[Macronoroeste-campinas] Fw: BRASIL DE FATO 15.08.07
Isabel
issil em hotmail.com
Quinta Agosto 16 11:41:15 CEST 2007
----- Original Message -----
From: "Alipio Freire" <alavermelha em hotmail.com>
Sent: Wednesday, August 15, 2007 5:35 PM
Subject: BRASIL DE FATO 15.08.07
> Camaradas,
>
> segue o editorial do Brasil de Fato desta semana, que começou a circular
> hoje, quarta-feira.
>
> Visitem o nosso site
> www.brasildefato.com.br
>
> Putabraço,
> Alipio Freire
>
>
> EDITORIAL
> Brasil de Fato
> 14.08.07
> Um gerente exemplar para os banqueiros
>
>
> Que importa se o PIB cresça apenas 3 ou 3,5% este ano, se os lucros dos
> banqueiros estão crescendo 40,75%?
>
>
> O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer em torno de 3,5% em
> 2007. No entanto, os cinco maiores bancos privados do país, no primeiro
> semestre deste ano, alcançaram um crescimento de 40,75% em relação ao
> primeiro semestre de 2006. São lucros recordes. Somente o Itaú registrou,
> nesse período, um lucro de mais de R$ 4 bilhões.
>
> Mas, assim como o crescimento do PIB é apenas uma média do crescimento dos
> produtos brutos das diversas atividades econômicas e que, portanto, não
> refelete um crescimento igual e equitativo nas grandes, médias e pequenas
> empresas, com mais razão ainda, as empresas não geram postos de trabalho
> proporcionais aos seus crescimentos, para não falarmos que não distribuem
> entre os que produzem suas riquezas (os trabalhadores) os seus lucros.
>
> Os indicadores provam que, no setor dos bancos, o crescimento da massa dos
> lucros não é proporcional aos gastos com contratação de mão-de-obra, à
> ampliação do número de empregos. E não poderia ser diferente no modelo
> neoliberal em curso, onde a intensificação da exploração da mão-de-obra é
> um dos fundamentos do sucesso (pelo menos, por enquanto). Dados oficiais
> dão conta que o volume de empregos com carteira de trabalho assinada
> cresceu 20,7% em todo o país. No entanto, no setor bancário, esse
> crescimento foi de apenas 16%.
>
> Outro dado também importante de ser percebido, é que 19,7% do crescimento
> do setor bancário é resultado da receita obtida com a prestação de
> serviços (Dieese) - o suficiente para pagar toda a despesa de pessoal do
> banco. Se em 1994, as tarifas cobradas dos clientes nos 11 maiores bancos
> do país correspondiam a 25,4% das despesas com pessoal, no ano passado
> elas passaram a representar 125,2% da folha de pagamento - no caso do
> Itaú, 188,6%.
>
> Em parte, tem razão o presidente da República quando diz que os ricos
> nunca ganharam tanto quanto em seu governo. Tem razão em parte porque,
> corrigindo a alocução presidencial, diríamos: nunca os mais ricos ganharam
> tanto nesse país quanto no seu governo. Com uma polítca onde combina essa
> distinção para com os mais ricos entre os ricos, e um assistencialismo com
> os mais miseráveis (abandonando os trabalhadores à sua própria sorte - ou
> à anunciada Reforma Trabalhista), o governo abandonou as bases sociais
> originais do seu partido (trabalhadores urbanos e rurais), substituindo-as
> por aquelas que tradicionalmente foram respectivamente vanguarda e
> retaguarda dos grandes projetos mais antipopulares aplicados em nosso
> país. Talvez seja este o ponto que os tucanos jamais perdoem o atual
> presidente. Sentem-se passados para trás.
>
> Acostumados apenas à política do salto-alto, dos controles dos aparelhos e
> das articulações de cúpula, os tucanos se aliaram ao velho PFL (senhores
> de muitos "grotões"), mas não souberam disputar-lhes as bases. Por outro
> lado, aplicaram o receituário neoliberal, mas foram incapazes de
> anestesiar as organizações e movimentos dos trabalhadores - ainda que não
> os precisassem trair. É verdade que os tucanos e o velho PFL (hoje DEM)
> têm muita simpatia na grande mídia que vem manipulando no que pode o
> desgaste do atual Governo. Mas essa é uma briga de gerentes, uma vez que o
> projeto deste governo e o do anterior coincidem no que diz respeito ao
> essencial da macro-política. E é exatamente por isto, que o presidente da
> República permanece sereno frente aos rompantes e diversas crises
> desencadeadas pela oposição de direita. Ele sabe que não precisa temer os
> demais candidatos a gerentes do projeto neoliberal que se apresentam
> ávidos por sucedê-lo em 2010. Fará seu sucessor - que certamente passará
> por fora do seu partido de origem.
>
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