[Bah-smv-gt] [Bah-smv-general] FW: [Agroecologia] [Fwd: [Letraviva - MST Informa] MST Informa n° 144 - 25/10/2007]

federico gonzalez danielote9 en hotmail.com
Dom Oct 28 10:19:06 CET 2007





Date: Sat, 27 Oct 2007 22:41:13 +0200
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Subject: [Agroecologia] [Fwd: [Letraviva - MST Informa] MST Informa n° 144 - 25/10/2007]

 
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From: semterra en mst.org.br
To: letraviva en listasbrasil.org
Date: Thu, 25 Oct 2007 17:31:41 -0200
Subject: [Letraviva - MST Informa] MST Informa n° 144 - 25/10/2007










  
  
    
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      face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=1>Ano V - nº 
      144
    
      
      face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif">quinta-feira, 25 de outubro 
      de 2007.
  
    
      
      color=#ffffff size=2>OS CRIMES DA SYNGENTA SEEDS - FORA DO 
      BRASIL!
  
    
      color=#993366 size=2> 
  
    
      
      size=2>
      size=2>Estimado amigo e amiga do MST,
      
      size=2>Nesta edição especial, queremos compartilhar a luta da Via 
      Campesina contra a transnacional Syngenta Seeds da Suíça 
      e denunciar os vários crimes que essa empresa vem cometendo contra o povo 
      e em território brasileiro:
      
      size=2>1. CRIME DE EXECUÇAO SUMÁRIA CONTRA A VIDA DE 
      BRASILEIROS:
      
      size=2>No último domingo, dia 21 de outubro, por voltas das 13h30, após a 
      reocupação da área, que aconteceu no início da manhã do mesmo dia, mais de 
      40 pistoleiros, de uma milícia fortemente armada, sob a fachada de empresa 
      NF Segurança, invadiram o Acampamento Terra Livre, na área de experimentos 
      de transgênicos e executaram a queima roupa o companheiro Valmir Mota de 
      Oliveira, o Keno. Os feridos, Gentil Couto Viera, Jonas Gomes de Queiroz, 
      Domingos Barretos, Izabel Nascimento de Souza e Hudson Cardin, foram 
      encaminhados para os hospitais da região. Izabel, que ficou em coma, já 
      está fora perigo, mas infelizmente perdeu a visão de um olho, devido ao 
      tiro. Mais um episódio que causa indignação. Keno era um entre as centenas 
      de militantes da Via Campesina, que há mais de um ano tornaram público ao 
      Brasil e ao mundo, os crimes ambientais da Syngenta.
      
      size=2>A tragédia, que tirou a vida de um jovem militante e pai de 
      família, de 34 anos, chocou defensores da Reforma Agrária em todo o mundo, 
      entrou para a ultrajante estatística das execuções sumárias ocorridas em 
      conflito por terra no Brasil. Esse não foi o primeiro caso de assassinato 
      de Sem Terra ocorrido no estado, ao contrário, o Paraná é um dos estados 
      brasileiros com maior índice de violência contra trabalhadores rurais Sem 
      Terra. 
      
      size=2>Em 2006 foram registrados 76 casos de conflito por terra no Paraná. 
      Entre 1994 e 2002 ocorreram 16 assassinatos de trabalhadores rurais Sem 
      Terra; 31 trabalhadores foram vítimas de atentados; 47 foram ameaçados de 
      morte; sete foram vítimas de tortura e 324 ficaram feridos. Não houve 
      punição dos mandantes ou executores dos crimes.
      
      size=2>O próprio Keno e outros dois integrantes do MST, Celso Ribeiro 
      Barbosa e Célia Lourenço, já haviam sido ameaçados de morte, como consta 
      em Boletim de Ocorrência registrado em 28 de março deste ano. Por várias 
      vezes, seguranças da Syngenta entraram no Assentamento Olga Benário, que 
      fica ao lado da fazenda experimental, atirando para intimidar as famílias 
      que ali moram.
      
      size=2>Em cada região do estado, grupos de ruralistas se organizam para 
      coibir com violência qualquer tentativa de se fazer Reforma Agrária. Na 
      região Noroeste, existe a União Democrática Ruralista (UDR), presente 
      também em outras regiões do país; na região Centro-Oeste foi criado o 
      Primeiro Comando Rural (PCR); na região Oeste, é a Sociedade Rural do 
      Oeste (SRO), liderada pelo latifundiário Alessandro Meneghel, o mesmo que, 
      em abril, criou o Movimento dos Produtores Rurais (MPR). Os objetivos são: 
      formar grupos paramilitares fortemente armados para assassinar camponeses 
      e desmobilizar a luta dos movimentos sociais. 
      
      size=2>2 – CRIMES AMBIENTAIS DA SYNGENTA:
      
      size=2>Em 2006, a transnacional Syngenta Seeds estava cultivando 
      experimentos de sementes transgênicas, dentro da zona de amortecimento do 
      Parque Nacional do Iguaçu, o que era proibido pela Lei de Biossegurança. 
      Os experimentos transgênicos deveriam respeitar uma distância de 10 km de 
      parques e unidades de conversação, e os cultivos transgênicos da empresa 
      estavam a 6 km do Parque. A transnacional chegou a ser multada em R$ 1 
      milhão de reais, pelo IBAMA, por desrespeitar a Lei de Biossegurança, mas 
      nunca pagou a dívida. A Syngenta Seeds utiliza a reserva da Mata 
      Atlântica, contaminando a biodiversidade e produzindo poluentes que 
      agridem o meio ambiente os seres humanos. 
      
