria de Direitos Humanos e da secretaria da Mulher, além de parlamentares, como Carlos Santana, Janete Pietá e Vicentinho, representantes dos movimentos sociais e membros das religiões de matriz africana, entre outros. 

Para o deputado Vicentinho, do PT de São Paulo, "as conferências objetivam o que é mais nobre e buscam resultados para democratizar a perspectiva da igualdade e não da discriminação. E o mais importante é que o processo ocorre desde a base, com as conferências estaduais, e vão até o nível nacional".. 

A deputada Janete Pietá, também do PT paulista, afirmou que a Conferência é de suma importância para o país, "porque o Brasil que queremos é um Brasil justo, onde todos sejam tratados igualmente, sem distinção por conta da cor, etnia ou religião. É importante que a 2a. Conapir reforce a questão da terra, dos quilombolas, pois são temas que estão travando a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e por isso devemos abrir o debate para todas essas questões". 

Jorge Coutinho, presidente do Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro, entende que a ação da Conferência beneficia toda a sociedade, pois faz com que os Estados se preocupem e participem, façam sua parte no que tange à igualdade racial. Coutinho lembrou ainda, que "falta visibilidade dos negros na mídia. Eventos como esse precisavam estar cheios de jornais, televisões e rádios, mas, infelizmente, falta essa preocupação com o nosso povo. O Conapir será bom para falarmos e discutirmos mais esses problemas". 

Após o lançamento oficial, serão realizadas as conferências estaduais, que elegerão os delegados à Conferência Nacional,
que será realizada de 25 a 28 de junho, em Brasília. 

Princípios e diretrizes - Segundo a Seppir, a 2a. Conferência vai analisar e repactuar os princípios e diretrizes aprovados na 1ª Conferência, ocorrida em maio de 2005, e avaliar a implementação do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial. 

Também serão analisados a realidade brasileira a partir da implantação da Política de Promoção da Igualdade Racial, os impactos de políticas de igualdade estruturadas por estados e municípios, a participação e o controle social, além de temas prioritários da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (educação, trabalho e renda, segurança pública, saúde e quilombos). 

Outro foco da Conferência, de acordo com a Seppir, será a discussão da Agenda Nacional sob a perspectiva do Plano de Ação de Durban. Este Plano foi definido durante a última Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância, que se realizou em 2001, na cidade de Durban, na África do Sul.
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 TÓPICO: Fórum virtual debate prevenção das DST e aids
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== 1 de 1 ==
Data: Seg 6 abr 2009 07:37
 De: Paulo Alves  
 

Fórum virtual debate prevenção das DST e aids 
 
As discussões sobre os novos desafios para a prevenção da aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis chegam ao mundo virtual. O Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde lança, no dia 6 de abril, o Prevenção na Rede: Fórum Virtual de DST e Aids para discutir com a sociedade experiências inovadoras na área de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis. Trata-se de um espaço na internet organizado em salas de discussão (veja quadro), nas quais serão debatidos os principais desafios para o enfrentamento dessas epidemias. A partir da ação inédita, o programa avança na construção de políticas que respondam ao momento atual dessas doenças. Os debates na rede seguem até 29 de abril. 
 
Podem participar gestores e profissionais de saúde, educadores, ativistas, pesquisadores e demais interessados. Para fazer parte, basta se inscrever no site no dia do lançamento, no www.aids.gov.br. É possível ter acesso a vídeos, artigos científicos, protocolos, diretrizes e outros documentos sobre prevenção e também trocar experiências com gente do Brasil inteiro sobre os temas mais desafiadores da prevenção. Entre os destaques da programação, às quartas-feiras, estão previstos bate-papos com especialistas.
 
Salas de discussão
 
Informação muda comportamento? 
Tecnologias biomédicas: remediar é prevenir? 
Como o CTA pode ajudar no acesso universal à prevenção? 
Atenção Básica: solução para o acesso universal à prevenção? 
Quebrando tabus: dst/aids é assunto para crianças e jovens? 
Prevenção e religião: conflitos ou contribuições? 
Sexo, prevenção e viver com HIV 
Álcool e outras drogas: prevenção é para os "lúcidos”? 
Acesso ao teste de HIV: onde estão as oportunidades? 
A sociedade civil e o acesso universal à prevenção 
De quem é a decisão de se prevenir? 
DST: como encarar esse problema?
“Num cenário de epidemia dinâmica, as estratégias de prevenção precisam ser construídas e reconstruídas ao longo do tempo, respondendo às necessidades dos grupos mais afetados e adotando novos recursos disponíveis”, afirma a diretora do programa, Mariângela Simão. 
 
Diferentemente dos primeiros anos da aids – explica ela – o desafio que está posto hoje é responder a uma epidemia ainda concentrada, mas com a maior parte dos casos por transmissão heterossexual e com um aumento significativo da qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e aids.
 
O trabalho culmina no Encontro Nacional sobre Prevenção das DST/Aids a ser realizado 29 de abril e transmitido pela internet. Nesse dia, especialistas em prevenção irão debater com o Programa Nacional de DST e Aids, em Brasília, as principais contribuições do fórum. Participantes de todo o Brasil também poderão interagir com eles, enviando comentários. A organização do evento estimula que cada cidade se articule para participar do dia 29 de abril e dar continuidade à discussão no nível local, mesmo depois do término do fórum.  
 


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