[Macronoroeste-campinas] Profissionais do sexo realizam Semana de Visibilidade

Programa de DST Aids de Campinas imprensa.aids em gmail.com
Sexta Maio 30 16:20:06 CEST 2008


Destaque: Participação das criadoras da grife Daspu

Profissionais do sexo realizam Semana de Visibilidade

ONG de Campinas promove eventos, como peça de teatro e debates, para comemorar Dia Internacional da Prostituta, celebrado no dia 2 de junho

O Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campinas apóia a realização da 2º Semana de Visibilidade da Profissional do Sexo, de sexta (30/5) até a próxima quarta-feira (4/6). A realização é da Associação Mulheres Guerreiras, organização não-governamental (ONG) formada para representar as mulheres, travestis e homens profissionais do sexo de Campinas.

Segundo a entidade, a realização da Semana de Visibilidade objetiva comemorar o dia 2 de junho, Dia Internacional da Prostituta, e com isso promover debates acerca da questão da prostituição, com mesas de discussões, intervenções artísticas e oficinas culturais. As atividades são de acesso gratuito e abertas para toda a população.

A abertura é sexta, às 14h, na Estação Cultura, em um debate com Gabriela Leite, ativista da ONG Davida (organização que criou a grife Daspu), do Rio de Janeiro, Luana de Jesus, da Associação de Travestis e Transexuais de Florianópolis (ABEH) e a coordenadora do Programa DST/Aids, Maria Cristina Feijó Januzzi Ilario.
 
Além do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria de Saúde, a Semana de Visibilidade da Profissional do Sexo conta com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, através do Fundo de Investimentos Culturais do Município de Campinas (FICC) que financia a o projeto "Prostituição: Arte e Inclusão" de Fabiana Fonseca.

Ela é diretora, autora e também atua no espetáculo solo "Eu Quero Ver a Rainha", baseado em histórias de garotas de programa e que terá três apresentações durante a programação da Semana. Além da atriz, a entidade possui um grupo de colaboradores como profissionais da Saúde, estudantes, professores pesquisadores, e um advogado.

Segundo o Ministério da Saúde, a população de profissionais do sexo é, em sua maioria, jovem (20-29 anos), com poder aquisitivo baixo (entre 1 e 4 salários mínimos) e com nível de escolaridade elementar (1º grau incompleto). Em relação ao uso de preservativos, os diversos estudos desenvolvidos em diferentes regiões do País apontam, de forma consistente, para o uso sistemático da camisinha com clientes e para o uso não-freqüente, e preocupante, com parceiros estáveis (marido, namorado, amigo).

Uma das ações priorizadas pelo Programa Nacional de DST/Aids do Brasil é o fomento à organização dos profissionais do sexo para que possam desenvolver ações em defesa dos seus direitos e promoção da cidadania, além de fortalecer o trabalho de promoção à saúde e de prevenção às DSTs, ao HIV e à aids. 
 
Segundo o Ministério, de modo geral, os serviços da Saúde não estão suficientemente preparados para oferecer atendimento integral aos profissionais do sexo e acolhimento às suas especificidades. Em locais onde há vínculos mais estreitos com projetos de intervenção, essa situação se torna mais favorável.

Serviço: 2ª Semana de Visibilidade da Profissional do Sexo
Realização: Associação das Mulheres Guerreiras de Campinas
Quanto: 30 de maio até 4 de junho de 2008

Programação:

30/5 - 14h
Debate com:
Gabriela Leite (Ong Davida/RJ)
Luana de Jesus (ABEH - Associação de Travestis e Transexuais de Florianópolis/SC)
Maria Cristina Feijó Januzzi Ilário (Coordenadora do Programa Municipal DST/AIDS de Campinas)
Local: Estação Cultura - Campinas

2 e 3/6 - 18h
Apresentação da peça "Eu quero ver a Rainha"
Espetáculo solo baseado em histórias de garotas de programa de Fabiana Fonseca - Com debate após o espetáculo
Local: Centro de Saúde do Jardim Itatinga - Campinas

3/6 - 16h
Oficina Teatral de Carícias
Local: Centro de Saúde do Jardim Itatinga - Campinas

4/6 - 15h
Apresentação da peça "Eu quero ver a Rainha"
Espetáculo solo baseado em histórias de garotas de programa de Fabiana Fonseca - Com debate após o espetáculo
Local: Museu da Imagem e Som - Campinas

Associação Mulheres Guerreiras

Contatos:
associacaomulheresguerreiras em gmail.com
Elaine (coordenadora da Associação) - 19 9285.5587
Denise (colaboradora da Associação) - 19 8174.8714
Mariana (colaboradora da Associação) - 19 8146.3141
Fabiana Fonseca (atriz colaboradora da Associação) - 19 8132.3899

ANEXO:

Os Objetivos da Associação Mulheres Guerreiras:

* Estabelecer parcerias - buscar grupos que nos auxiliem.
* Estar articulada com outras associações ou grupos de profissionais do sexo em nível municipal, estadual e nacional
* Reivindicações de direitos - lutar pelos interesses da categoria de profissionais do sexo, direito ao trabalho.
* Lutar contra o preconceito e o estigma social - direito a cidadania, elevação da auto-estima. 
* Sede - buscar um espaço para a associação funcionar.
* Organizar e manter programas de assessorias jurídica, contábil, previdenciária, social e psicológica.
* Lutar pelo estabelecimento de uma eficaz política de saúde, a fim de garantir atendimento médico de qualidade para as profissionais do sexo (Atendimento em postos de saúde na região central de Campinas, atendimento a mulher com problemas pós-aborto, gratuidade dos remédios, incentivo ao uso dos preservativos femininos, teste HIV/AIDS e exame de prevenção de DSTs, orientação em higiene pessoal). 
* Capacitação de profissionais do sexo para aconselhar seus pares sobre DSTs/AIDS/HIV e hepatites virais, diminuindo assim a vulnerabilidade.
* Educação e formação - que a associação assuma uma função de educar e formar  os profissionais do sexo sobre seus direitos e deveres, promoção humana e social.
* Reivindicar direito à vagas em creche aos filhos das profissionais do sexo.
* Oferecer cursos de capacitação para os profissionais do sexo e/ou filhos. 
* Realizar debates, conferências e seminários com atividades informativas sobre a prostituição, sobretudo a da mulher.
* Lutar contra toda e qualquer forma de violência física, moral ou social em relação aos profissionais do sexo, enfatizando a situação das mulheres. 
* Defender a inclusão das mulheres profissionais do sexo nas pautas de discussões de política pública voltada para as mulheres
* Criar diálogo com os diversos setores de segurança pública, no sentido de sensibilizar/capacitar em relação a violência cometida pela mesma contra os profissionais do sexo.
* Conquistar melhores condições de trabalho e qualidade de vida para os profissionais do sexo. 
* Divulgação e publicação de materiais informativos relativos à associação e ao profissional do sexo. 
* Estabelecer parceria com o conselho municipal da criança e do adolescente, e com o conselho tutelar, no sentido de acompanhar o debate que visa o combate à prostituição infantil. 
* Acompanhar o debate que visa o combate ao tráfico de mulheres.
* Acompanhar o debate sobre o reconhecimento legal da profissão.

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Mais informações à Imprensa: (19) 9232 - 4092, com Eli Fernandes
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