[Macronoroeste-campinas] [comissaoprefnpc] Ataque ao Jongo da Serrinha

Robson Bomfim rbscamba em riseup.net
Quarta Dezembro 3 18:24:16 CET 2008



---------- Forwarded message ----------
From: alexandre santini <alexandre_santini2 em yahoo.com>
Date: 2008/12/3
Subject: [comissaoprefnpc] Ataque ao Jongo da Serrinha
To: comissaoprefnpc em lists.riseup.net, cuca-pontos em yahoogrupos.com.br,
santini.as em gmail.com, celio.turino em minc.gov.br, graosgrio em yahoo.com.br,
juana.nunes em minc.gov.br, anapaula.mrp em hotmail.com


A polícia militar do Rio de Janeiro, em sua política sistemática de agressão
e ocupação dos territórios do povo pobre, atacou violentamente a comunidade
da Serrinha, matando e ferindo pessoas, e destruindo o Centro Cultural do
Jongo da Serrinha, ponto de cultura do Rio de Janeiro e uma referência
nacional e internacional na salvaguarda da tradição oral do Jongo.

Todos nos sentimos agredidos com este ato que, infelizmente, se repete no
cotidiano nas favelas do Rio de Janeiro... a agressão às comunidades pobres
se tornou uma "política de estado" no Rio de Janeiro, entra governo e sai
governo, e a pretexto de combater o tráfico de drogas a população negra e
pobre é a principal vítima da violência policil. Até quando?

Sexta-feira (o5/12) o fórum dos pontos de cultura do Rio de Janeiro se reúne
para tomar uma posição´pública quanto a este episódio, e esperamos contar
com a adesão e solidariedade dos pontistas de todo o país contra a
brutalidade e a violência policial.

Salve o Jongo da Serrinha! à benção Mestre Darcy e Tia Maria do Jongo!

Abaixo seguem maiores informações sobre o episódio e sobre o Jongo da
Serrinha.

