[Macronoroeste-campinas] Prostitutas realizam Semana de
Visibilidade em Campinas
Eli dos Santos Fernandes
fernandeseli em gmail.com
Segunda Maio 26 19:18:34 CEST 2008
*Prostitutas realizam Semana de Visibilidade*
*ONG de Campinas promove eventos, como peça de teatro e debates, para
comemorar Dia Internacional da Prostituta, celebrado no dia 2 de junho*
O Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids
(PMDST/Aids) da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campinas apóia a
realização da 2º Semana Semana de Visibilidade da Profissional do Sexo, de
sexta até a próxima segunda. A realização é da Associação Mulheres
Guerreiras, organização não-governamental (ONG) formada para representar as
mulheres, travestis e homens profissionais do sexo de Campinas.
Segundo a entidade, a realização da Semana de Visibilidade objetiva
comemorar o dia 2 de junho, Dia Internacional da Prostituta, e com isso
promover debates acerca da questão da prostituição, com mesas de discussões,
intervenções artísticas e oficinas culturais. As atividades são de acesso
gratuito e abertas para toda a população.
A abertura é sexta, às 14h, na Estação Cultura, em um debate com Gabriela
Leite, ativista da ONG Davida (organização que criou a grife Daspu), do Rio
de Janeiro, Luana de Jesus, da Associação de Travestis e Transexuais de
Florianópolis (ABEH) e a coordenadora do Programa DST/Aids, Maria Cristina
Feijó Januzzi Ilario.
Além do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria de Saúde, a Semana de
Visibilidade da Profissional do Sexo conta com apoio da Secretaria Municipal
de Cultura, através do Fundo de Investimentos Culturais do Município de
Campinas (FICC) que financia a o projeto "Prostituição: Arte e Inclusão" de
Fabiana Fonseca.
Ela é diretora, autora e também atua no espetáculo solo "Eu Quero Ver a
Rainha", baseado em histórias de garotas de programa e que terá três
apresentações durante a programação da Semana. Além da atriz, a entidade
possui um grupo de colaboradores como profissionais da Saúde, estudantes,
professores pesquisadores, e um advogado.
Segundo o Ministério da Saúde, a população de profissionais do sexo é, em
sua maioria, jovem (20-29 anos), com poder aquisitivo baixo (entre 1 e 4
salários mínimos) e com nível de escolaridade elementar (1º grau
incompleto). Em relação ao uso de preservativos, os diversos estudos
desenvolvidos em diferentes regiões do País apontam, de forma consistente,
para o uso sistemático da camisinha com clientes e para o uso não-freqüente,
e preocupante, com parceiros estáveis (marido, namorado, amigo).
Uma das ações priorizadas pelo Programa Nacional de DST/Aids do Brasil é o
fomento à organização dos profissionais do sexo para que possam desenvolver
ações em defesa dos seus direitos e promoção da cidadania, além de
fortalecer o trabalho de promoção à saúde e de prevenção às DSTs, ao HIV e à
aids.
Segundo o Ministério, de modo geral, os serviços da Saúde não estão
suficientemente preparados para oferecer atendimento integral aos
profissionais do sexo e acolhimento às suas especificidades. Em locais onde
há vínculos mais estreitos com projetos de intervenção, essa situação se
torna mais favorável.
Serviço: 2ª Semana de Visibilidade da Profissional do Sexo
Realização: Associação das Mulheres Guerreiras de Campinas
Quanto: 30 de maio até 4 de junho de 2008
*Programação:*
* *
*30/5 – 14h*
Debate com:
Gabriela Leite (Ong Davida/RJ)
Luana de Jesus (ABEH – Associação de Travestis e Transexuais de
Florianópolis/SC)
Maria Cristina Feijó Januzzi Ilário (Coordenadora do Programa Municipal
DST/AIDS de Campinas)
Local: Estação Cultura - Campinas
*2 e 3/6 – 18h*
Apresentação da peça "Eu quero ver a Rainha"
Espetáculo solo baseado em histórias de garotas de programa de Fabiana
Fonseca - Com debate após o espetáculo
Local: Centro de Saúde do Jardim Itatinga - Campinas
*3/6 – 16h*
Oficina Teatral de Carícias
Local: Centro de Saúde do Jardim Itatinga - Campinas
*4/6 – 15h*
Apresentação da peça "Eu quero ver a Rainha"
Espetáculo solo baseado em histórias de garotas de programa de Fabiana
Fonseca - Com debate após o espetáculo
Local: Museu da Imagem e Som – Campinas
*Associação Mulheres Guerreiras*
Contatos:
associacaomulheresguerreiras em gmail.com
Elaine (coordenadora da Associação) – 19 9285.5587
Denise (colaboradora da Associação) – 19 8174.8714
Mariana (colaboradora da Associação) – 19 8146.3141
Fabiana Fonseca (atriz colaboradora da Associação) – 19 8132.3899
ANEXO:
Os Objetivos da Associação Mulheres Guerreiras:
· Estabelecer parcerias - buscar grupos que nos auxiliem.
· Estar articulada com outras associações ou grupos de profissionais
do sexo em nível municipal, estadual e nacional
· Reivindicações de direitos – lutar pelos interesses da categoria de
profissionais do sexo, direito ao trabalho.
· Lutar contra o preconceito e o estigma social – direito a
cidadania, elevação da auto-estima.
· Sede – buscar um espaço para a associação funcionar.
· Organizar e manter programas de assessorias jurídica, contábil,
previdenciária, social e psicológica.
· Lutar pelo estabelecimento de uma eficaz política de saúde, a fim
de garantir atendimento médico de qualidade para as profissionais do sexo
(Atendimento em postos de saúde na região central de Campinas, atendimento a
mulher com problemas pós-aborto, gratuidade dos remédios, incentivo ao uso
dos preservativos femininos, teste HIV/AIDS e exame de prevenção de DSTs,
orientação em higiene pessoal).
· Capacitação de profissionais do sexo para aconselhar seus pares
sobre DSTs/AIDS/HIV e hepatites virais, diminuindo assim a vulnerabilidade.
· Educação e formação – que a associação assuma uma função de educar
e formar os profissionais do sexo sobre seus direitos e deveres, promoção
humana e social.
· Reivindicar direito à vagas em creche aos filhos das profissionais
do sexo.
· Oferecer cursos de capacitação para os profissionais do sexo e/ou
filhos.
· Realizar debates, conferências e seminários com atividades
informativas sobre a prostituição, sobretudo a da mulher.
· Lutar contra toda e qualquer forma de violência física, moral ou
social em relação aos profissionais do sexo, enfatizando a situação das
mulheres.
· Defender a inclusão das mulheres profissionais do sexo nas pautas
de discussões de política pública voltada para as mulheres
· Criar diálogo com os diversos setores de segurança pública, no
sentido de sensibilizar/capacitar em relação a violência cometida pela mesma
contra os profissionais do sexo.
· Conquistar melhores condições de trabalho e qualidade de vida para
os profissionais do sexo.
· Divulgação e publicação de materiais informativos relativos à
associação e ao profissional do sexo.
· Estabelecer parceria com o conselho municipal da criança e do
adolescente, e com o conselho tutelar, no sentido de acompanhar o debate que
visa o combate à prostituição infantil.
· Acompanhar o debate que visa o combate ao tráfico de mulheres.
Acompanhar o debate sobre o reconhecimento legal da profissão.
................................................
Mais informações à *Imprensa*: (19) 9232 – 4092, com Eli Fernandes
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