      size=2>3 – UMA BREVE HISTÓRIA:
      
      size=2>Em novembro de 2006 a área foi desapropriada por decreto n° 7487 do 
      governador Roberto Requião (PMDB) e seria destinada à construção de um 
      Centro Paranaense de Referência em Agroecologia, voltado para pesquisas e 
      produção agroecológicas, para o abastecimento do mercado nacional. 
      
      
      size=2>A transnacional, no entanto, conseguiu por meio de liminares na 
      Justiça a suspensão do decreto de desapropriação e o direito de 
      reintegração da área (de 127 hectares), que havia sido ocupada – pela 
      primeira vez – por 70 famílias da Via Campesina, em 14 de março de 2006. 
      
      
      size=2>4 – EXIGIMOS JUSTIÇA SOCIAL, JURÍDICA E 
      AMBIENTAL:
      
      size=2>I – Exigimos respeito à soberania nacional. Queremos que a Syngenta 
      retorne ao seu país de origem, a Suíça; 
II – Exigimos o direito 
      garantido na Constituição Brasileira: trabalhar na terra e produzir 
      alimentos saudáveis, sem agrotóxicos e sem transgênicos; 
III – Punição 
      para os mandantes e executores do assassinato do companheiro Keno e de 
      todos os trabalhadores assassinados;
IV – Desarmamento imediato das 
      falsas empresas de segurança, contratadas e pagas pela Syngenta e ligadas 
      ao agronegócio;
V – Desapropriação imediata da área por crime ambiental 
      e assassinato – cometidos pela Syngenta; 
VI – Garantia de segurança e 
      proteção das vidas dos dirigentes Celso e Célia, e de todos os 
      trabalhadores da Via Campesina na região. Não queremos mais sangue em 
      terras brasileiras; 
VII – Que a Syngenta pague a divida de R$ 1 milhão 
      de reais aos cofres públicos, por danos ambientais no estado do Paraná. 
      
VIII – Os camponeses seguem na luta para que o campo de experimento 
      ilegal da Syngenta seja transformado em Centro de Agroecologia e 
      reprodução de sementes crioulas para a agricultura familiar e a Reforma 
      Agrária.

O descaso das autoridades públicas, do Estado e do poder 
      judiciário, em punir os responsáveis pelos assassinatos de Sem Terra, 
      permite que os executores de Keno, Sebastião, Elias Meura, Anghinoni, 
      Garibaldi, e de tantos outros mortos nos Massacres de do Camarazal (PE), 
      Eldorado dos Carajás (PA), Felisburgo (MG), permaneçam livres, impunes e 
      repetindo a história de mortes no campo. 
      
      size=2>Agradecemos à solidariedade recebida no Brasil e de todos os 
      continentes. 
O compromisso e a luta continuam com a dor do sangue 
      derramado.


      face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Reforma 
      Agrária: Por Justiça Social e Soberania Popular! 
      
      size=2>Secretaria Nacional do 
    MST

  
    
      
      
Todas 
      essas denúncias estão no Relatório feito pelo MST, CPT e Terra de Direitos 
      e entregue a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos 
      Deputados, em audiência pública realizada no Paraná, na quinta-feira, dia 
      18 de outubro último.

      face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=1>
      href="http://www.mst.org.br/mst/documentos/denuncia_milicia_parana.pdf">Para 
      ter acesso ao Relatório, clique aqui.
      face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2> 
      
  
     
  
    
      
      size=2>
      color=#ffffff>Indique o MST Informa para um amigo ou uma amiga 
      
  
    
      
      size=1>Indique pelo menos, mais um correio eletrônico e envie para 
      href="mailto:semterra en mst.org.br">
      color=#006633>semterra en mst.org.br com assunto "cadastro 
      letraviva", para continuarmos a difundir e colocar para a sociedade as 
      análises e posições do MST.
  
    
      
      color=#ffffff size=1>MST Informa é uma publicação quinzenal do Movimento 
      dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, enviada por correio 
      eletrônico.
Sugestões de temas, artigos, formato: 
      href="mailto:semterra en mst.org.br">semterra en mst.org.br. 
      href="mailto:letraviva en mst.org.br?subject=incluir">Incluir ou 
      href="mailto:letraviva en mst.org.br?subject=Remover%2BMST%2BInforma">remover 
      correios eletrônicos no cadastro do MST Informa. 
O MST não modera ou 
      coordena nenhuma comunidade no Orkut e ninguém está autorizado a fazê-lo 
      em seu nome.
  
    
      
      face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" color=#000000 size=1>
      href="mailto:semterra en mst.org.br">Opine
    
      
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      href="http://www.mst.org.br">www.mst.org.br 
    
      
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