Alexandre Santini



Ataque ao Jongo da Serrinha
> "SERRINHA, Capital do jongo e do samba.
>
> SIRO DARLAN DE OLIVEIRA
>
> PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE DEFESA DO DIREITOS DA CRIANÇA E
DO
> ADOLESCENTE
>
> O Rio de Janeiro está sediando o 3º Congresso Internacional de
> Combate às Violências sexuais contra crianças e adolescentes. E,
> paralelamente, a menos de 50 quilômetros do Rio Centro, a polícia
dá
> mais uma demonstração de despreparo e desrespeito às populações
mais
> carentes.
>
> Assim como fizeram na ocupação violenta do Complexo do Alemão,
quando
> deixaram todas as crianças fora das escolas por mais de 60 dias,
> acabam de destruir um dos raros espaços culturais e educacionais
> existentes em comunidades empobrecidas, ao atacarem com fúria e
> violência a população da Serrinha sob o pretexto, aplaudidas por
> alguns desavisados cidadãos, de combater os comerciantes de drogas,
> que por incompetência da policia de fronteiras e falta de políticas
> públicas, obrigação dos governos estaduais e municipais, ocupam o
> lugar que deveria ter sido preenchido pelo Estado.
>
> O Jongo da Serrinha é um dos mais tradicionais grupos de cultura do
> país tendo recebido diversos prêmios por seu trabalho artístico e
> social. Com 40 anos de história, o grupo de Madureira foi fundado
por
> Mestre Darcy e sua mãe, Vovó Maria Joana Rezadeira que, preocupados
> com a extinção do jongo na cidade, transformaram a antiga dança
> praticada nos quintais da Serrinha num espetáculo.
>
> O Morro da Serrinha, localizado na zona norte do município do Rio
de
> Janeiro, é uma comunidade urbana com aproximadamente 5.000
moradores
> na sua maioria negros. Com cerca de 110 anos de existência, a
> Serrinha é uma das primeiras favelas do país, tendo recebido no
> início do século passado um enorme contingente de escravos negros
> recém-alforriados. Os moradores da Serrinha constituíram um núcleo
> religioso e cultural potencial, visitado não só pelos moradores das
> cidades próximas, como também por jornalistas, artistas e turistas
de
> vários pontos do Estado do Rio, do Brasil e exterior, interessados
em
> cultura e tradições afro-brasileiras.
>
> O Jongo é uma herança cultural trazida pelos negros bantos que
vieram
> da região do Congo-Angola, na África, para as fazendas de café do
> Vale do Paraíba no século 19 que ficou preservado na região. Graças
a
> uma iniciativa do grupo, o ritmo foi tombado pelo Instituto do
> Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 2005, como o
> primeiro Bem Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Ao transformar
a
> antiga dança de roda num espetáculo, Mestre Darcy e Vovó Maria
> inovaram ao introduzir violão e cavaquinho no jongo e ao ensinar
> crianças a dançar, antigamente só permitido aos "cabeça branca",
> criando uma nova referência do jongo na cidade e garantindo sua
> sobrevivência no contexto da globalização.
>
> Em sua trajetória de resistência, o Jongo da Serrinha se
transformou
> em uma das mais genuínas referências da cultura carioca e vem se
> apresentando em diversas cidades do Brasil e exterior divulgando e
> preservando o ritmo com espetáculos de alta qualidade.
>
> Em 2000, o grupo criou a ONG Grupo Cultural Jongo da Serrinha
(GCJS)
> para desenvolver estratégias de preservação da memória da
comunidade
> Serrinha e do jongo e de educação e capacitação profissional para
> jovens e crianças, através da Escola de Jongo (EJ). Recebeu
diversos
> prêmios entre eles o Escola Viva (2007), Cultura Nota Dez (2006),
> Cultura Viva (2006), Itaú-Unicef (2007 e 2005), Petrobrás Rival BR
> (2002), Orilaxé (2002) e o prêmio mais importante do Ministério da
> Cultura, a Medalha de Ordem ao Mérito Cultural (2003).
>
> A ONG tem, em linhas gerais, duas missões institucionais: educar
> crianças e jovens através da arte e da memória e preservar o jongo
> como patrimônio imaterial através da produção cultural, gerando
> trabalho e renda.
>
> A Escola de Jongo é o projeto sócio-educativo do Grupo hoje
> patrocinado pela Petrobrás, Criança Esperança e Ministério da
> Cultura. A Escola valoriza e fortalece laços familiares,
comunitários
> e a identidade local, preservando o Patrimônio Imaterial do jongo
> criando alternativas de geração de trabalho e renda. A base
> pedagógica da Escola de Jongo é fundamentada na cultura e memória
> locais. A Escola de Jongo atende a cerca de 120 crianças e jovens,
> diariamente em dois turnos, com aulas de música (canto e
percussão),
> dança (afro e jongo), teatro, capoeira angola, cultura popular,
> leitura e Griôs (contadores de história).
>
> O GCJS também cria produtos (discos, livros, filmes, etc),
pesquisa,
> reúne, organiza e produz acervo audiovisual sobre o jongo, a
Serrinha
> e a cultura popular brasileira e africana.
>
> Como ONG, está inserido em diversas redes do terceiro setor e conta
> com o apoio de vários parceiros institucionais. Para elaboração de
> metodologia pedagógica e planejamento estratégico participa das
Redes
> Social da Música, Rede Circo Social e Rede de Memória do Jongo. A
> instituição conta ainda com o apoio da Unesco, FASE/SAAP, G.R.E.S.
> Império Serrano e artistas entre eles Paulão Sete Cordas, Letícia
> Sabatella, Sandra de Sá, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Beth
> Carvalho, Jorge Mautner, Arlindo Cruz, entre outros.
>
> Pois essa rara escola de cultura e tradição acaba de ser destruída
> pela incompetência dos policiais do Senhor Beltrame que sob
pretexto
> de combater a violência, usando da mesma, deixou órfãos crianças e
> jovens que mesmo tendo sido roubados em seus direitos fundamentais
de
> cidadania, porque lá o governo não chega com creches, educação,
> saneamento básico, se dedicavam a preservação de sua cultura e
arte,
> mas tal qual o exército nazista foram atacados por fuzis e armas
> pesadas, enquanto se defendiam com sua chupetas, mamadeiras e o som
> de seus jongos e instrumentos. Até quando, Governador, insistirão
> nessa política de desrespeito ás crianças do Rio de Janeiro. Não
> seria a hora de usar um pouco de respeito e inteligência? "
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